Afinal, o que significa a sigla SPQR usada em áreas públicas e em tantos monumentos da Itália? Confira nesse post qual o significado e por que é aplicada nos mais variados locais.
O que é SPQR?
A sigla “SPQR” é uma inscrição icônica encontrada em muitos lugares na Itália, com destaque especial na cidade de Roma. Ela representa uma parte significativa da herança histórica e cultural do país. Surgiu como uma rejeição à monarquia e uma exaltação à ideia de que todo o poder emana do povo. A sigla, portanto, atribui esse significado democrático à expressão “Senatus Populusque Romanus”, em latim, traduzida como “O Senado e o Povo Romano”, é um lembrete da rica história política da antiga Roma.
Onde é encontrada?
Essa inscrição é frequentemente associada ao Império Romano e era usada para simbolizar o poder e a autoridade do Senado e do povo romano. Ao longo dos séculos, a sigla “SPQR” evoluiu para se tornar um símbolo da cidade de Roma e, por extensão, de toda a nação italiana.
Você pode encontrar a sigla “SPQR” em vários lugares notáveis em Roma, como:
Edifícios públicos
A sigla “SPQR” é frequentemente encontrada em edifícios públicos e oficiais em Roma, como prefeituras, tribunais e departamentos governamentais.
Esgotos de Roma
Uma das aparições mais inusitadas da sigla “SPQR” é nos esgotos de Roma, uma rede subterrânea complexa que desempenhou um papel crucial na infraestrutura da cidade. A inscrição é uma lembrança de que mesmo as estruturas menos glamorosas fazem parte da história de Roma.
Tampas de Bueiros
As tampas de bueiros em Roma frequentemente trazem a sigla “SPQR”. Essa presença até nas ruas e calçadas demonstra a importância que a sigla tem na vida cotidiana da cidade.
Fontes públicas
Muitas fontes públicas, incluindo a famosa Fontana di Trevi, exibem a sigla “SPQR” como um lembrete da antiga conexão da cidade com a água e a engenharia hidráulica romana.
Monumentos históricos
Inúmeras estátuas, obeliscos e outros monumentos históricos exibem orgulhosamente a sigla “SPQR” como parte de sua mensagem.
Embora a sigla “SPQR” esteja enraizada na história de Roma, sua importância transcende as fronteiras da cidade. Ela se tornou um símbolo da unidade e do orgulho nacionais italianos, representando a influência duradoura da antiga Roma na cultura e na identidade dos romanos e italianos de Roma, de lá até os dias da democracia moderna.
Em maio deste ano, 2023, o time de futebol Roma vestiu a camisa giallorossa estampada com a sigla SPQR, como uma forma de protesto do clube ao não pagamento do valor acordado com sua patrocinadora.
Hoje a inscrição “SPQR” é uma lembrança constante da rica herança de Roma e sua influência duradoura na cultura, na arte, na política e na vida cotidiana. Cada vez que você se depara com essas quatro letras, seja nas ruas de Roma ou em outros lugares da Itália, é um convite a explorar as conexões entre o passado e o presente e a mergulhar na fascinante história de uma civilização que moldou o curso da história ocidental.
Você já tinha visto essa sigla antes? Agora, na próxima viagem, poderá procurá-la em vários lugares de Roma, e encontrará aos montes!
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Chegamos ao centenário de nascimento de Ítalo Calvino, um dos escritores mais célebres da literatura italiana do século XX, que merece ser homenageado e lembrado sempre por sua contribuição valiosa para a literatura mundial.
Quem é Ítalo Calvino
Nascido em Cuba, em 1923, criado na Itália, Calvino tornou-se um dos expoentes do movimento literário conhecido como “Neovanguarda” e contribuiu significativamente para o desenvolvimento da literatura pós-moderna.
