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Viva o Scoppio del Carro: uma Páscoa como nenhuma outra

Viva o Scoppio del Carro: uma Páscoa como nenhuma outra

O “Scoppio del Carro” é uma das tradições mais antigas de Florença. Surgiu por volta de 1600 e ocorre durante a Páscoa. Essa festividade, que também é conhecida como “A Explosão da Carruagem”, tem raízes medievais e é um dos eventos mais curiosos que os turistas desavisados podem testemunhar.

Scoppio del Carro em Firenza Itália

O evento

O evento inicia-se com um carro, ou melhor, uma carroça, coberta de fogos de artifício, conhecida como “Brindellone”, que é puxada por bois brancos ornamentados. Ela é estacionada em frente à Basílica de Santa Maria del Fiore, a deslumbrante Catedral de Florença. Durante a missa de Páscoa na catedral, um fio com uma pomba de madeira, chamada de “colombina” (que representa o Espírito Santo), é acionado por um cabo de segurança que percorre a catedral, eis então o momento do volo della colombina . Ao final da missa, o Arcebispo de Florença acende um foguete em forma de pomba, que simboliza a bênção divina.

Esse foguete é então aceso e percorre o cabo até a carroça, onde há uma pilha de fogos de artifício prontos para explodir. Os efeitos pirotécnicos incluem fogos que giram e lançam faíscas para todos os lados, por isso tudo é feito com uma distância segura da população, que assiste ao espetáculo por trás de uma cerca de proteção.

Palagio di Parte Guelfa

O Palagio di Parte Guelfa também faz parte do evento. É um Palácio que foi sede de um dos partidos políticos do século XIV, os guelfos. E hoje é dali que os grupos de cortejo se deslocam para expor suas vestimentas e habilidades acrobáticas. Antes do volo della colombina, eles passam pela Piazza della Signoria e depois se reúnem com os sbandieratori na Piazza della Repubblica. Deste cortejo participam figurantes de nobreza fiorentina vestidos de época renascentista, os balestieri (balestra), um representante de cada time do calcio storico e porta bandeiras com os símbolos das Artes (sindicatos de época medieval).

Palácio do Partido dos Guelfos
Palácio do Partido dos Guelfos

Sbandieratori

Os sbandieratori, por sua vez, são um grupo performático de agitadores de bandeira que nasceu em Figline Valdarno em 1965, a partir da vontade de alguns jovens entusiastas. Desde 1973, após uma breve passagem pelo Calcio Storico Fiorentino, o grupo afirmou a sua independência, fortalecendo a sua identidade e o seu prestígio.

Eles atuam com sucesso na Itália e no exterior, levando a tradição toscana para todo o mundo. São inúmeros os elementos de vestimenta que eles carregam como símbolos do tempo medieval e se dividem em capitães, tambores, clarins e agitadores de bandeiras, com uma escola de bandeiras que remonta à antiga tradição da agitação de bandeiras militares, com varas de madeira artesanais e tecidos bordados com muita técnica e atenção aos mínimos detalhes estéticos e históricos.

Sbandieratori na Italia
Desfile Sbandieratori na Italia
Festa Scoppio del Carro na Italia

Na estrutura de madeira do Brindellone está esculpido o brasão da Família Pazzi, que por muitos séculos foi a organizadora do evento. Mas a celebração não se prende a raízes familiares, pois sua essência está em suas conotações de comunhão social e de simbologia religiosa, já que a Páscoa é uma das festividades cristãs mais importantes. Esse espetáculo unicamente florentino diversifica as representações da ressurreição de Jesus Cristo e da renovação da vida, tornando o evento uma comemoração teatral, social e literalmente explosiva. O “Scoppio del Carro” é portanto uma maneira de marcar a data de uma forma que envolve narrativa e, verdadeiramente, espetáculo.

Tradição

A realização da festa, em cada uma das suas etapas, atrai tanto os fiéis quanto turistas e moradores que possam se considerar apenas amantes da cultura e da história. É uma celebração que acolhe a todos e que combina elementos estéticos da história e da religião, numa interação social bastante reveladora do que, ainda hoje, explica o valor incomparável de Florença como um patrimônio da humanidade.

Você gostaria de ver de perto essa festa?

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Por que as vespas italianas são as scooters mais famosas do mundo?

Por que as vespas italianas são as scooters mais famosas do mundo?

