O italiano é uma das línguas mais faladas e apreciadas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 85 milhões de pessoas falem italiano, seja como língua nativa ou secundária. Além de ser o idioma oficial da Itália, é falado em países como Suíça, San Marino e Vaticano. A língua italiana também tem um impacto cultural significativo, especialmente em áreas como arte, música, culinária e moda.
Motivos para Fazer um Curso de Italiano
Se você está pensando em aprender uma nova língua, aqui estão os principais motivos para considerar o italiano:
1. Negócios e Oportunidades Profissionais
A Itália é uma das maiores economias da Europa, e muitas empresas italianas têm alcance global. Falar italiano pode abrir portas em setores como moda, design, automóveis e gastronomia. Se você está interessado em trabalhar com marcas como Ferrari, Gucci ou Fiat, dominar o italiano pode ser um diferencial competitivo.
2. Arte e Cultura
A Itália é o berço do Renascimento, e seu impacto na arte mundial é incomparável. Se você é um amante da arte, aprender italiano é essencial para entender melhor as obras de mestres como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Caravaggio. Além disso, muitas obras literárias importantes, como a Divina Comédia de Dante Alighieri, são escritas em italiano.
3. Gastronomia
A comida italiana é famosa em todo o mundo. Se você é apaixonado por culinária, aprender italiano pode enriquecer sua experiência gastronômica. Entender os termos culinários em seu idioma original e saber ler receitas autênticas fará toda a diferença na cozinha.
4. Música
A Itália tem uma rica tradição musical, especialmente na ópera. Compositores como Verdi e Puccini criaram algumas das mais famosas óperas do mundo. Se você é um entusiasta da música, aprender italiano permitirá que você aprecie essas obras em sua forma original e compreenda melhor as letras e libretos.
5. Viagens
Se você planeja visitar a Itália, saber o idioma local fará com que sua viagem seja muito mais gratificante. Além de facilitar a comunicação, você poderá mergulhar na cultura e interagir com os moradores de forma mais autêntica. Visitar cidades como Roma, Florença e Veneza se tornará uma experiência ainda mais rica.
Cidadania Italiana por Casamento
Outro motivo relevante para aprender italiano é a obtenção da cidadania italiana por casamento. Para aqueles que têm interesse em se tornar cidadãos italianos, especialmente através do casamento, é necessário comprovar proficiência na língua italiana, com nível B1 no Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (QECR). Saiba mais sobre o processo de cidadania italiana por casamento e a exigência de prova de proficiência.
Agora que você conhece os motivos para aprender italiano, é importante escolher a instituição certa para o seu curso. A ITALICA oferece cursos de italiano com uma abordagem diferenciada. Se você quer aprender italiano de forma eficiente e prática, não procure mais. Saiba mais sobre nossos cursos e comece sua jornada linguística hoje mesmo!
Conclusão
Aprender italiano é mais do que dominar uma nova língua; é se conectar com uma rica cultura que influencia o mundo em diversas áreas. Seja para negócios, arte, música, culinária ou até mesmo para obter a cidadania italiana, um curso de italiano pode abrir portas e enriquecer sua vida de inúmeras maneiras. Comece hoje e descubra tudo o que o idioma italiano tem a oferecer!
Uma das habilidades testadas no exame de proficiência B1 em italiano é a capacidade de redigir uma carta. Embora você já possa ter experiência em escrever cartas em português, as nuances do formato italiano podem trazer alguns desafios. Saber estruturar corretamente uma carta formal ou informal em italiano é essencial para garantir uma boa avaliação no exame. Neste artigo, vamos explorar como elaborar uma carta seguindo os padrões italianos, abordando cada parte com exemplos práticos.
A Estrutura da Carta em Italiano
Assim como em português, uma carta em italiano segue uma estrutura clara que ajuda a organizar as ideias e a transmitir o conteúdo de forma eficaz. Aqui estão os principais elementos:
1. Intestazione (Cabeçalho)
O cabeçalho de uma carta é onde se indica a cidade de onde a carta está sendo escrita, assim como a data. A estrutura é simples, mas é importante estar atento ao formato da data, que segue o padrão europeu, ou seja, dia/mês/ano.
Exemplo:
Roma, 01 ottobre 2024
(Roma, 01 de outubro de 2024)
Essa é uma parte que não varia muito entre uma carta formal e uma informal, sendo sempre utilizada da mesma forma.
