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Ítalo Calvino: centenário de um dos maiores escritores italianos do século XX

Ítalo Calvino: centenário de um dos maiores escritores italianos do século XX

Chegamos ao centenário de nascimento de Ítalo Calvino, um dos escritores mais célebres da literatura italiana do século XX, que merece ser homenageado e lembrado sempre por sua contribuição valiosa para a literatura mundial.

Quem é Ítalo Calvino

Nascido em Cuba, em 1923, criado na Itália, Calvino tornou-se um dos expoentes do movimento literário conhecido como “Neovanguarda” e contribuiu significativamente para o desenvolvimento da literatura pós-moderna.

italo calvino escritor italiano

A rica imaginação de Calvino e sua habilidade de entrelaçar elementos da realidade com a fantasia o tornaram conhecido por suas obras únicas e inovadoras. Alguns de seus livros, muito conhecidos aqui no Brasil, são “Le città invisibili” (As cidades invisíveis), “Se una notte d’inverno un viaggiatore” (Se um viajante numa noite de inverno) e “Il barone rampante” (O barão nas árvores), que desafiam as convenções literárias tradicionais. Calvino também desenvolveu textos análiticos e teóricos, como o postumamente publicado “Perché leggere i classici” (Por que ler os clássicos), de onde saiu a frase tão elucidativa quando se deseja avaliar o que constitui um clássico: “Um clássico é o livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer”. Para além da ficção, Calvino explorou temas como a natureza da narrativa, a busca pelo significado na existência humana e as complexidades da identidade.

Cidades Invisíveis

A escrita de Ítalo Calvino transcende fronteiras culturais, tornando-se acessível a leitores de todo o mundo, e admirada pelos maiores pensadores de sua época, como o escritor argentino Jorge Luís Borges. O comprometimento de Calvino com a experimentação e a inovação literária, e ao mesmo tempo com as raízes clássicas da história da literatura, inspirou gerações de escritores e leitores a explorar os limites da criatividade e da linguagem.

ítalo Calvino e Jorge luís Borges
Ítalo Calvino com Jorge Luís Borges

Calvino também desempenhou um papel fundamental na divulgação da literatura italiana no cenário internacional, traduzindo suas próprias obras e as de outros escritores italianos. Sua paixão pela literatura e seu desejo de compartilhar a riqueza da tradição literária italiana o tornaram um embaixador cultural em todo o mundo.

Naturalizado italiano, Ítalo Calvino nasceu em Cuba, durante uma viagem dos pais, nascidos em Sanremo e em Sassari, na Sardenha. A mãe lhe deu o nome Ítalo para que ele pudesse se lembrar de sua herança italiana. Assim como a herança italiana que sua mãe buscava guardar em seu nome, encontramos nesse autor também seu próprio legado à literatura mundial, além de toda a contribuição ao desenvolvimento do reconhecimento cultural e linguístico da Itália, que perdura através de suas obras imortais, lidas e estudadas em todo o mundo. Seu impacto na literatura e na cultura transcende o tempo e o espaço, e ele hoje é lembrado com gratidão como um dos grandes escritores do século XX.

Escritor italiano ítalo Calvino

E você, já teve a chance de ler alguma das obras desse gênio da literatura?

É claro que recomendamos muito!

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A presto!

Festival de Sanremo: o encanto musical da Itália dos últimos 70 anos

Festival de Sanremo: o encanto musical da Itália dos últimos 70 anos

A música italiana é mundialmente conhecida por grandes sucessos que atravessam gerações, como veremos neste artigo. E aprender italiano com música é um dos benefícios de estudar com a gente aqui na ITALICA. Portanto, hoje vamos somar dois fatores muito importantes para nós: a tradição musical do Festival de Sanremo e tudo o que ofertamos em nosso curso L’italiano Musicale!

O Festival de Sanremo é uma tradição italiana icônica. Desde sua inauguração, em 1951, tornou-se uma vitrine para a música italiana, lançando carreiras, definindo tendências e encapsulando a identidade musical do país. Hoje queremos explorar um pouco dessa história única, cheia de nomes que você certamente conhece!

Festival de Sanremo

O Festival de Sanremo foi concebido por Giulio Razzi em 1951, com a intenção de promover a música italiana e atrair turistas para a bela cidade de Sanremo. A primeira vencedora, Nilla Pizzi, estabeleceu a tradição de uma competição que destacaria novos talentos. E os anos 50 foram uma época de otimismo pós-guerra, por isso o festival tornou-se um reflexo dessa energia de renovação e esperança, apresentando uma mistura de melodias românticas e canções vibrantes.

