Há milênios, os romanos podiam frequentar uma espécie de clube, com piscinas monumentais para banho público. Pode parecer algo apenas da modernidade, mas isso era uma realidade do Império. As Termas de Diocleciano, em italiano “Terme di Diocleziano,” foram um complexo de banhos públicos construído em Roma durante o reinado do imperador romano Diocleciano, que governou de 284 a 305 d.C. Este complexo era uma das maiores e mais grandiosas instalações termais da Roma Antiga.
As Termas de Diocleciano eram conhecidas por sua arquitetura impressionante e sua capacidade de acomodar um grande número de pessoas.
Além dos banhos termais, o complexo também continha uma série de outras instalações, como bibliotecas, áreas de exercício, jardins e espaços para entretenimento cultural.
Após a queda do Império Romano, as Termas de Diocleciano foram em grande parte abandonadas e, com o tempo, muitas de suas estruturas foram reaproveitadas para outros fins. Partes do complexo foram convertidas em igrejas cristãs. A mais famosa delas é a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, construída no século XVI na parte central do complexo.
Hoje em dia, as Termas de Diocleciano abrigam o Museu Nacional Romano, que exibe uma extensa coleção de artefatos e esculturas romanas, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar a história e a cultura da Roma Antiga.
Curiosidades sobre Termas
Algumas curiosidades ajudam a visualizar um pouco do que é caminhar ao redor das Termas hoje em dia e do que teria sido chegar à Roma Antiga e adentrar um espaço suntuoso como esse. Ao longo dos últimos séculos, os arredores ganharam construções e monumentos que não estavam no projeto inicial.
Obelisco egípcio
O obelisco de Dogali é um exemplo; é um dos treze obeliscos de Roma, localizado na Avenida Luigi Einaudi, perto das Termas de Diocleciano. Foi encontrado em 1883 por Rodolfo Lanciani, perto da igreja Santa Maria sopra Minerva.
Estação ferroviária Termini
A Estação Ferroviária Termini tem esse nome justamente por causa das termas. A Stazione Termini, conhecida também como Roma Termini, é localizada no bairro que tem esse nome devido à proximidade das termas de Diocleciano. Essa é hoje uma das principais estações de trem de Roma, e foi construída no século XIX, com a entrada principal localizada de frente para as Termas.
Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri
Como já dissemos, parte das Termas de Diocleciano foi convertida em uma igreja no século XVI, conhecida como a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri. A igreja preserva muitos elementos arquitetônicos originais das termas, incluindo as abóbadas e colunas, tornando-a um exemplo notável de como estruturas romanas antigas foram reutilizadas no contexto cristão.
Descoberta de ruínas Subterrâneas
Durante escavações e restaurações nas Termas de Diocleciano e nas áreas circundantes, foram feitas descobertas de ruínas subterrâneas, como corredores e câmaras, que não eram amplamente conhecidos. Isso revelou a complexidade da arquitetura das termas e a infraestrutura subjacente.
Uso dos Materiais
Durante a Idade Média e o Renascimento, muitos dos materiais de construção das Termas de Diocleciano foram retirados e utilizados em outras construções em Roma. Isso inclui a utilização de mármore e outros elementos arquitetônicos das termas em edifícios mais recentes da cidade.
A história das Termas de Diocleciano e suas descobertas arqueológicas continuam a ser uma área de interesse para estudiosos e arqueólogos, proporcionando insights valiosos sobre a arquitetura e a evolução do patrimônio histórico de Roma.
Alguns estudiosos se debruçam inclusive sobre a possibilidade de imaginar e simular o espaço original, para vermos como teriam sido as termas em seu tempo de glória. É o que já foi exercitado em vídeos como este, e é o que podemos ver na imagem abaixo:
Expansão das exposições do Museu Nacional Romano
O Museu Nacional Romano é dividido em mais de um endereço, um deles é localizado nas Termas de Diocleciano, que tem uma coleção de achados arqueológicos em expansão ao longo dos anos. Muitos artefatos e esculturas romanos notáveis foram adicionados às exposições, proporcionando uma visão abrangente da história e da cultura romana.
As Termas de Diocleciano, localizadas no coração de Roma, são um espaço histórico que vale a pena ser visitado por turistas. Este complexo monumental não conta só com uma arquitetura magnífica, mas com uma história viva, graças ao reaproveitamento do espaço para finalidades de enriquecimento cultural.
As áreas internas são um exemplo impressionante da habilidade e grandiosidade arquitetônica romana. Suas enormes estruturas, abóbadas e colunas proporcionam uma visão da engenharia avançada da época, que resiste bravamente, em beleza e na qualidade estrutural, até os dias de hoje.