2. Formula di saluto (Saudação)
A saudação inicial é onde você mostra o grau de formalidade da carta. Dependendo de quem será o destinatário, você escolherá uma fórmula formal ou informal.
As cartas formais são mais usadas em contextos profissionais ou oficiais, enquanto as informais são adequadas para amigos, familiares ou pessoas com quem se tem um relacionamento mais próximo.
Corpo della Lettera (Corpo da carta)
Essa é a parte principal da carta, onde o conteúdo de fato é desenvolvido. No exame de B1, é importante que você mostre clareza nas suas ideias e uma coesão entre os parágrafos, respeitando a separação temática. O corpo da carta pode variar em conteúdo, mas algumas dicas gerais para uma boa redação incluem:
Use frases curtas e objetivas: Isso facilita a compreensão do leitor e evita confusões.
Organize suas ideias em parágrafos: Cada parágrafo deve abordar um tema ou ponto específico, garantindo uma boa fluidez.
Adapte o tom: Em uma carta formal, mantenha o tom profissional e polido. É importante que se atente também aos pronomes e à pessoa verbal, pois podem alterar o registro da mensagem de formal para informal.
4. Formula di chiusura (Despedida)
A despedida, assim como a saudação, varia conforme o grau de formalidade. Esse é o momento de finalizar a carta com uma expressão de cortesia e, em seguida, assinar com o seu nome.
Formal:
Distinti saluti
(Atenciosamente)
Cordiali saluti
(Cordiais saudações)
Informal:
Un abbraccio
(Um abraço)
A presto
(Até logo)
Após a despedida, assine com seu nome e sobrenome.
Exemplo de Carta em Italiano
Para ilustrar a estrutura, aqui está um exemplo de carta formal:
Roma, 01 ottobre 2024
Gentile Signora Bianchi,
Le scrivo per informarLa riguardo al nostro prossimo incontro.
La riunione è programmata per il 5 ottobre, alle 10:00, presso il nostro ufficio.
Cordiali saluti,
Darius Emrani
Tradução: Roma, 01 de outubro de 2024
Prezada Senhora Bianchi,
Escrevo para informar a senhora sobre o nosso próximo encontro.
A reunião está agendada para o dia 05 de outubro, às 10h, no nosso escritório.
Cordiais saudações,
Darius Emrani
Conclusão
Saber como estruturar uma carta em italiano é uma habilidade essencial, especialmente para aqueles que estão se preparando para o exame B1. E se você deseja se aprofundar ainda mais em tudo o que envolve a prova de proficiência, acompanhe nosso curso preparatório gratuito no YouTube, onde trazemos informações relativas à inscrição, estruturação da prova, os critérios de avaliação, dicas de organização e gestão do tempo e até mesmo um simulado para realizarmos juntos. O link está aqui. In bocca al lupo!
É no dia 25 de outubro que se celebra a Giornata Mondiale della Pasta, o Dia Mundial do Macarrão. A data foi estabelecida tomando como referência a data de início do Congresso Mundial do Macarrão, realizado em 1995 – em Roma, na Itália. E começou a ser festejado no Brasil em 1998. Apesar de o macarrão ser uma das artes culinárias mais antigas da humanidade, essa data comemorativa é uma criação relativamente recente. Vamos explorar a fascinante trajetória do macarrão, desde suas origens antigas até se tornar um prato amado no mundo inteiro.
A origem do macarrão
Acredita-se que os primeiros indícios do consumo de massa na Itália datam do período etrusco, por volta do século IV a.C. O macarrão, em suas diversas formas, é um alimento que acompanha a humanidade desde os primórdios. Pratos à base de massas existiriam desde que a humanidade descobriu que podia moer cereais e misturá-los com água para criar uma pasta. Estudiosos apontam esse feito a uma antiguidade distante, com registros datando de 2.500 a.C., entre os povos assírios e babilônios.
Itália: a terra do macarrão
Embora o macarrão tenha origens antigas e diversas influências culturais, foi na Itália que ele realmente floresceu e se consolidou como parte essencial da culinária. Com uma rica diversidade de formatos e combinações, a pasta se tornou um ícone da gastronomia italiana, apreciada tanto localmente quanto em todo o mundo.