A rica imaginação de Calvino e sua habilidade de entrelaçar elementos da realidade com a fantasia o tornaram conhecido por suas obras únicas e inovadoras. Alguns de seus livros, muito conhecidos aqui no Brasil, são “Le città invisibili” (As cidades invisíveis), “Se una notte d’inverno un viaggiatore” (Se um viajante numa noite de inverno) e “Il barone rampante” (O barão nas árvores), que desafiam as convenções literárias tradicionais. Calvino também desenvolveu textos análiticos e teóricos, como o postumamente publicado “Perché leggere i classici” (Por que ler os clássicos), de onde saiu a frase tão elucidativa quando se deseja avaliar o que constitui um clássico: “Um clássico é o livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer”. Para além da ficção, Calvino explorou temas como a natureza da narrativa, a busca pelo significado na existência humana e as complexidades da identidade.
A escrita de Ítalo Calvino transcende fronteiras culturais, tornando-se acessível a leitores de todo o mundo, e admirada pelos maiores pensadores de sua época, como o escritor argentino Jorge Luís Borges. O comprometimento de Calvino com a experimentação e a inovação literária, e ao mesmo tempo com as raízes clássicas da história da literatura, inspirou gerações de escritores e leitores a explorar os limites da criatividade e da linguagem.
Calvino também desempenhou um papel fundamental na divulgação da literatura italiana no cenário internacional, traduzindo suas próprias obras e as de outros escritores italianos. Sua paixão pela literatura e seu desejo de compartilhar a riqueza da tradição literária italiana o tornaram um embaixador cultural em todo o mundo.
Naturalizado italiano, Ítalo Calvino nasceu em Cuba, durante uma viagem dos pais, nascidos em Sanremo e em Sassari, na Sardenha. A mãe lhe deu o nome Ítalo para que ele pudesse se lembrar de sua herança italiana. Assim como a herança italiana que sua mãe buscava guardar em seu nome, encontramos nesse autor também seu próprio legado à literatura mundial, além de toda a contribuição ao desenvolvimento do reconhecimento cultural e linguístico da Itália, que perdura através de suas obras imortais, lidas e estudadas em todo o mundo. Seu impacto na literatura e na cultura transcende o tempo e o espaço, e ele hoje é lembrado com gratidão como um dos grandes escritores do século XX.
E você, já teve a chance de ler alguma das obras desse gênio da literatura?
É claro que recomendamos muito!
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Acontece todo mês de maio na cidade de Cocullo, na região de Abruzzo: a imagem de um santo é coberta por cobras vivas e carregada pela cidade numa procissão de fiéis e curiosos. Essa é a Festa dei serpari, organizada para celebrar os milagres de um santo que ficou conhecido justamente por curar picadas de serpentes venenosas.
Tradição
Essa tradição é anual e causa arrepios a muitos turistas incrédulos, principalmente aqueles que sofrem de fobia a cobras (ofidiofobia). Na primeira quinta-feira de maio, alguns corajosos moradores e caçadores locais se colocam à disposição para iniciarem o evento: ficam com cobras nas mãos, diante da população na praça principal, à espera da chegada da figura do santo, que é trazida da igreja. Quando então chega a estátua de San Domenico (São Dominique), as cobras são colocadas ao seu redor. Para a segurança geral dos envolvidos, as serpentes usadas neste festival não são venenosas, pois são escolhidas por caçadores locais em regiões próximas. Esses caçadores são conhecidos como “serpari” e usam de suas habilidades de caça para garantir que nenhuma víbora peçonhenta seja selecionada por engano.
A tradição diz que se as cobras se enrolarem na cabeça do santo, esse é um bom presságio para o restante do ano; e que se caírem, pode-se esperar o pior para o ano. Conforme o cortejo passa, a multidão aguarda para tocar a imagem sagrada. E é mesmo uma multidão!
Simbolismo da Festa dei Serpari
De maneira semelhante ao que vimos no artigo sobre a evolução da Befana a partir do ritual pagão de uma deusa romana, estudiosos apontam que a festa de Cocullo também tem um passado longínquo de inspirações que nos levam, como de costume na Itália, aos primórdios do cristianismo – quando as tradições pagãs do Império Romano eram ainda realizadas sem muitas influências da simbologia cristã. Nesse período, o povo Marsi era conhecido pela habilidade de encantar serpentes. E na primavera era oferecido um tributo à antiga deusa pagã Angitia.