Nilla Pizzi Festival di Sanremo em 1952

Era das estrelas: anos 60 e 70

Nas décadas seguintes, o Festival de Sanremo viu o surgimento de artistas que se tornariam lendas da música italiana, como Mina, Adriano Celentano, Domenico Modugno e Claudio Villa.

O evento ganhou prestígio internacional e foi um trampolim para artistas que buscavam uma carreira internacional. Os anos 60 e 70 trouxeram uma expansão estilística, incorporando influências do rock e da música popular internacional.

Mina em Sanremo
Mina em Sanremo

Evolução, desafios e renascimento

Os anos 80 testemunharam uma diversificação ainda maior de estilos, com a entrada de gêneros como o pop italiano e a música melódica. No entanto, a competição enfrentou desafios, incluindo controvérsias e debates sobre sua relevância. Nos anos 90, ele passou por uma renovação, abraçando uma abordagem mais contemporânea e introduzindo elementos visuais e cênicos inovadores. Em 1993, surge Laura Pausini, vencendo o prêmio na categoria Jovem, com a eterna canção “La Solitudine”. No ano seguinte, é a vez de Andrea Bocelli vencer o mesmo prêmio, com “Il mare calmo della sera”.

Laura Pausini vencendo Sanremo em 1993
Laura Pausini vencendo em 1993
Dueto recorrente: Andrea Bocelli e Laura Pausini
Dueto recorrente: Andrea Bocelli e Laura Pausini

A virada para o novo milênio trouxe um renascimento para o Festival de Sanremo, com audiências mais jovens e uma maior apreciação internacional. Artistas como Laura Pausini, Eros Ramazzotti e Andrea Bocelli haviam alcançado apelo internacional, ao utilizarem o festival como trampolim para o cenário musical global. A competição expandia-se então para além das fronteiras italianas, atraindo participantes estrangeiros e solidificando sua posição como um evento musical de classe mundial.

Eros Ramazzotti, Laura Pausini e Andrea Bocelli
Eros Ramazzotti, Laura Pausini e Andrea Bocelli

Hoje, o Festival de Sanremo continua a desempenhar um papel central na cena musical italiana. Além de apresentar novos talentos, é um evento que celebra a diversidade musical, incorporando uma gama eclética de estilos.

E uma curiosidade: o vencedor tem hoje a honra de representar a Itália no Eurovision Song Contest. O festival transcende portanto seu papel inicial, tornou-se um fenômeno cultural que une gerações em torno da paixão pela música.

Você conhece algum desses nomes? Gosta das músicas desses grandes talentos? No nosso curso L’italiano Musicale, você tem a chance de aprender italiano com sucessos de nomes como esses que citamos, entre outros clássicos.

São 230 vídeos, com 20 músicas gravadas exclusivamente para o curso, em apresentações especiais de cantores convidados. Além disso, você recebe 2 livros de exercícios e tem acesso a um espaço para tirar dúvidas. Detalhe: todos os níveis podem tirar grande proveito deste curso! Para acessar agora mesmo é só clicar aqui

Aproveite para fazer conosco uma viagem pelas músicas italianas dos anos 60, 70 e 80:

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A presto!

Gelato italiano: 4 curiosidades que você desconhecia

Gelato italiano: 4 curiosidades que você desconhecia

Quando se trata de sobremesas, poucos lugares no mundo podem rivalizar com a Itália, e a gelateria é uma das razões pelas quais esse país é conhecido como o paraíso dos gourmets. A gelateria italiana é uma joia da culinária que brilha com sabores incríveis, história fascinante e uma paixão inigualável por proporcionar prazer através da comida. Ao redor do mundo, quando se pensa em sorvetes deliciosos e cremosos, a Itália é sempre uma referência. Vamos explorar a história e a magia por trás dessa tradição adorada por todos os amantes de sobremesas.

O início de tudo

As raízes desta tradição nos remontam aos romanos aristocráticos, que desfrutavam de uma versão primitiva de sorvete, feita com neve e mel. Em latim, seria conhecido também como “nivatae potiones” (bebidas nevadas). No entanto, o gelato, como o conhecemos hoje, evoluiu durante a Renascença italiana, quando um cozinheiro da corte da rainha Catarina de Médici teve a brilhante ideia de misturar gelo com frutas e açúcar. Esse marco culinário deu origem ao gelato italiano, uma sobremesa que logo conquistou o país e depois o mundo.