As Termas de Diocleciano estão convenientemente localizadas, tornando fácil a visita a outras atrações notáveis de Roma, como o Coliseu e o Fórum Romano.
Turistas podem caminhar de um espaço a outro sem demora, e explorar uma vasta coleção de artefatos e esculturas romanas no Museo Nazionale Romano, um tesouro histórico que oferece uma janela para o passado glorioso de Roma, com uma oportunidade de vivenciarmos um pouco do que teria sido deslumbrar-se com o cotidiano de uma das maiores civilizações da história. A visita a este espaço é uma experiência atemporal e enriquecedora para qualquer turista que deseje explorar a riqueza cultural e histórica de Roma.
E você gostaria de visitar esse espaço?
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A Puglia, localizada no sul da Itália, é uma região que abriga uma riqueza inigualável de belezas naturais e culturais. Se você viu algum dos nossos conteúdos recentes em nossas redes sociais, certamente notou que fizemos uma viagem muito especial, justamente para a Puglia. É hora então de começarmos a falar um pouco dessa região também por aqui! Conhecida como o “salto da bota” da Itália, devido à sua localização geográfica, a Puglia é um tesouro ainda não totalmente descoberto pelos turistas internacionais, embora seja um destino de sonho para aqueles que buscam uma experiência autêntica na Itália.
Uma das características mais marcantes da Puglia é a paisagem repleta de campos de oliveiras intermináveis. A região é famosa por produzir grande parte do azeite de oliva italiano, e a vista dos olivais que se estendem até onde a vista alcança é simplesmente deslumbrante. Ao percorrer as estradas rurais da Puglia, você será cercado pela beleza serena das árvores de oliva e seus frutos dourados que dançam com a brisa suave do mar Adriático.
E o que explica essa especialidade da região é que o clima mediterrâneo se combina com a típica terra vermelha da Puglia e cria um espaço perfeito para a produção dos azeites de oliva extra virgem, classificados com o selo DOP (Denominação de Origem Protegida); das seguintes áreas:
Dauno (Toda a província de Foggia: Daunia, Tavoliere delle Puglie e Gargano);
Terra di Bari (Províncias de Bari e Barletta–Andria–Trani);
Terra d’Otranto (Toda a província de Lecce e algumas cidades das províncias de Taranto e Brindisi);
Terre Tarantine (Cidades da zona oeste da província de Taranto);
Collina di Brindisi (Província de Brindisi).
Além dos olivais, a Puglia possui uma extensa costa banhada pelo Mar Adriático e pelo Mar Jônico. Suas praias são famosas por suas águas cristalinas e enseadas pitorescas. Destacam-se praias de valor histórico, como a Praia do Porto Badisco (foi nela, segundo o poeta grego Virgílio, que Eneias desembarcou ao conseguir fugir de Tróia), e praias paradisíacas, como a Praia de Punta Prosciutto (também chamada de Palude del Conte), conhecida por sua areia fina e águas rasas. A Puglia oferece um refúgio tranquilo para os amantes de praias que desejam escapar das multidões.
Mas a beleza da Puglia não está limitada apenas à sua paisagem natural. A região é rica em história e cultura, com inúmeras cidades e vilarejos medievais que parecem ter parado no tempo. Um exemplo notável é Alberobello, um local declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, famoso por seus trulli, que são casas com o formato de um cone, feitas de pedra e que remontam ao século XV. Essas construções únicas e encantadoras fazem de Alberobello um lugar verdadeiramente mágico para explorar. E é claro que nós passamos por lá em nossa viagem, e você verá tudo em nossas redes!
Outra cidade que merece destaque é Lecce, conhecida como a “Florença do Sul” devido à sua arquitetura barroca deslumbrante. Os edifícios ricamente ornamentados, as igrejas espetaculares e as praças elegantes fazem de Lecce um destino culturalmente enriquecedor. Você pode passear pelas ruas de paralelepípedos, admirar a detalhada fachada da Basílica de Santa Croce e saborear a culinária local em um dos muitos restaurantes encantadores.
A Puglia também é famosa por sua gastronomia única. Sendo uma região costeira, os frutos do mar desempenham um papel fundamental na culinária local. Pratos como o “orecchiette con le cime di rapa” (massa em forma de orelha com brócolis rabe) e o “pesce al cartoccio” (peixe cozido em papel alumínio com ervas e azeite de oliva) são deliciosos exemplos da tradição gastronômica da Puglia. Não se esqueça de experimentar o azeite de oliva extra virgem produzido na região, que é considerado um dos melhores do mundo.