Com o advento do cristianismo, a tradição passou a ser ligada a San Domenico, um abade beneditino associado a milagres de cura após ataques de animais selvagens.
E aí, você teria coragem de participar desse festival? Ficaria próximo ao santo?
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No folclore italiano existem figuras bastante peculiares, únicas da cultura do Bel Paese. Vamos conhecer a Befana, uma personagem que poderia se encaixar muito bem nessas comemorações de Halloween ao redor do mundo. Acontece que, na Itália, a Befana aparece em outra data, bem longe de outubro. É em uma noite misteriosa de janeiro, no Dia de Reis, por razões que descobriremos hoje!
O que é Befana?
A Befana é uma bruxa, mas suas ações a aproximam mais do que esperaríamos de um Papa Noel. Essa mistura curiosa foi se espalhando a partir de Roma, para depois se estender como uma tradição italiana até o Ticino, chegando depois a outras regiões de fronteira, como na Suíça, em que o idioma italiano também é falado.
Nessa tradição, a Befana é uma mulher idosa que voa em uma vassoura, visitando as crianças na noite entre 5 e 6 de janeiro, que é justamente a data de comemoração da Epifania, o dia dos Reis Magos. Befana então adentra as casas para preencher as meias deixadas pelas crianças na lareira ou perto de janelas. Quer mais semelhanças com o Papai Noel? Existe ainda mais, pois é dito às crianças que há uma condição para que elas recebam doces, frutas secas ou brinquedos: se comportarem bem durante o ano. E aqui há uma grande diferença do personagem do velhinho, que combina bastante com o que uma bruxa brincalhona poderia fazer: aquelas crianças que se comportarem mal encontrarão suas meias cheias de carvão ou alho!
Celebração da Festa della Befana
Um detalhe divertido do folclore: a velhinha Befana ainda aproveitaria de sua vassoura para varrer o piso antes de sair de cada casa que visita. Que gentileza! Mas nada é de graça: a tradição recomenda que as crianças da casa deixem uma garrafinha de vinho e uma porção de um prato típico ou local para a Befana.
Cidades por toda a Itália (até no Vaticano!) celebram essa data com procissões e festividades nas praças, com decorações feitas pelas ruas e nas casas, com meias penduradas nas janelas, iluminação especial e bonecas da bruxa. Uma das festividades acontece em Florença, onde três homens a cavalo galopam pelas ruas da cidade, entregando oferendas como os Reis Magos fizeram ao menino Jesus.
Origem do nome e um episódio secreto
Acredita-se que o nome Befana se originou justamente como uma corruptela da palavra Epifania (que veio do grego epiphanei, que significa aparição). Essa relação com a palavra explica que a personagem pode ter duas inspirações: ela teria sido primeiro uma figura pagã, pertencente ao folclore romano, e depois reincorporada na cultura por meio dos símbolos cristãos, tomando forma numa versão mais religiosa, ligando a sua história à dos Três Reis Magos do Oriente.
Pesquisas sugerem que ela derivaria primeiro da deusa romana do Ano-Novo chamada Estrênua, ligada ao ritual de final de ano na Roma Antiga, em que o costume era marcar os bons presságios com o ato de se presentear o próximo. É possível encontrar pistas no livro “Vestiges of Ancient Manners and Customs, Discoverable in Modern Italy and Sicily“, em que o autor diz:
Befana parece ser herdeira de uma deusa pagã denominada Strenia, que patrocinava os presentes de ano novo, “Strenae” […] Os seus presentes eram do mesmo tipo dos da Befana – figos, tâmaras e mel. Além disso, as suas celebrações recebiam forte oposição dos primeiros cristãos, pelo seu caráter barulhento, agitado e licencioso.
— John J. Rom, “Vestiges of Ancient Manners and Customs, Discoverable in Modern Italy and Sicily”
A Befana é representada como uma velhinha de xaile negro e coberta sempre de fuligem porque, afinal de contas, assim como o Papai Noel, ela também entraria em algumas casas pela chaminé. (Está aí um detalhe que nunca pensamos sobre as roupas vermelhas limpinhas do velhinho… qual seria o truque para mantê-las sempre impecáveis?!) E no folclore as crianças enxergam a bruxa Befana como uma senhora cheia de alegria: ela está sempre sorridente.