Uma das chaves para a magia do gelato italiano é a qualidade dos ingredientes. Os melhores gelatieri (mestres sorveteiros) insistem em usar apenas ingredientes de alta qualidade, como leite fresco, frutas locais da estação, açúcar puro e outros componentes naturais. Essa abordagem artesanal é crucial para criar sabores autênticos e deliciosos.

Um dos fatores mais fascinantes sobre a gelateria italiana é a infinita variedade de sabores disponíveis. Claro, você sempre pode desfrutar dos clássicos, como pistache, chocolate e baunilha, mas as gelaterias frequentemente oferecem criações ousadas e inovadoras. Imagine saborear um gelato de figo, lavanda, azeite de oliva ou até mesmo espinafre! Essa criatividade é uma parte essencial da cultura do gelato.

O preparo

O processo de fabricação do gelato é uma verdadeira obra de arte. Um dos segredos para sua textura suave e cremosa está na técnica conhecida como “churna” (a mistura, a agitação dos ingredientes), que incorpora menos ar do que a fabricação do sorvete comum. Isso resulta em uma sobremesa densa e rica que derrete na boca, proporcionando uma experiência sensorial única.

Gelato italiano

Curiosidade e dica de viagem: existe um sabor com esse nome, churna, em Bolonha, na sorveteria chamada Soleluna. É um gelato à base de fior di latte (um tipo de mozzarella), com notas de uma perfumada mistura de especiarias, como cúrcuma, açafrão e cardamomo, que conferem ao sorvete uma cor dourada.

Uma visita a uma gelateria italiana é muito mais do que um passeio para satisfazer seu desejo de doces. É uma imersão na cultura e tradição do país. Você encontrará gelaterias em todas as cidades e vilarejos da Itália, muitas delas administradas por famílias locais há gerações. Os gelatieri são verdadeiros artistas e alquimistas, criando apresentações incríveis de suas deliciosas invenções nas vitrines.

Gelato, sorvete ou sorbet?

Muitas pessoas acham que “sorbet” e “gelato” são apenas duas formas elegantes de se chamar um sorvete. Acontece que esses três nomes descrevem métodos de produção diferentes, com composições diferentes.

Gelato

O gelato é preparado na hora. Precisa ser produzido diariamente, para ser consumido sem demora. Sua base é feita de leite, água, açúcar e frutas. E a quantidade de cada ingrediente influencia na textura final. Por isso é necessária uma exatidão na receita e na execução.

Gelato da Itália

Sorbet

Já o sorbet é uma espécie de raspadinha, composto por água, açúcar e frutas.

Sorvete

O sorvete, por sua vez, pode ser feito com amido de milho ou gemas. E o tempo de consumo não é restrito, pode ser guardado e conservado na qualidade de sua composição inicial.

Gelato italiano: para além das fronteiras

A nobre italiana, Catarina de Médici, que se tornou rainha consorte da França de 1547 até 1559, como a esposa do rei Henrique II, é uma das responsáveis pela popularidade dos gelatos ao redor do mundo. Ela ficou tão fascinada com as misturas refrescantes, que fez o sorvete ficar conhecido entre aqueles que faziam parte do seu círculo social. Ela então fez essa receita viajar com ela quando se mudou para a França, na época do seu casamento com o rei francês Henrique II. E a execução das receitas estava garantida, pois conta-se que Catarina levou para além das fronteiras os melhores cozinheiros italianos.

Depois, a neta de Catarina popularizou o sorvete na Inglaterra, após se casar com o monarca Carlos I. Os ingleses, por sua vez, teriam levado o gelato para as Américas. 

A consolidação ocorreria depois de 1686, quando o sorvete começou a chegar a outras classes sociais, fora da realeza, quando o italiano Francesco Procópio, também chamado de “Pai do sorvete”, abriu o Café Le Procope, em Paris. 

Francesco Procopio o pai do sorvete

A popularidade do gelato italiano não conhece fronteiras. Em todo o mundo, as pessoas se deliciam com a maravilha cremosa que é o gelato. Gelaterias italianas também exportam suas habilidades, abrindo lojas em outros países e introduzindo os sabores autênticos do gelato italiano em todos os cantos do globo. Por isso, para tantos estrangeiros apaixonados pela gastronomia italiana, é possível embarcar nessa tradição italiana, e provar um verdadeiro gelato, sem precisar atravessar o mundo.