A Vespa é uma das scooters mais icônicas e amadas do mundo. Muito mais do que apenas um meio de transporte, ela é um símbolo de engenhosidade, design italiano e liberdade. Neste artigo, vamos explorar a história das vespas italianas, desde seus humildes primórdios até se tornarem um fenômeno global.

Vespas italianas

Os primeiros passos

A história da Vespa começa nos anos 1940, quando a Itália estava se recuperando dos estragos da Segunda Guerra Mundial. A empresa Piaggio, fundada em 1884, era originalmente uma fabricante de navios, trens e motores. No entanto, com a necessidade de transporte pessoal acessível e eficiente após a guerra, a Piaggio decidiu diversificar seus negócios e criar uma scooter.

Fábrica de vespas italianas

O engenheiro aeronáutico Corradino D’Ascanio, conhecido por sua experiência em aviação, foi o cérebro por trás do design inovador da Vespa. Em vez de seguir os padrões das motocicletas da época, ele projetou uma scooter com estrutura monocoque, motor embutido e uma transmissão automática, características revolucionárias para a época. E o nome “Vespa” não precisa nem de tradução para nós, significa exatamente “vespa” em italiano, e foi escolhido devido à aparência do veículo e ao som de seu motor.

Vespas da Italia

Em 1946, a primeira Vespa, modelo Vespa 98, foi lançada. Ela conquistou rapidamente o coração dos italianos e, em seguida, do mundo. Essa scooter foi uma das principais responsáveis por democratizar a mobilidade na Itália do pós-guerra, permitindo que as pessoas se deslocassem de forma eficiente e acessível.

As evoluções e os modelos clássicos

Com o sucesso da Vespa 98, a Piaggio continuou a desenvolver novos modelos e a aprimorar a scooter ao longo dos anos. A Vespa 125, lançada em 1948, foi a primeira a receber um farol dianteiro totalmente integrado ao paralama. Esse design icônico é uma das marcas registradas das Vespas clássicas.

Vespa italiana 125
Vespa 125

Ao longo das décadas, a Vespa passou por várias transformações e atualizações. O modelo Vespa 150, introduzido na década de 1950, se tornou um dos mais populares. Posteriormente, surgiram modelos como a Vespa Primavera e a Vespa PX, que se tornaram queridinhas dos entusiastas de scooters em todo o mundo.

A Vespa na cultura pop

A Vespa não é apenas um veículo; ela se tornou um ícone da cultura pop e do estilo de vida italiano. Sua presença em filmes de sucesso internacional, como “Roman Holiday” (A Princesa e o Plebeu), ajudou a solidificar sua imagem de um símbolo de romance e aventura. A Vespa também esteve presente em capas de revistas de moda e em várias músicas e letras de canções.

Vespas e cultura pop
Vespas italianas e cultura  pop

O fenômeno global

A popularidade da Vespa se espalhou rapidamente para além das fronteiras italianas. A scooter conquistou os corações de pessoas em todo o mundo, tornando-se um símbolo de mobilidade urbana inteligente. Seus modelos continuaram a evoluir, incorporando tecnologias modernas, mas sempre mantendo o design clássico que a tornou famosa.

Vespa italiana - fenômeno global

A Vespa hoje

Hoje, a Vespa continua sendo fabricada pela Piaggio e é vendida em mais de 80 países. Não deixou de ser uma escolha popular entre os amantes de scooters, tanto para uso cotidiano quanto para lazer. E a tradição estética prevalece mesmo tantas décadas depois: os modelos modernos mantêm a essência do design original, com atualizações tecnológicas para atender às demandas dos tempos atuais.

Vespa italiana atual

Aqui no blog temos acompanhado ao longo das últimas semanas diversas criações originais da Itália, que carregam a cultura italiana para além das fronteiras. Dentre a variedade dessas criações de valor internacional, vimos uma prevalência de tradições milenares e seculares, a maioria do tempo do antigo Império Romano. Mas as raízes criativas da Itália são tão fortes que pudemos comprovar hoje que cabe, entre tantas tradições, também algo do tempo da indústria e da tecnologia.

A Vespa italiana é muito mais do que uma scooter; é um ícone que encapsula a paixão, o estilo de vida e a inovação italiana. Sua história rica e seu design atemporal fazem dela um objeto de desejo para colecionadores e entusiastas em todo o mundo. Que elas continuem a correr pelas ruas estreitas de burgos e comunas distantes e pelas avenidas das grandes cidades! Longa vida à Vespa!