Tradição popular
Na tradição popular, a história da Befana ganhou elementos narrativos bastante interessantes para serem contados às crianças em conjunto com a história cristã.
Na noite em que os três Reis Magos iam para Belém, levando presentes para o Menino Jesus, eles teriam ficado na dúvida quanto ao caminho correto que deveriam seguir, e teriam resolvido pedir informações à uma senhora que encontraram pelo caminho. Ela, porém, também não sabendo do caminho, teria convidado os três viajantes para passarem a noite em sua casa. Na manhã seguinte, em agradecimento, os três Reis Magos convidam a velhinha a segui-los para visitarem juntos o Menino que estava por nascer, mas ela negou, dizendo que estava muito atarefada. É dito que, pouco depois, ela teria se arrependido e seguido pelo mesmo caminho que os Magos pegaram, sem nunca mais conseguir reencontrá-los. O folclore conclui com uma nota bonita: desde então, a Befana pararia em todas as casas que encontra pelo caminho, dando presentes às crianças na esperança de que uma delas seja o Menino Jesus.
Nada mais contemporâneo à nossa geração digital do que acrescentar detalhes extras a uma narrativa já bem consolidada, e assim criar novas histórias. Assim também foi feito há séculos, sobre a noite do nascimento mais conhecido do ocidente. É um toque de spin-off (narrativa derivada), como diriam os apaixonados por séries, um “derivato” ou uma “derivazione”.
Existem também poemas sobre a Befana, que as crianças aprendem logo cedo, e que podem nos ajudar no aprendizado da língua. Alguns são conhecidos em versões que variam um pouco ao redor da Itália, dependendo da região. Um muito conhecido é:
a Befana vien di notte
Con le scarpe tutte rotte
Col vestito alla romana
Viva, Viva La Befana!
(A Befana vem de noite
Com os sapatos quebrados
Vestida à moda romana
Viva, viva, a Befana!)
Já na província de Trento, encontramos outros versos:
Viene, viene la Befana
Vien dai monti a notte fonda
neve e gelo la circondan..
neve e gelo e tramontana!
Viene, viene la Befana
(Vem, vem, a Befana
Vem dos montes na noite profunda
Neve e gelo a circundam
Neve e gelo e tramontana!
Vem, vem, a Befana)
Já conhecia essa tradição da Festa della Befana?
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É no dia 25 de outubro que se celebra a Giornata Mondiale della Pasta, o Dia Mundial do Macarrão. A data foi estabelecida tomando como referência a data de início do Congresso Mundial do Macarrão, realizado em 1995 – em Roma, na Itália. No Brasil, essa data começou a ser festejada em 1998. Mas, se pensarmos que o macarrão é uma das artes culinárias mais antigas da humanidade, é surpreendente que apenas recentemente essa data tenha sido criada. Confira o texto completo.
A origem do macarrão
Acredita-se que os primeiros indícios do consumo de massa na Itália datam do período etrusco, por volta do século IV a.C. O macarrão, em suas diversas formas, é um alimento que acompanha a humanidade desde os primórdios. Pratos à base de massas existiriam desde que a humanidade descobriu que podia moer cereais e misturá-los com água para criar uma pasta. Estudiosos apontam esse feito a uma antiguidade distante, com registros datando de 2.500 a.C., entre os povos assírios e babilônios.
Itália: a terra do macarrão
Hoje, a Itália é conhecida como a terra do macarrão, com uma rica tradição culinária que inclui uma diversidade incrível de formatos, molhos e técnicas de preparo. E o macarrão italiano é uma parte intrínseca da cultura alimentar da Itália, apreciado em todo o mundo por sua versatilidade e sabor excepcional.
Popularização da pasta
A primeira grande popularização do macarrão como o conhecemos hoje ocorreu durante a Idade Média. E foi fora da Itália que muitos fatores importantes determinaram como o macarrão iria se consolidar entre os italianos.