Durante a Idade Média, o macarrão começou a ser produzido em cidades italianas como Gênova e Nápoles, mas era considerado um alimento de luxo. Com o Renascimento e o desenvolvimento tecnológico, a produção de massa se tornou mais acessível. No século XIX, o surgimento das primeiras fábricas de macarrão permitiu uma popularização maior, tornando-o um alimento central na dieta dos italianos. Após a Primeira Guerra Mundial, o macarrão ultrapassou as fronteiras da Itália e conquistou o mundo.
Hoje, a Itália é conhecida como a terra do macarrão, com uma rica tradição culinária que inclui uma diversidade incrível de formatos, molhos e técnicas de preparo. E o macarrão italiano é uma parte intrínseca da cultura alimentar da Itália, apreciado em todo o mundo por sua versatilidade e sabor excepcional.
Popularização da pasta
A primeira grande popularização do macarrão como o conhecemos hoje ocorreu durante a Idade Média. E foi fora da Itália que muitos fatores importantes determinaram como o macarrão iria se consolidar entre os italianos.
No século XIII, registros documentam a produção de macarrão em cidades italianas como Gênova e Nápoles. Naquela época, a massa era feita à mão e considerada um alimento de luxo. Foi somente durante o Renascimento que a produção de massa se tornou mais acessível e difundida, graças à inovação tecnológica, mas era ainda um alimento considerado nobre, um prato servido nas mesas de suntuosos banquetes. Já no século XIX, houve o surgimento das primeiras fábricas de massas, que contribuíram para uma maior popularização das receitas. Depois, após a Primeira Guerra Mundial, o macarrão conquistou o mundo, tornando um alimento amplamente apreciado e acessível em todas as partes do globo.
O explorador Marco Polo é frequentemente creditado, erroneamente, por ter introduzido o macarrão na Itália, ao retornar da China no século XIII. Evidências históricas sugerem que os italianos já estavam produzindo macarrão antes de sua viagem. E em 1279, já havia na Itália o registro da palavra “macaronis”, quando foi usada por um soldado genovês em seu inventário para descrever o alimento que deixava para sua família.
A verdadeira história
A invenção do macarrão é frequentemente atribuída aos árabes. Eles teriam introduzido a massa na Sicília durante o século IX, quando conquistaram a ilha durante a expansão árabe. A massa seca, de fácil conservação e transporte em longas viagens, rapidamente se difundiu por todo o Mediterrâneo. Por outro lado, a técnica de secagem da massa ao sol, que é uma característica da produção de macarrão italiano, é atribuída aos italianos. Efoi então na Itália que a receita recebeu o toque finalcom a adição de farinha de grano duro, permitindo o cozimento ideal da massa, al dente.
A essência das massas
O macarrão, em sua essência, consiste na combinação de farinha e ovos, assumindo uma ampla variedade de formatos distintos. Na antiguidade, sua origem remonta a cereais triturados que eram misturados com água, permitindo sua cocção ou assamento. Por isso, devido a um processo relativamente simples, é um alimento verdadeiramente democrático, presente em praticamente todas as mesas, sendo um dos produtos alimentícios mais amplamente consumidos globalmente.
Tipos de macarrão
O macarrão é, em essência, uma combinação simples de farinha e água (e às vezes ovos), que pode ser moldada em centenas de formatos diferentes. O processo de fabricação é democrático, permitindo que esse alimento seja consumido em praticamente todas as culturas ao redor do mundo. Existem mais de 600 variedades de macarrão, sendo algumas das mais populares:
Massas longas, como o spaghetti e o tagliatelle.
Massas curtas, como o penne e o fusilli.
Massas frescas e massas secas, cada uma com suas características únicas e diferentes modos de preparo, proporcionando uma gama diversificada de escolhas para os apreciadores da culinária.
Não é à toa que os diversos tipos de macarrão são um componente essencial de muitas culturas culinárias ao redor do mundo, e a reputação como uma fonte certeira de nutrientes não é infundada. Quando consumidos com moderação e como parte de uma dieta equilibrada, os macarrões se revelam uma excelente fonte de energia, devido ao seu alto teor de carboidratos complexos – principal combustível para o corpo, proporcionando a energia necessária para realizar atividades diárias e exercícios físicos. Além disso, se bem preparada, a massa do macarrão é uma boa fonte de proteína vegetal, tornando-os uma alternativa adequada para dietas vegetarianas e veganas.