A presto!

Quem foi Artemisia Gentileschi: italiana pioneira em uma luta ainda bastante atual

Quem foi Artemisia Gentileschi: italiana pioneira em uma luta ainda bastante atual

Artemisia Gentileschi, uma das pintoras mais talentosas do período barroco, deixou uma marca indelével na história da arte italiana e mundial. Sua vida e obra são testemunhos de perseverança, talento e determinação em um mundo dominado por homens. Neste artigo, exploraremos a vida e as contribuições significativas dessa artista extraordinária.

Autorretrato de Artemisia Gentileschi-como Santa Catarina de Alexandria
Autorretrato como Santa Catarina de Alexandria, Artemisia Gentileschi

Artemisia nasceu em Roma, em 8 de julho de 1593, filha do pintor Orazio Gentileschi. Desde cedo, demonstrou um talento excepcional para a pintura, e seu pai a instruiu nas técnicas artísticas. Com apenas 17 anos, ela produziu uma de suas obras mais icônicas, “Susanna e i vecchioni” (Susana e os Velhos), que tornou logo incontestável sua habilidade em representar homens e mulheres de forma realista e emocional.

Susanna e i vecchioni de Artemisia Gentileschi
Susanna e i vecchioni (1610), Artemisia Gentileschi

No entanto, a vida de Artemisia não foi marcada apenas pelo talento artístico. As grandes dificuldades enfrentadas por ela, simplesmente por ser uma mulher em uma profissão dominada por homens, marcaram sua história e fizeram dela um nome por muito tempo invisibilizado pela história da arte.

Em 1611, Artemisia foi vítima de um estupro cometido por Agostino Tassi, um pintor que trabalhava com seu pai. O julgamento subsequente, que se tornou um escândalo público, trouxe grande sofrimento e humilhação para Artemisia, mas também demonstrou sua determinação em buscar justiça.

As obras de Artemisia

As pinturas de Artemisia Gentileschi são notáveis pela naturalidade da sua representação realista. Em suas pinceladas é possível encontrar influências do realismo de Caravaggio (com o uso dramático da técnica chamada chiaroscuro, caracterizada pelo jogo de contrastes na utilização de cores claras e escuras). Ao mesmo tempo, não abriu mão da linguagem de cores do barroco, muito difundida na Escola de Bolonha, de onde destacou-se principalmente Annibale Carracci.

Maria Madalena como Melancolia (1622~1625), Artemisia Gentileschi
Maria Madalena como Melancolia (1622~1625), Artemisia Gentileschi

As obras de Artemisia muitas vezes apresentam heroínas bíblicas e mitológicas que demonstram força, coragem e resiliência. Um exemplo notável é “Judite decapitando Holofernes”, uma das obras mais famosas de Artemisia, que retrata a heroína bíblica Judite em um ato de coragem ao enfrentar o general assírio para libertar seu povo.

A característica dramática do contraste entre luz e sombra, aliada à visão de mundo que, como mulher, lhe era pessoal, conferia às suas pinturas uma leitura diferente das expressões e dos significados das cenas retratadas e, por consequência, uma qualidade teatral e intensa que a tornou uma das figuras mais importantes do movimento barroco.

Reconhecimento e legado

Ao longo de sua carreira, Artemisia Gentileschi enfrentou desafios extraordinários, mas sua paixão pela arte a impulsionou a continuar pintando. Ela eventualmente conquistou reconhecimento e renome, tornando-se a primeira mulher a ser admitida na Academia de Artes de Florença.

Autorretrato, Artemisia Gentileschi
Autorretrato, Artemisia Gentileschi

Até os dias de hoje, o legado de Artemisia continua a inspirar artistas, e mesmo mulheres não envolvidas com a arte. Sua habilidade em dar voz e poder às mulheres em suas pinturas desafiou as convenções de sua época e continua a ressoar com o público contemporâneo. Museus e galerias de todo o mundo exibem suas obras, e suas pinturas são frequentemente estudadas como exemplos de empoderamento feminino na arte.

O legado de Artemisia continua a brilhar como um farol para artistas e defensores de uma sociedade justa, lembrando-nos da importância de desafiar as normas e expressar a própria voz. Suas obras não apenas resistem à passagem do tempo, mas também continuam a influenciar e inspirar gerações futuras de artistas e admiradores da arte. Artemisia Gentileschi é uma verdadeira pioneira cuja contribuição à história da arte não pode ser subestimada.