Mesmo vendo e revendo de longe, pelas fotos e vídeos que estamos preparando para vocês, as memórias nos tomam e sentimos todas as experiências outra vez. Puglia é realmente um destino de tirar o fôlego, que oferece uma combinação única de beleza natural, história rica, cultura vibrante e gastronomia excepcional. Se você busca uma experiência autêntica na Itália, longe das multidões de turistas, a Puglia é o lugar ideal para conhecer uma Itália que vive na tranquilidade, e assim descobrir melhor todos os seus tesouros escondidos. A região merece, sem dúvida, um lugar de destaque em sua lista de destinos a explorar na Itália.
Agora aproveite e comece a assistir aos vídeos que já publicamos sobre esta e também outras viagens, em nosso insta @canal_italica e no YouTube @ITALICA!
A ópera é uma das formas mais expressivas e emocionantes de arte musical, e a Itália é amplamente reconhecida como um berço desse gênero tão reverenciado. A tradição operística italiana é uma jóia da cultura musical mundial, com uma história rica que remonta ao final do século XVI. Hoje vamos mergulhar nessa história, lembrar do clássico Turandot de Giacomo Puccini, e falar também de outros compositores. Tudo isso para descobrirmos as contribuições notáveis dos compositores que ajudaram a moldar a ópera italiana e a torná-la um fenômeno global.
O início mítico
A ópera como a conhecemos hoje nasceu na Itália no final do século XVI, em Florença, por influência de intelectuais e compositores que formavam um grupo chamado Camerata Fiorentina, uma associação de compositores, poetas, cientistas e teóricos musicais, liderados por Giovanni de’ Bardi, Conde de Vernio. A primeira reunião registrada da Camerata ocorreu em 14 de janeiro de 1573. Juntos, esses intelectuais discutiam literatura, ciências e artes, e buscavam pensar em como trazer à música elementos da cultura grega, de modo que pudessem criar um estilo de composições musicais que expressassem o que a linguagem da tragédia e da retórica gregas eram capazes de expressar: paixão e narrativas de potencial mítico.
Nascia, assim, um novo conceito de música com funções de arte dramática, recitativa e cantada, com estilos clássicos que possibilitaram o surgimento do melodrama ou da forma de um “recitar cantado”.
Um dos primeiros exemplos notáveis é “Dafne” (1597) de Jacopo Peri, inspirada justamente num mito grego, considerada a primeira ópera completamente musicada. Posteriormente, Claudio Monteverdi, com suas obras-primas “Orfeo” (1607) e “A Coroação de Poppaea” (1643), ajudou a estabelecer as bases da ópera moderna, introduzindo elementos dramáticos, emocionais e musicais que ainda são estudados e admirados hoje em dia.
Quando pensamos nos grandes compositores italianos, é importante termos em mente ao menos 5 gênios.
Giuseppe Verdi
Verdi é indiscutivelmente um dos compositores mais reverenciados da ópera italiana. Suas óperas, como “La Traviata”, “Rigoletto” e “Aida”, são frequentemente apresentadas em teatros de ópera de todo o mundo. A intensidade emocional e as melodias inesquecíveis de Verdi continuam a encantar audiências até os dias de hoje.
Gioachino Rossini
Conhecido por suas óperas cômicas e pela ópera épica “Guilherme Tell”, Rossini deixou um legado duradouro na ópera italiana. Suas aberturas, como a famosa abertura de “O Barbeiro de Sevilha”, são amplamente reconhecidas e apreciadas.
Gaetano Donizetti
Donizetti é lembrado por suas óperas bel canto, caracterizadas por árias virtuosas e vocais deslumbrantes. “Lucia di Lammermoor” e “L’elisir d’amore” são algumas de suas obras mais amadas.
Vincenzo Bellini
Bellini é celebrado por suas óperas românticas e líricas, como “Norma” e “I Puritani”. Sua música emotiva e as vozes humanas como instrumentos principais são características distintas de seu estilo.
Giacomo Puccini
Puccini é conhecido por suas óperas emocionais e melodias arrebatadoras. “La Bohème”, “Madama Butterfly” e “Tosca” estão entre suas obras mais famosas, e suas composições continuam a emocionar o público em todo o mundo.
No YouTube, suas composições estão entre as mais ouvidas de toda a plataforma, é o caso de “Nessun dorma” (uma das árias que compõem a ópera Turandot), que pode ser ouvida em versões instrumentalizadas ou então na versão cantada, como na história e magistral interpretação de Luciano Pavarotti!