Versatilidade
Outro aspecto importante é a versatilidade dos macarrões, que podem ser combinados com uma variedade de ingredientes saudáveis, como vegetais, legumes, proteínas magras e molhos a base de tomate ou ervas. Essa versatilidade permite que os macarrões façam parte de uma dieta rica em nutrientes, proporcionando vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais.
Além disso, o macarrão pode ser uma excelente fonte de proteínas vegetais, especialmente em dietas vegetarianas e veganas. Eles fornecem energia, fibras, proteínas e são uma tela em branco para criarmos pratos saudáveis e saborosos! Portanto, desfrutar de uma refeição de macarrão bem equilibrada pode ser uma escolha inteligente para promover a saúde e o bem-estar.
Pasta Fresca ou Seca?
Tanto a pasta fresca quanto a pasta seca têm seus méritos e podem ser utilizadas em uma ampla variedade de pratos. A pasta fresca, muitas vezes feita com ovos, tem uma textura mais macia e delicada, ideal para pratos como lasanha e ravioli. Já a pasta seca, feita de semolina de trigo duro, é mais resistente e perfeita para pratos de cozimento prolongado, como o spaghetti alla carbonara ou o penne all’arrabbiata.
Celebre o Dia Mundial do Macarrão
No Dia Mundial do Macarrão, nada melhor do que celebrar esse alimento amado em uma refeição à mesa. Aproveite a versatilidade e os benefícios nutricionais do macarrão, seja em uma receita tradicional italiana ou com uma abordagem criativa. Como uma tela em branco, o macarrão permite que você crie pratos saudáveis, saborosos e satisfatórios.
Aproveite para clicar aqui e assistir a uma live com a Profa. Dra. Paola Baccin, que explorou a fundo o tema e falou sobre a origem da palavra “maccheroni”. Foi uma live para abrir o apetite.
A Itália, famosa por sua culinária incrivelmente diversificada e deliciosa, não é apenas o lar de massas e pizzas incríveis, mas também é um país onde a arte da fabricação de pães é elevada a um nível de maestria. A tradição de fazer pães na Itália remonta a séculos e continua a ser uma parte fundamental da cultura gastronômica italiana. Hoje vamos explorar um pouco da rica história, dos métodos tradicionais e veremos os tipos de pães que fazem da Itália um verdadeiro paraíso para os amantes de um bom pão.
História da Panificação na Itália
Como a maioria das características culturais italianas, a história da fabricação de pães na Itália remonta ao Império Romano, quando o pão era um alimento básico e fundamental na dieta diária. Naquela época, os padeiros já dominavam a arte de fazer pães de diferentes variedades e texturas. Com a queda do Império Romano e o surgimento do feudalismo na Idade Média, a arte da panificação continuou a se expandir territorialmente, tornando-se cada vez mais presente e importante para a variedade de culturas que cada regionalismo propiciou. Com o passar dos anos, naturalmente, as técnicas foram refinadas.
Durante o Renascimento, o território que um dia viria a ser a Itália unificada começou a ver uma explosão na criatividade culinária, e isso incluiu a panificação. Padeiros italianos experimentavam suas ideias com ingredientes locais, como azeite de oliva, ervas, queijos e azeitonas, para criar pães únicos que pudessem refletir suas regiões de origem. Essa tradição, inclusive, de explorar e respeitar ingredientes locais, ainda hoje está muito viva na fabricação de pães italianos. E é o que permite que turistas descubram sabores de receitas que foram criadas há séculos.
A Diversidade dos Pães na Itália
Como a Itália é um país de diversas regiões bastante conscientes e protetoras de suas identidades, cada uma delas conta com suas próprias tradições culinárias. Isso se reflete na grande variedade de pães italianos disponíveis. Cada região tem suas especialidades, e muitas receitas de pão têm séculos de história. Vejamos alguns dos pães mais famosos da Itália:
Ciabatta
Originária da Toscana, a ciabatta é um dos pães mais conhecidos da Itália. Com uma crosta crocante e um interior macio e cheio de alvéolos, este pão é frequentemente usado para fazer sanduíches. Existe também a ciabattina, uma versão menor, perfeita para lanches individuais.
Focaccia
A focaccia é um pão plano, temperado com azeite de oliva, sal e, muitas vezes, ervas frescas. Popular como aperitivo, é uma especialidade da Ligúria, embora existam variações regionais em todo o país.