É claro, no entanto, que a experiência no solo natal, no Belpaese, é algo único. A gelateria italiana é muito mais do que uma simples sobremesa; é um contato com a história, com os espaços e com os locais históricos em que os sabores surgiram pela primeira vez. Poder visitar a Itália e provar o gelato em suas diversas receitas é uma celebração da qualidade, da criatividade culinária e da busca incessante pela perfeição no paladar. Quando você puder visitar a Itália, garantimos que provar um autêntico gelato italiano será uma das experiências mais memoráveis. Deixe-se levar pela magia do gelato italiano e descubra por que essa tradição é tão amada em todo o mundo.

Aproveite para assistir ao Prof. Darius ensinando a pedir um gelato na Itália. E também visitando San Gimignano, onde encontrou o maestro gelatiere, Sergio Dondoli, para provar aquele que é considerado o melhor gelato do mundo!

Buona visione!

Viagem para a Itália: Descubra San Gimignano, na Toscana, e o melhor Gelato do mundo

Como pedir Gelato e Pizza na Italia

Nacionalidade e Naturalidade: Entenda as Diferenças

Nacionalidade e Naturalidade: Entenda as Diferenças

Nacionalidade e naturalidade são dois conceitos que frequentemente causam dúvidas e podem ser facilmente confundidos. Neste post, nosso objetivo é esclarecer as principais diferenças entre esses termos, explicando suas definições e destacando os pontos distintivos entre eles. Caso você tenha alguma dúvida, não deixe de ler até o final.

Nacionalidade e Naturalidade: Compreendendo os Termos

Nacionalidade

A nacionalidade refere-se à ligação legal e oficial de um indivíduo com um determinado país. Ela é concedida pelo Estado e confere ao indivíduo uma série de direitos e responsabilidades dentro desse país. A nacionalidade está associada à cidadania, que é o status de ser um membro pleno de um Estado e implica a participação nos assuntos políticos desse país.

Nacionalidade e Naturalidade Italianas

Ela pode ser adquirida de várias maneiras, incluindo:

Nacionalidade por Nascimento

Você pode adquirir a nacionalidade de um país simplesmente por nascer nele. Isso é conhecido como “jus soli” ou direito de solo.

Nacionalidade por Descendência

Você pode adquirir a nacionalidade de um país se seus pais forem cidadãos desse país, independentemente de onde você tenha nascido. Isso é conhecido como “jus sanguinis” ou direito de sangue.

Nacionalidade por Naturalização

Você pode solicitar a nacionalidade de um país por meio de um processo legal, que geralmente envolve a residência no país por um determinado período de tempo, conhecimento da língua e cultura, entre outros requisitos.

Naturalidade

A naturalidade refere-se ao local de nascimento de uma pessoa. É o lugar onde alguém veio ao mundo, independentemente da nacionalidade dos pais. A naturalidade é um dado de registro civil que geralmente consta na certidão de nascimento.

É importante destacar que a naturalidade não implica necessariamente a nacionalidade. Por exemplo, uma pessoa pode nascer em um país, ter sua naturalidade registrada nesse local, mas não ser automaticamente considerada nacional desse país. A nacionalidade depende das leis e regulamentos do país em questão.

Nacionalidade Italiana e Brasileira: É Possível Ter Ambas?

Uma pergunta comum que surge quando se fala sobre nacionalidade é se é possível ter mais de uma nacionalidade. No caso da nacionalidade italiana e brasileira, a resposta é sim, é possível ser cidadão de ambos os países. Isso ocorre porque tanto o Brasil quanto a Itália permitem a dupla cidadania.

Recentemente (12/09) foi aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 16/21, que mantém cidadania brasileira para quem obtiver outra nacionalidade.

De acordo com o texto, a perda de nacionalidade brasileira ficará restrita a duas possibilidades:

  • quando houver pedido expresso do cidadão ou quando a pessoa não tem sua nacionalidade reconhecida por nenhum outro país;
  • se houver sentença judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Confira aqui a análise de nossos especialistas sobre o assunto.

Mesmo após a renúncia a pedido, o brasileiro poderá readquirir sua nacionalidade originária segundo procedimentos mais simplificados previstos na Lei 13.445/17. Nesse caso, a lei exige apenas requerimento formal do interessado na reaquisição da nacionalidade, sem um processo novo.
A nacionalidade originária permite ao brasileiro nato direitos exclusivos, como concorrer a cargos públicos como presidente e vice-presidente da República, oficial das Forças Armadas ou servidor de carreira diplomática, entre outros.