A Virgem e criança (1613) de Artemisia Gentileschi
A Virgem e criança (1613) de Artemisia Gentileschi

A jornada dessa brilhante artista, desde a infância talentosa até o reconhecimento como uma das principais pintoras do Barroco, é inspiradora e continuará sendo, contanto que não deixemos de citá-la entre os tantos gênios do Renascimento. Sua capacidade de representar mulheres de maneira realista e poderosa, tanto na arte como na realidade da vida cotidiana, pode seguir alcançando gerações e gerações, de todas as culturas. Apesar dos obstáculos que enfrentou como mulher no mundo das artes, sua obra e sua vida registrada em diários, é um testemunho de sua genialidade, sua resiliência e sua determinação.

A história da Itália é repleta de figuras notáveis, e especialmente no período do Renascimento, destacar-se não era uma tarefa para qualquer pessoa; era necessário lançar sua obra a um público acostumado a gigantes como Da Vinci, Michelangelo, Rafael e Caravaggio. Por isso mesmo, é imenso o valor de podermos dizer que a história da arte, italiana e mundial, tem Artemisia como uma das maiores genialidades, uma joia que deixou um legado de influência e de significações que deve ser guardado, lembrado, relembrado e levado adiante, propagado sempre que pensarmos nesse período da História.

Se você quiser ver mais obras de Artemisia Gentileschi, clique aqui, o catálogo está na wikiart.org, que é uma Enciclopédia de Artes Visuais!

Agora aproveite para caminhar pelas ruas de Firenze, onde Artemisia Gentileschi tanto caminhou, quando se inspirava e estudava para as suas criações geniais. Basta se juntar ao Prof. Darius, que explorou as preciosidades que os turistas podem encontrar em Florença, uma das cidades italianas mais conectadas à História da Arte!

É só clicar aqui para começar a sua viagem e anotar as dicas de ouro de tudo que você pode encontrar por lá!

Buona visione!

A arte do café italiano: a tradição do espresso, do cappuccino e do macchiato

A arte do café italiano: a tradição do espresso, do cappuccino e do macchiato

A Itália é conhecida por muitas coisas, e uma delas é sua paixão pelo café. Para os estrangeiros vindos do Brasil, onde o café também é uma parte essencial da cultura, explorar a tradição do café italiano pode ser uma experiência fascinante e deliciosa.

Café italiano

Quando se pensa em café italiano, logo vêm à mente palavras como “espresso”, “cappuccino” e “macchiato”. Essas são algumas das bebidas de café mais icônicas e amadas da Itália, cada uma com suas características únicas e rituais associados. Hoje vamos descobrir um pouco mais sobre cada uma delas.

O espresso italiano: a essência da cafeína

O espresso é a base de todas as bebidas de café italianas. A palavra “espresso” significa “sob pressão”, esse nome é uma referência ao método como o café é extraído, mediante alta pressão. Pode ser ainda “feito “sob medida”, “ad hoc” para essa ocasião.

Mas também podemos ver o nome escrito com a letra X, expresso, que significa um preparo rápido, e serve então como referência à rapidez com que a bebida é preparada. Quando você pede um espresso em uma cafeteria italiana, pode esperar um pequeno, mas potente, gole de café concentrado.

Café Espresso Italiano

Uma xícara de espresso perfeitamente preparada tem uma crema (uma camada cremosa na superfície) e um sabor intensamente rico. Os grãos de café são moídos finamente e pressionados com água quente sob alta pressão para extrair todos os sabores em um curto espaço de tempo, geralmente 25-30 segundos.

Uma das principais curiosidades sobre o espresso é que ele é uma bebida altamente social na Itália. Os italianos têm o hábito de tomar um espresso rapidamente no balcão de uma cafeteria enquanto fazem uma pausa no trabalho ou em suas atividades diárias. É uma tradição que encoraja a interação e a comunicação, pois as pessoas se encontram e conversam durante esses momentos de café.

O cappuccino: uma manhã com espuma de leite

O cappuccino é uma das bebidas de café mais reconhecíveis do mundo. Consiste em partes iguais de espresso, leite vaporizado e espuma de leite. A palavra “cappuccino” vem do termo italiano “cappuccio”, que significa “capuz” ou “capa”. Acredita-se que o nome se refira à semelhança da bebida com a cor das vestes dos monges capuchinhos, que eram conhecidos por seu capuz marrom claro.

