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Conosci te stesso: Como se apresentar em italiano

Conosci te stesso: Como se apresentar em italiano

Comunicar significa saber fazer perguntas e compreender as respostas. Significa, também, falar sobre um assunto, ouvir as considerações do nosso interlocutor, compreendê-las e interagir. A ITALICA disponibiliza o livro “Frases Úteis do dia a dia em italiano” para comunicar com os italianos em situações quotidianas, durante uma viagem.

Nesse artigo vamos aprofundar um pouco esse assunto e aprender como apresentar-se. Veremos quatro exemplos de perguntas e respostas e deixaremos a conjugação completa de quatro verbos frequentes usados nesses contextos.

Em italiano, precisamos escolher entre o tratamento formal e o tratamento informal. O primeiro pede o pronome tu e os verbos ficam na segunda pessoa do singular. O tratamento formal pede o pronome Lei (tanto para o masculino quanto para o feminino) e os verbos ficam na terceira pessoa do singular. No plural usamos voi em ambos os casos e os verbos ficam na segunda pessoa do plural.

No caso de perguntas diretas como come ti chiami? Dove abiti? Di dove sei? Come stai? etc. Se quisermos manter o diálogo, depois da resposta, devolvemos a pergunta ao nosso interlocutor

E TU? E LEI? E VOI?
[E você? E o(a) senhor(a)? E vocês?]

1. COME TI CHIAMI? COME SI CHIAMA? COME VI CHIAMATE?

MI CHIAMO DANIELA MARIA CARDOSO DE OLIVEIRA.
MI CHIAMO DANIELA, MA TUTTI MI CHIAMANO DANI.

Nome: Daniela Maria
Cognome: Cardoso de Oliveira.
Sopranome: Dani

A primeira pergunta geralmente refere-se ao nome. Em uma situação formal dizemos o nome (nome) e o sobrenome (cognome). Os italianos, geralmente, têm nomes mais curtos do que os brasileiros: nome e cognome (Daniela Rossi). Alguns nomes compostos são grafados em uma única palavra: Annamaria, Gianmarco. Portanto, sobretudo em situações oficiais (polícia de fronteira, hotel, inscrição em cursos, aluguel de casa, solicitação de documentos, requerimentos) lembre-se de usar o nome completo, como está no passaporte, não exclua

nomes ou sobrenomes intermediários. Em situações informais pode usar apenas o primeiro e o último nome.

O verbo chiamarsi é um verbo reflexivo, ou seja, é conjugado com os pronomes mi, ti, si, ci, vi.

Verbo chiamarsi em italiano - Conjugação - ITALICA

2. DI DOVE SEI? DI DOVE È? DI DOVE SIETE?

SONO BRASILIANA(O) DI CURITIBA, MA VIVO (ABITO) A SALVADOR DA DUE ANNI.

A segunda pergunta geralmente refere-se à origem. Atenção para a resposta à pergunta di dove sei? Apesar da preposição DI, presente na pergunta, quando dizemos o país de onde viemos, usamos a nacionalidade: sono brasiliano(a), tedesco(a) [alemão], spagnolo(a) [espanhol], portoghese [português] e, depois, complementamos a informação com a cidade: di

São Paulo, di Monaco, di Madrid. Se a cidade onde moramos não é conhecida complementamos dizendo o estado de origem (sono brasiliano, di Santa Rita do Passa Quatro, un comune nello Stato di San Paolo). Em outro artigo, explicamos em detalhes como falar sobre a tipologia das cidades brasileiras: cidade, interior, cidadezinha do interior etc.

Algumas vezes não moramos mais na cidade onde nascemos, desse modo podemos completar a informação usando os verbo vivere [viver] ou abitare [morar]. Para indicar o período de tempo usamos a preposição DA e não PER: abito a São Paulo da due anni.

Vejamos a conjugação do verbo abitare:

Verbo abitare em italiano - Conjugação - ITALICA

3. CHE LAVORO FAI? CHE LAVORO FA? CHE LAVORO FATE?

FACCIO L’ IMPIEGATO IN UNA DITTA BRASILIANA DA DIECI ANNI.
SONO (UN) IMPIEGATO STATALE.
FACCIO L’OPERAIO.
SONO (UN) OPERAIO.