ITALICA Cidadania Italiana: Seu Parceiro na Busca pela Cidadania Italiana

Se você está interessado em adquirir a cidadania italiana, a ITALICA Cidadania Italiana pode ser seu parceiro ideal. Nossa empresa é especializada em auxiliar pessoas em todo o processo de obtenção da cidadania italiana. Aqui estão alguns dos serviços que oferecemos:

Assessoria Legal

Nossos especialistas legais estão à disposição para orientá-lo em relação aos requisitos legais e documentação necessária para solicitar a cidadania italiana.

Pesquisa Genealógica

Se você não tem documentos de seus antepassados italianos, nossa equipe pode ajudá-lo a localizá-los por meio de pesquisa genealógica.

Tradução de Documentos

A obtenção da cidadania italiana frequentemente envolve a tradução de documentos. Oferecemos serviços de tradução profissional para garantir que seus documentos atendam aos requisitos legais.

Assistência na Documentação

Preparamos toda a documentação necessária para sua solicitação de cidadania italiana, garantindo que tudo esteja em conformidade com as regulamentações italianas.

Acompanhamento do Processo

A ITALICA acompanha seu processo de solicitação de cidadania italiana, mantendo você informado sobre o progresso.

Atendimento Personalizado

Entendemos que cada caso é único. Oferecemos atendimento personalizado para atender às suas necessidades específicas.

Em resumo, nacionalidade e naturalidade são conceitos distintos, com a nacionalidade se referindo à ligação legal com um país e a naturalidade ao local de nascimento. Ter cidadania italiana não significa necessariamente perder a cidadania brasileira, pois ambos os países permitem a dupla cidadania.

Equipe ITALICA Cidadania Italiana
Equipe ITALICA Cidadania Italiana

Se você está interessado em adquirir a cidadania italiana, a ITALICA Cidadania Italiana está aqui para ajudar. Nossa equipe de especialistas pode guiá-lo em todo o processo, desde a pesquisa genealógica até a obtenção da cidadania italiana. Não hesite em nos contatar se tiver alguma dúvida ou precisar de assistência em sua jornada rumo à cidadania italiana. Estamos à disposição para ajudá-lo a realizar seu sonho de se tornar um cidadão italiano.

Festa della Befana: uma rival do Papai Noel

Festa della Befana: uma rival do Papai Noel

No folclore italiano existem figuras bastante peculiares, únicas da cultura do Bel Paese. Vamos conhecer a Befana, uma personagem que poderia se encaixar muito bem nessas comemorações de Halloween ao redor do mundo. Acontece que, na Itália, a Befana aparece em outra data, bem longe de outubro. É em uma noite misteriosa de janeiro, no Dia de Reis, por razões que descobriremos hoje!

O que é Befana?

A Befana é uma bruxa, mas suas ações a aproximam mais do que esperaríamos de um Papa Noel. Essa mistura curiosa foi se espalhando a partir de Roma, para depois se estender como uma tradição italiana até o Ticino, chegando depois a outras regiões de fronteira, como na Suíça, em que o idioma italiano também é falado.

Representação da Bruxa no Vaticano na Itália na Festa della Befana
Befana no Vaticano

Nessa tradição, a Befana é uma mulher idosa que voa em uma vassoura, visitando as crianças na noite entre 5 e 6 de janeiro, que é justamente a data de comemoração da Epifania, o dia dos Reis Magos. Befana então adentra as casas para preencher as meias deixadas pelas crianças na lareira ou perto de janelas. Quer mais semelhanças com o Papai Noel? Existe ainda mais, pois é dito às crianças que há uma condição para que elas recebam doces, frutas secas ou brinquedos: se comportarem bem durante o ano. E aqui há uma grande diferença do personagem do velhinho, que combina bastante com o que uma bruxa brincalhona poderia fazer: aquelas crianças que se comportarem mal encontrarão suas meias cheias de carvão ou alho!

Celebração da Festa della Befana

Um detalhe divertido do folclore: a velhinha Befana ainda aproveitaria de sua vassoura para varrer o piso antes de sair de cada casa que visita. Que gentileza! Mas nada é de graça: a tradição recomenda que as crianças da casa deixem uma garrafinha de vinho e uma porção de um prato típico ou local para a Befana.

Representação da Bruxa na Itália Festa della Befana
A velhinha Befana

Cidades por toda a Itália (até no Vaticano!) celebram essa data com procissões e festividades nas praças, com decorações feitas pelas ruas e nas casas, com meias penduradas nas janelas, iluminação especial e bonecas da bruxa. Uma das festividades acontece em Florença, onde três homens a cavalo galopam pelas ruas da cidade, entregando oferendas como os Reis Magos fizeram ao menino Jesus.