Pane Pugliese
O pane pugliese é um pão rústico originário do sul da Itália. Conhecido por sua casca grossa e crocante e interior macio, ele é feito com fermentação natural, o que confere sabor e textura únicos.
Grissini
Os grissini, conhecidos como palitos de pão, são crocantes e finos, servidos frequentemente como entrada. Eles têm origem em Turim, no Piemonte, e são apreciados em todo o país.
Pane di Altamura
Proveniente da cidade de Altamura, na Puglia, o pane di Altamura é famoso por sua casca grossa e sua longa fermentação natural. Feito com farinha de semolina, é considerado um dos pães mais saborosos da Itália.
Pão Siciliano
Originário da Sicília, este pão é geralmente feito com semolina e é denso e saboroso.
Métodos tradicionais de panificação
A fabricação de pães na Itália envolve tanto técnicas tradicionais quanto inovações modernas. Um dos aspectos mais notáveis da panificação italiana é o uso da massa madre (ou fermento natural), que não requer fermento comercial. Esse método de fermentação, utilizado há séculos, confere ao pão um sabor mais profundo e uma textura única, além de ser mais fácil de digerir.
Outro ponto importante é a qualidade dos ingredientes. As padarias italianas valorizam o uso de farinhas de alta qualidade, muitas vezes moídas localmente. O azeite de oliva extra virgem é outro ingrediente essencial em muitas receitas, contribuindo para o sabor característico de muitos pães.
O papel cultural do pão na Itália
O pão tem um papel cultural significativo na Itália, além de ser um alimento básico na mesa. Em muitas partes do país, o ato de compartilhar pão é um símbolo de hospitalidade e amizade. O pão também desempenha um papel importante em celebrações religiosas, como a Páscoa, quando o pão é abençoado e compartilhado entre os fiéis.
Além disso, muitos festivais e eventos regionais na Itália (como aqueles conhecidos como sagras, festas religiosas) estão relacionados à produção e ao consumo de pães locais. Os festivais de pães oferecem uma oportunidade para as comunidades locais celebrarem suas tradições e compartilharem suas especialidades culinárias.
Um bom exemplo de uma sagra que festeja justamente um pão é a Festa Te la Uliata, que acontece perto de Lecce, na Puglia. “Uliata” é uma “puccia” (nome dado aos lanches característicos da região da Puglia). No caso da “uliata”, é um tipo de pão feito com azeitonas pretas de Salento!
Pães na Itália: essência familiar
Logo que chegamos na Itália, é fácil notar como os pães italianos variam amplamente em forma, sabor e textura, refletindo a diversidade das regiões italianas. E mais do que apenas alimento, o pão desempenha um papel cultural importante na Itália, conectando pessoas através de gerações e celebrando a riqueza da culinária italiana. Afinal, a fabricação de pães na Itália é uma arte que combina tradições antigas, ingredientes de alta qualidade e uma paixão pelo sabor e pela textura. Por isso, quando se trata de pães italianos, podemos entender que eles são mais do que apenas uma parte da refeição – são uma das essências mais antigas da vida italiana e da partilha em família.
Te convidamos agora para assistir a um vídeo especial que o Prof. Darius fez caminhando pelo bairro do Bixiga, em São Paulo, quando ele visitou uma panificadora para te apresentar um pouco mais sobre os tipos de pão que existem na Itália e, portanto, sobre a razão de não existir algo como “pão italiano”, que vemos tanto à venda aqui no Brasil.
A arte da fabricação de pães na Itália é um dos maiores tesouros da culinária do país. Com uma história que remonta aos tempos antigos, métodos tradicionais de panificação e uma diversidade incrível de pães regionais, o pão italiano é muito mais do que um simples alimento. Ele é parte integrante da cultura, da história e da vida diária dos italianos, conectando o passado com o presente em cada pedaço.
Agora que exploramos essa rica tradição, te convidamos a assistir a um vídeo especial sobre os diferentes tipos de pães na Itália, onde você poderá aprender mais sobre essa deliciosa parte da cultura italiana. Buona visione!
Hoje falaremos de Franco Basaglia, psiquiatra italiano, tornou-se uma figura central na transformação do cenário da saúde mental com sua visão revolucionária na década de 1960. Esta é da série de artigos em que apreciamos e destacamos italianos e italianas de grande impacto mundial. São pessoas cujo trabalho de vida garantiu que a Itália, e até mesmo o mundo inteiro, desse passos importantes na direção da construção de uma civilização mais consciente, humana e funcional.