A ópera italiana ao redor do mundo
A influência da ópera italiana tem alcance internacional, as composições desses gênios italianos que citamos acima são frequentemente realizadas em teatros de ópera de todo o mundo. E os compositores italianos também influenciaram outros estilos musicais, como os das trilhas sonoras de filmes. Ao ouvir as composições de Puccini, é fácil percebermos como sua ópera definiu muito do que viria a ser a linguagem sonora das produções cinematográficas do século XX.
Curiosidade: Puccini também foi uma influência marcante da genialidade das produções operísticas do grande maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos.
Para visitar: os teatros da ópera italiana
A Itália é o lar de teatros de ópera icônicos, como o Teatro alla Scala em Milão, o Teatro San Carlo em Nápoles e o Teatro La Fenice em Veneza. Esses locais históricos preservam a tradição operística italiana e continuam a ser palcos de produções espetaculares. Se tiver a chance, programe suas viagens tendo em mente a oportunidade de assistir a espetáculos nesses espaços históricos.
O futuro da ópera italiana
A ópera italiana continua a evoluir, incorporando novos talentos e abordagens criativas. Jovens cantores e compositores italianos estão contribuindo para a renovação desse gênero clássico, mantendo a chama da ópera italiana acesa para as próximas gerações.
Não é exagero dizer que na essência da cultura musical mundial, a ópera italiana tem um dos papéis centrais, com uma história rica e uma influência global duradoura. Compositores como Verdi, Rossini, Donizetti, Bellini e Puccini deixaram um legado musical que continua a emocionar e inspirar pessoas em todo o mundo.
Você já teve a chance de escutar uma orquestra tocando ao vivo esses clássicos da genialidade italiana?
Se já teve ou se ainda gostaria de ter essa experiência, é hora de se aproximar do tema na companhia da Prof. Paola Baccin e do Prof. Darius, assistindo a uma live especial em que eles conversaram justamente sobre a história da ópera italiana e sobre aquela que pode ser considerada a mais famosa em todo o mundo, Nessun dorma!
Encontramos essa relíquia durante uma caminhada em Bari. Acreditam que essa pintura está aqui nesta fachada pública desde 1767? Passou por uma restauração em 1999. E mantiveram aqui, como um sacrário de quase 3 metros, na fachada do Palazzo D’Amelj, um edifício do século XVIII que pertenceu a uma família de ricos proprietários de terras da cidade vizinha de Binetto.
A Madonna
A palavra “Madonna” é um termo italiano que se traduz como “Senhora” ou “Minha Senhora”. E as representações da Madonna, que se refere à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, estão profundamente enraizadas na história da arte, na fé e na cultura ocidental. É um tema tão recorrente na arte ocidental que encontramos milhares de criações e recriações.
Hoje veremos um pouco sobre as contribuições desse símbolo, na arte e na cultura italiana e mundial.
Madonna nas artes
A constante representação da Madonna permite aos estudiosos traçarem uma evolução da iconografia, ou, em outras palavras, o percurso das ideias e pensamentos predominantes em cada geração, em cada período das civilizações ocidentais. Isso inclui um estudo sobre os detalhes das vestes, das posições, dos gestos e das expressões faciais. Observando essas mudanças, podemos aprender sobre os valores culturais e religiosos de diferentes épocas. Cada representação da Madonna contém elementos simbólicos. Seu manto, cores e gestos muitas vezes têm significados específicos. A análise desses símbolos nos ajuda a entender as mensagens e crenças religiosas da época em que a obra foi criada.
As imagens da Madonna também podem servir como um registro da evolução das técnicas de pintura e escultura. Estudando essas representações, podemos ver como os artistas dominaram a perspectiva, a luz e a sombra, bem como outros aspectos técnicos da arte.
É possível também conhecermos mais da história das crenças religiosas: através das representações da Madonna, podemos rastrear a evolução das crenças e doutrinas da Igreja Católica ao longo dos séculos. Mudanças na forma como a Virgem Maria foi representada muitas vezes refletem mudanças na teologia e na espiritualidade. E essas mudanças, por sua vez, nos indicam como o mundo passou a lidar com determinadas questões sociais e religiosas.
Há ainda uma riqueza na revelação das influências culturais por trás de cada arte. A representação da Madonna pode variar de acordo com a região e a cultura. Estudando essas variações, podemos aprender sobre a diversidade cultural e a interação entre diferentes culturas ao longo do tempo.
Ao longo da história fornecem uma janela única para a evolução da linguagem visual, cultura e religião. Elas refletem não apenas crenças religiosas, mas também mudanças sociais, técnicas artísticas e a riqueza da herança cultural ao longo dos séculos.