No século XIII, registros documentam a produção de macarrão em cidades italianas como Gênova e Nápoles. Naquela época, a massa era feita à mão e considerada um alimento de luxo. Foi somente durante o Renascimento que a produção de massa se tornou mais acessível e difundida, graças à inovação tecnológica, mas era ainda um alimento considerado nobre, um prato servido nas mesas de suntuosos banquetes. Já no século XIX, houve o surgimento das primeiras fábricas de massas, que contribuíram para uma maior popularização das receitas. Depois, após a Primeira Guerra Mundial, o macarrão conquistou o mundo, tornando um alimento amplamente apreciado e acessível em todas as partes do globo.
O explorador Marco Polo é frequentemente creditado, erroneamente, por ter introduzido o macarrão na Itália, ao retornar da China no século XIII. Evidências históricas sugerem que os italianos já estavam produzindo macarrão antes de sua viagem. E em 1279, já havia na Itália o registro da palavra “macaronis”, quando foi usada por um soldado genovês em seu inventário para descrever o alimento que deixava para sua família.
A verdadeira história
A invenção do macarrão é frequentemente atribuída aos árabes. Eles teriam introduzido a massa na Sicília durante o século IX, quando conquistaram a ilha durante a expansão árabe. A massa seca, de fácil conservação e transporte em longas viagens, rapidamente se difundiu por todo o Mediterrâneo. Por outro lado, a técnica de secagem da massa ao sol, que é uma característica da produção de macarrão italiano, é atribuída aos italianos. Efoi então na Itália que a receita recebeu o toque finalcom a adição de farinha de grano duro, permitindo o cozimento ideal da massa, al dente.
A essência das massas
O macarrão, em sua essência, consiste na combinação de farinha e ovos, assumindo uma ampla variedade de formatos distintos. Na antiguidade, sua origem remonta a cereais triturados que eram misturados com água, permitindo sua cocção ou assamento. Por isso, devido a um processo relativamente simples, é um alimento verdadeiramente democrático, presente em praticamente todas as mesas, sendo um dos produtos alimentícios mais amplamente consumidos globalmente.
Tipos de macarrão
Atualmente, contabilizam-se mais de 600 variedades distintas de macarrão, que podem ser categorizadas principalmente como massas longas, exemplificadas pelos “spaghetti” ou “le tagliatelle”, e massas curtas, como “le penne“. Além disso, há diferenciações entre massas secas e massas frescas, proporcionando uma gama diversificada de escolhas para os apreciadores da culinária.
Não é à toa que os diversos tipos de macarrão são um componente essencial de muitas culturas culinárias ao redor do mundo, e a reputação como uma fonte certeira de nutrientes não é infundada. Quando consumidos com moderação e como parte de uma dieta equilibrada, os macarrões se revelam uma excelente fonte de energia, devido ao seu alto teor de carboidratos complexos – principal combustível para o corpo, proporcionando a energia necessária para realizar atividades diárias e exercícios físicos. Além disso, se bem preparada, a massa do macarrão é uma boa fonte de proteína vegetal, tornando-os uma alternativa adequada para dietas vegetarianas e veganas.
Versatilidade
Outro aspecto importante é a versatilidade dos macarrões, que podem ser combinados com uma variedade de ingredientes saudáveis, como vegetais, legumes, proteínas magras e molhos a base de tomate ou ervas. Essa versatilidade permite que os macarrões façam parte de uma dieta rica em nutrientes, proporcionando vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais.
Em resumo, os macarrões podem ser uma adição nutritiva e deliciosa a uma dieta equilibrada, desde que sejam consumidos com moderação e em combinação com ingredientes saudáveis. Eles fornecem energia, fibras, proteínas e são uma tela em branco para criarmos pratos saudáveis e saborosos! Portanto, desfrutar de uma refeição de macarrão bem equilibrada pode ser uma escolha inteligente para promover a saúde e o bem-estar.
Aproveite para clicar aqui e assistir a uma live com a Profa. Dra. Paola Baccin, que explorou a fundo o tema e falou sobre a origem da palavra “maccheroni”. Foi uma live para abrir o apetite.