E estamos nos aproximando do centenário de nascimento de Franco Basaglia (1924~1980), que nasceu em San Polo, Veneza. Ele foi psiquiatra e médico neurologista, e sua abordagem inovadora entrou para a história por questionar a eficácia e a humanidade dos manicômios tradicionais. O resultado de sua luta levou à chamada “Reforma Psiquiátrica Italiana”. Hoje vamos falar um pouco desse legado importante e duradouro, sobre seus princípios fundamentais e sobre a influência significativa que sua abordagem teve no Brasil e além.
Uma frase muito usada por Basaglia era “Visto da vicino nessuno è normale”, ou seja, “visto de perto, ninguém é normal”, que se tornou praticamente um ditado, e é uma ótima maneira de introduzirmos o significado da revolução de Basaglia.
A década de 1960 viu uma mudança radical no pensamento de Basaglia em relação ao tratamento de pacientes psiquiátricos na Itália. Sua crítica aos manicômios, instituições opressivas e desumanas, inspirou a busca por alternativas mais humanas. A Reforma Psiquiátrica Italiana, liderada por ele, procurou substituir a internação em massa por serviços de saúde mental comunitários, incentivando a inclusão social e o tratamento baseado na dignidade humana.
A abordagem revolucionária
Os princípios fundamentais de Basaglia eram centrados na desinstitucionalização e na necessidade de compreender o contexto social dos transtornos mentais. Ele argumentava que a segregação aumentava o sofrimento psicológico dos pacientes e, portanto, passou a defender uma abordagem mais integrada, considerando não apenas o indivíduo, mas também sua interação com a sociedade.
E o legado de Basaglia transcendeu as fronteiras italianas, impactando a abordagem global à saúde mental. Sua visão influenciou movimentos similares em diferentes partes do mundo, inspirando esforços para a desinstitucionalização e a criação de serviços comunitários mais eficazes e centrados na pessoa.
A influência de Basaglia no Brasil
Hoje Basaglia é conhecido como “o homem que fechou os asilos”, porque ele foi pai da lei 180 (Lei Basaglia), que fechou manicômios na Itália e deu fim a uma longa história de torturas e marginalizações de pessoas estigmatizadas. O impacto do seu pensamento influenciou a maneira como os tratamentos poderiam ser pensados: em 1971, ele tornou-se diretor do hospital psiquiátrico de Trieste. Foi quando implementou a ideia de oficinas de pintura artística e teatro, para que os pacientes, através da criatividade, pudessem representar a si mesmos e assim expressar suas angústias e inseguranças.
Não apenas a Itália é mais civilizada devido ao pensamento deste grande médico. Suas ações tiveram grande impacto também no Brasil, que ele visitou em 1979, ajudando a estabelecer o caminho para a Reforma Psiquiátrica brasileira.
A emergência do movimento antimanicomial foi assim em grande parte inspirado nas ideias de Basaglia. O fechamento progressivo dos manicômios também aqui no Brasil, a criação de serviços de saúde mental comunitários e a ênfase na inclusão social foram características marcantes desse movimento no Brasil.
Desafios atuais
Apesar dos avanços, a implementação completa das ideias de Basaglia enfrenta desafios. A falta de recursos, estigma persistente em relação a transtornos mentais e resistência às mudanças são obstáculos a serem superados. No entanto, o espírito da Reforma Psiquiátrica Italiana permanece relevante, instigando a busca por soluções inovadoras e humanizadas na saúde mental contemporânea.
Franco Basaglia entra então para a nossa lista de italianos ilustres, responsável por deixar um legado transformador na maneira como a sociedade pensa o lugar das dores, das queixas e das possíveis curas referentes à saúde mental. A visão corajosa de Basaglia desafiou paradigmas estabelecidos, abrindo caminho para uma compreensão mais holística e compassiva dos transtornos mentais. Seu impacto no Brasil e em todo o mundo destaca a importância de continuarmos a revolução na saúde mental, mantendo a busca por tratamentos que respeitem a dignidade e a singularidade de cada indivíduo. Basaglia nos lembra que a mudança é possível, e a jornada para uma saúde mental mais inclusiva e justa continua.
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