Capuccino italiano

Uma das peculiaridades do cappuccino italiano é que ele é considerado principalmente uma bebida da manhã. Os italianos costumam consumir cappuccino apenas no café da manhã e nunca depois do almoço. Eles acreditam que o leite pode interferir na digestão das refeições posteriores.

A preparação de um cappuccino é uma arte em si. O barista experiente cria uma espuma de leite suave e cremosa que é derramada sobre o espresso. O resultado é uma bebida equilibrada com a riqueza do café e a suavidade do leite.

O macchiato: toque de espresso e sabor único

A palavra “macchiato” em italiano significa “manchado”. No contexto do café, o macchiato é um espresso “manchado” com uma pequena quantidade de leite, quente ou frio.. É uma opção mais forte do que o cappuccino e oferece um equilíbrio sutil entre o sabor do café e a cremosidade do leite.

Café italiano macchiato

O macchiato é muitas vezes visto como uma alternativa para aqueles que preferem um café mais intenso, mas ainda apreciam a suavidade do leite. É uma bebida que permite que o sabor robusto do espresso seja a estrela, com apenas um toque suave de leite para suavizar a experiência.

Os Ritmos do Café Italiano: Uma Experiência Social

O café é muito mais do que apenas uma bebida na Itália; é uma experiência social. Os italianos levam seu café a sério e têm uma etiqueta específica quando se trata de pedir e desfrutar de bebidas de café. Uma tradição importante é a de desfrutar do café no balcão da cafeteria, de pé, conversando com amigos ou colegas, e apreciando o momento.

Café espresso italiano

Ao entrar em uma cafeteria italiana, você pode pedir um espresso simplesmente dizendo “un caffè”. Se quiser um cappuccino, peça-o apenas pela manhã, e nunca depois do almoço. E ao pedir um macchiato, lembre-se de que você está adicionando apenas uma “mancha” de leite ao seu espresso.

Aproveite para ver o Prof. Darius ensinando como se pedir um café na Itália! Clique aqui para assistir.

Essa leitura te deixou com vontade de tomar um espresso?!
Embora possa aproveitar dessas delícias da tradição do café italiano, lembre-se que, ao visitar o Bel Paese, não deixe de saborear e apreciar a riqueza das opções que encontrar pelo caminho, sabendo que se trata de uma experiência que combina sabor, cultura e uma pitada da vida cotidiana italiana! É uma jornada sensorial que envolve todos os sentidos e proporciona um verdadeiro mergulho na vida social e culinária da Itália. Portanto, aproveite cada gole e cada momento enquanto explora a arte do café italiano em suas várias formas deliciosas.


A presto!

Terme di Diocleziano: o impressionante passado das termas de Roma

Terme di Diocleziano: o impressionante passado das termas de Roma

Há milênios, os romanos podiam frequentar uma espécie de clube, com piscinas monumentais para banho público. Pode parecer algo apenas da modernidade, mas isso era uma realidade do Império. As Termas de Diocleciano, em italiano “Terme di Diocleziano,” foram um complexo de banhos públicos construído em Roma durante o reinado do imperador romano Diocleciano, que governou de 284 a 305 d.C. Este complexo era uma das maiores e mais grandiosas instalações termais da Roma Antiga.

Reconstrução do termas de diocleciano Roma

As Termas de Diocleciano eram conhecidas por sua arquitetura impressionante e sua capacidade de acomodar um grande número de pessoas.

Termas de diocleciano Roma

Além dos banhos termais, o complexo também continha uma série de outras instalações, como bibliotecas, áreas de exercício, jardins e espaços para entretenimento cultural.

Banhos Termais Termas de Diocleciano Roma

Após a queda do Império Romano, as Termas de Diocleciano foram em grande parte abandonadas e, com o tempo, muitas de suas estruturas foram reaproveitadas para outros fins. Partes do complexo foram convertidas em igrejas cristãs. A mais famosa delas é a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, construída no século XVI na parte central do complexo.

Estátuas e Esculturas em cerâmica
Estatua-em-exposicao-no Museu-Nacional-Romano
Estátuas em exposição no Museu Nacional Romano

Hoje em dia, as Termas de Diocleciano abrigam o Museu Nacional Romano, que exibe uma extensa coleção de artefatos e esculturas romanas, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar a história e a cultura da Roma Antiga.