Desfile dos Reis Magos na Itália na Festa della Befan
Reis magos na Festa della Befana

Origem do nome e um episódio secreto 

Acredita-se que o nome Befana se originou justamente como uma corruptela da palavra Epifania (que veio do grego epiphanei, que significa aparição). Essa relação com a palavra explica que a personagem pode ter duas inspirações: ela teria sido primeiro uma figura pagã, pertencente ao folclore romano, e depois reincorporada na cultura por meio dos símbolos cristãos, tomando forma numa versão mais religiosa, ligando a sua história à dos Três Reis Magos do Oriente.

Imagem dos Reis Magos

Pesquisas sugerem que ela derivaria primeiro da deusa romana do Ano-Novo chamada Estrênua, ligada ao ritual de final de ano na Roma Antiga, em que o costume era marcar os bons presságios com o ato de se presentear o próximo. É possível encontrar pistas no livro “Vestiges of Ancient Manners and Customs, Discoverable in Modern Italy and Sicily“, em que o autor diz:

Befana parece ser herdeira de uma deusa pagã denominada Strenia, que patrocinava os presentes de ano novo, “Strenae” […] Os seus presentes eram do mesmo tipo dos da Befana – figos, tâmaras e mel. Além disso, as suas celebrações recebiam forte oposição dos primeiros cristãos, pelo seu caráter barulhento, agitado e licencioso.

— John J. Rom, “Vestiges of Ancient Manners and Customs, Discoverable in Modern Italy and Sicily”

Representação da Bruxa em forma de boneca Festa della Befana
Boneca Befana

A Befana é representada como uma velhinha de xaile negro e coberta sempre de fuligem porque, afinal de contas, assim como o Papai Noel, ela também entraria em algumas casas pela chaminé. (Está aí um detalhe que nunca pensamos sobre as roupas vermelhas limpinhas do velhinho… qual seria o truque para mantê-las sempre impecáveis?!)
E no folclore as crianças enxergam a bruxa Befana como uma senhora cheia de alegria: ela está sempre sorridente.

Tradição popular


Na tradição popular, a história da Befana ganhou elementos narrativos bastante interessantes para serem contados às crianças em conjunto com a história cristã. 

Representação dos Reis Magos
Reis magos

Na noite em que os três Reis Magos iam para Belém, levando presentes para o Menino Jesus, eles teriam ficado na dúvida quanto ao caminho correto que deveriam seguir, e teriam resolvido pedir informações à uma senhora que encontraram pelo caminho. Ela, porém, também não sabendo do caminho, teria convidado os três viajantes para passarem a noite em sua casa. Na manhã seguinte, em agradecimento, os três Reis Magos convidam a velhinha a segui-los para visitarem juntos o Menino que estava por nascer, mas ela negou, dizendo que estava muito atarefada. É dito que, pouco depois, ela teria se arrependido e seguido pelo mesmo caminho que os Magos pegaram, sem nunca mais conseguir reencontrá-los. O folclore conclui com uma nota bonita: desde então, a Befana pararia em todas as casas que encontra pelo caminho, dando presentes às crianças na esperança de que uma delas seja o Menino Jesus.

Nada mais contemporâneo à nossa geração digital do que acrescentar detalhes extras a uma narrativa já bem consolidada, e assim criar novas histórias. Assim também foi feito há séculos, sobre a noite do nascimento mais conhecido do ocidente. É um toque de spin-off (narrativa derivada), como diriam os apaixonados por séries, um “derivato” ou uma “derivazione”.

Existem também poemas sobre a Befana, que as crianças aprendem logo cedo, e que podem nos ajudar no aprendizado da língua. Alguns são conhecidos em versões que variam um pouco ao redor da Itália, dependendo da região. Um muito conhecido é:

a Befana vien di notte

Con le scarpe tutte rotte

Col vestito alla romana

Viva, Viva La Befana!

(A Befana vem de noite

Com os sapatos quebrados

Vestida à moda romana

Viva, viva, a Befana!)

Já na província de Trento, encontramos outros versos:

Viene, viene la Befana

Vien dai monti a notte fonda

neve e gelo la circondan..

neve e gelo e tramontana!

Viene, viene la Befana

(Vem, vem, a Befana

Vem dos montes na noite profunda

Neve e gelo a circundam

Neve e gelo e tramontana!

Vem, vem, a Befana)

Já conhecia essa tradição da Festa della Befana?

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