Esta Madonna que fotografamos em Bari é chamada de “Madonna del Lume”. É uma imagem muito recriada devido à difusão do culto à Santa Maria del Lume ao redor do mundo, portanto é possível encontrar outras muitas pinturas que organizam da mesma maneira os elementos dessa arte.
Vemos retratada a Virgem rodeada de anjos, incluindo um ajoelhado à sua direita que, segurando na mão um cesto cheio de corações, os oferece ao menino Jesus nos braços de sua mãe. Podemos notar uma mensagem moral, com os temas do amor, da compaixão, da maternidade, da humildade e da fé.
E você, já teve a chance de ver de perto alguma representação da Madonna?
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Margherita di Savoia é hoje conhecida por algumas pessoas como “a rainha influencer”, pois foi a primeira a conseguir uma popularidade comparável ao que costumamos ver em celebridades e personalidades do mundo digital. Hoje vamos explorar todas as informações que temos sobre ela, que nos revelam muito sobre o período histórico que a Itália viveu, e sobretudo sobre as mudanças que a própria rainha ajudou a estabelecer no Bel Paese e, inclusive, ao redor do mundo.
Também conhecida como Margarida de Saboia, a rainha Margherita teve seu reinado durante o final do século XIX e início do século XX. Ela era a esposa do rei Humberto I da Itália e a primeira rainha consorte do Reino da Itália após sua unificação em 1861. A vida de Margherita di Savoia foi marcada por uma série de comportamentos e estilos que influenciaram muito seus admiradores, mas também entrou para a história por sua dedicação ao bem-estar do povo italiano.
Nascida em 20 de novembro de 1851, Margherita di Savoia era filha de Fernando, Duque de Gênova e da princesa Maria Isabel da Saxônia, filha do rei João da Saxônia. Ela cresceu em um ambiente aristocrático, cercada de luxo e de uma educação de alta qualidade. Seu casamento com o príncipe Humberto da Itália, que mais tarde se tornaria rei, consolidou os laços entre as famílias reais de Saboia e Itália.
Após a unificação da Itália em 1861, seu marido, Humberto I, tornou-se rei em 1878. Margherita di Savoia assumiu o título de rainha da Itália, tornando-se a primeira consorte a ocupar esse cargo após o estabelecimento do Reino da Itália. Como rainha, ela desempenhou um papel importante na vida pública, apoiando várias causas sociais e culturais.
Uma das contribuições mais notáveis de Margherita di Savoia foi o seu envolvimento em causas humanitárias. Ela era conhecida por seu trabalho filantrópico e dedicou seu tempo e recursos para melhorar a vida dos menos privilegiados. Seu interesse particular pelas questões de saúde a levou a estabelecer hospitais e clínicas, bem como a promover a formação de enfermeiras e o cuidado de pacientes em toda a Itália. Ela era uma defensora ativa da Cruz Vermelha Italiana e seu compromisso com a caridade a tornou amplamente respeitada entre a população.
Além dessas ações práticas e absolutamente relevantes do ponto de vista político, Margherita di Savoia também se destacava como uma figura importante no cenário dos interesses públicos por assuntos culturais, como o caso da moda. Ela era conhecida por seu estilo elegante e inovador, e muitos de seus trajes e acessórios eram amplamente imitados na sociedade da época. Seu vestido de baile, que incluía uma saia branca longa com uma faixa vermelha e uma grinalda de flores brancas, ficou famoso e ganhou o nome de “vestido Margherita”. Sua influência na moda italiana a transformou em um ícone de estilo da Belle Époque.
A rainha Margherita também era uma apreciadora das artes e da cultura. Ela apoiou ativamente a música, o teatro e a ópera, frequentando espetáculos e concertos por toda a Itália. Também a pizza marguerita é uma homenagem à Rainha Margherita de Sabóia, como vimos em um artigo recente.
No entanto, a vida da rainha Margherita não foi isenta de desafios. Durante seu reinado, a Itália enfrentou agitações políticas e sociais, e seu marido, o rei Humberto I, foi assassinado em 1900. Após a morte de Humberto, seu filho, Vítor Emanuel III, ascendeu ao trono, e Margherita continuou a exercer seu papel como mãe da nação e apoiadora de causas sociais.
A rainha Margherita di Savoia faleceu em 4 de janeiro de 1926, deixando um legado duradouro como uma das figuras mais admiradas da história italiana. Seu compromisso com a filantropia, seu estilo elegante e sua dedicação ao bem-estar do povo italiano a tornaram uma figura amada e respeitada em toda a Itália. Ela é lembrada não apenas como uma rainha, mas como uma mulher de grande influência e generosidade, cujo impacto na sociedade italiana perdura até os dias de hoje.
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