Curiosidades sobre Termas

Algumas curiosidades ajudam a visualizar um pouco do que é caminhar ao redor das Termas hoje em dia e do que teria sido chegar à Roma Antiga e adentrar um espaço suntuoso como esse. Ao longo dos últimos séculos, os arredores ganharam construções e monumentos que não estavam no projeto inicial.

Obelisco egípcio

O obelisco de Dogali é um exemplo; é um dos treze obeliscos de Roma, localizado na Avenida Luigi Einaudi, perto das Termas de Diocleciano. Foi encontrado em 1883 por Rodolfo Lanciani, perto da igreja Santa Maria sopra Minerva.

Obelisco Egípcio Dogali Itália
Obelisco Dogali Itália

Estação ferroviária Termini

A Estação Ferroviária Termini tem esse nome justamente por causa das termas. A Stazione Termini, conhecida também como Roma Termini, é localizada no bairro que tem esse nome devido à proximidade das termas de Diocleciano. Essa é hoje uma das principais estações de trem de Roma, e foi construída no século XIX, com a entrada principal localizada de frente para as Termas.

Estacao ferroviaria Termin Itália
Mapa Stazione Termini Itália

Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri

Como já dissemos, parte das Termas de Diocleciano foi convertida em uma igreja no século XVI, conhecida como a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri. A igreja preserva muitos elementos arquitetônicos originais das termas, incluindo as abóbadas e colunas, tornando-a um exemplo notável de como estruturas romanas antigas foram reutilizadas no contexto cristão.

Santa Maria de gli Angeli

Descoberta de ruínas Subterrâneas

Durante escavações e restaurações nas Termas de Diocleciano e nas áreas circundantes, foram feitas descobertas de ruínas subterrâneas, como corredores e câmaras, que não eram amplamente conhecidos. Isso revelou a complexidade da arquitetura das termas e a infraestrutura subjacente.

Uso dos Materiais

Durante a Idade Média e o Renascimento, muitos dos materiais de construção das Termas de Diocleciano foram retirados e utilizados em outras construções em Roma. Isso inclui a utilização de mármore e outros elementos arquitetônicos das termas em edifícios mais recentes da cidade.

A história das Termas de Diocleciano e suas descobertas arqueológicas continuam a ser uma área de interesse para estudiosos e arqueólogos, proporcionando insights valiosos sobre a arquitetura e a evolução do patrimônio histórico de Roma.

Alguns estudiosos se debruçam inclusive sobre a possibilidade de imaginar e simular o espaço original, para vermos como teriam sido as termas em seu tempo de glória. É o que já foi exercitado em vídeos como este, e é o que podemos ver na imagem abaixo:

3D das Termas de Diocleciano
Uma simulação 3D do que teria sido um espaço interno das Termas de Diocleciano

Expansão das exposições do Museu Nacional Romano

O Museu Nacional Romano é dividido em mais de um endereço, um deles é localizado nas Termas de Diocleciano, que tem uma coleção de achados arqueológicos em expansão ao longo dos anos. Muitos artefatos e esculturas romanos notáveis foram adicionados às exposições, proporcionando uma visão abrangente da história e da cultura romana.

Museu Nacional Romano

As Termas de Diocleciano, localizadas no coração de Roma, são um espaço histórico que vale a pena ser visitado por turistas. Este complexo monumental não conta só com uma arquitetura magnífica, mas com uma história viva, graças ao reaproveitamento do espaço para finalidades de enriquecimento cultural.

As áreas internas são um exemplo impressionante da habilidade e grandiosidade arquitetônica romana. Suas enormes estruturas, abóbadas e colunas proporcionam uma visão da engenharia avançada da época, que resiste bravamente, em beleza e na qualidade estrutural, até os dias de hoje.

As Termas de Diocleciano estão convenientemente localizadas, tornando fácil a visita a outras atrações notáveis de Roma, como o Coliseu e o Fórum Romano.

Turistas podem caminhar de um espaço a outro sem demora, e explorar uma vasta coleção de artefatos e esculturas romanas no Museo Nazionale Romano, um tesouro histórico que oferece uma janela para o passado glorioso de Roma, com uma oportunidade de vivenciarmos um pouco do que teria sido deslumbrar-se com o cotidiano de uma das maiores civilizações da história. A visita a este espaço é uma experiência atemporal e enriquecedora para qualquer turista que deseje explorar a riqueza cultural e histórica de Roma.

E você gostaria de visitar esse espaço?

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