Provavelmente depois se falará sobre a profissão. Há duas possibilidades de respostas nesse caso. Pode-se usar o verbo fare + o artigo definido (faccio l’avvocato) ou o verbo essere + o artigo indefinido (sono un avvocato) ou também sem artigo: sono avvocato. Para indicar o período de tempo, lembre-se sempre de usar a preposição DA.

O verbo fare é um verbo irregular. Vejamos a sua conjugação:

Verbo fare em italiano - Conjugação - ITALICA

 

4. CHE FAI NEL TEMPO LIBERO? CHE FA NEL TEMPO LIBERO? CHE FATE NEL TEMPO LIBERO?

MI PIACE GIOCARE A CALCIO.
MI PIACE CUCINARE.
MI PIACE ANDARE AL CINEMA.
MI PIACCIONO I FILM ITALIANI.
MI PIACCIONO GLI SPAGHETTI.

Geralmente a conversação evolui e passamos a falar das coisas que gostamos de fazer, dos nossos interesses e hobbies. Um verbo muito frequente nesse contexto é o verbo piacere. Esse é

um verbo especial que é conjugado apenas na terceira pessoa. Veja a diferença entre o português e o italiano:

Eu gosto de jogar futebol.                                             Mi piace giocare a calcio.

Você gosta da comida italiana?                                    Ti piace la cucina italiana?

Ele gosta de vinho.                                                       Gli piace il vino.

Ela gosta de cerveja.                                                     Le piace la birra.

Nós gostamos da música brasileira.                            Ci piace la musica brasiliana.

Vocês gostam do carnaval?                                         Vi piace il carnevale?

Eles gostam da primavera.                                          Gli piace la primavera.

Elas gostam do verão.                                                 Gli piace l’estate.

Todas essas palavras estão no singular (guardare, cucina, vino, birra, musica, carnevale, primavera, estate), o verbo portanto fica também no singular: mi piace, ti piace, gli piace, le piace, ci piace, vi piace, gli piace.

 

Com palavras no plural, o verbo também ficará no plural:

Ele gosta de filmes policiais.                                      Gli piacciono i film gialli.

Eu gosto de pessoas gentis.                                      Mi piacciono le persone cortesi.

Ela não gosta de pessoas grossas.                          Non le piacciono le persone scortesi.

O verbo piacere é conjugado em todos os tempos verbais:

Verbo piachere em italiano - Conjugação ITALICA

 

Gostou deste conteúdo? Então siga acompanhando nosso blog para mais dicas de língua e cultura italianas.

Sobre a autora: Paola Baccin é docente nos cursos de graduação e pós-graduação em língua e literatura italiana da Universidade de São Paulo.

Como dominar expressões de probabilidade e de incerteza no italiano?

Como dominar expressões de probabilidade e de incerteza no italiano?

Ao aprender uma nova língua, existe uma capacidade em especial que nos permite adquirir confiança na hora de organizar as ideias e transformá-las em fala ou em escrita. É a capacidade de criar frases com ponderações, que expressem como está estruturado o nosso pensamento sobre determinado assunto. Ou seja, frases que não são apenas afirmações ou perguntas.
Quando conseguimos comunicar incertezas, nosso raciocínio se torna mais compreensível tanto para nós quanto para as pessoas que nos escutam. Se alguém nos faz uma pergunta simples – por exemplo: Cosa farai il prossimo fine settimana? (O que você fará no próximo fim de semana?) – , nem sempre teremos uma resposta simples e certeira para dar. Pode ser que a nossa resposta dependa de alguns outros fatores que não foram mencionados pela pessoa que nos dirigiu a pergunta, ou então nem temos certeza ainda da resposta que queremos dar.
Por essas razões, é fácil percebermos que a fluidez do nosso pensamento depende exatamente da nossa capacidade de calcular os elementos que determinam as diversas possibilidades das nossas ações e da nossa fala. Naturalmente, conhecer as palavras que representam certas “curvas” em nossas ideias é o que pode destravar a nossa própria compreensão do que estamos querendo dizer. É assim que funciona em nossa alfabetização na língua materna, também assim funciona ao aprendermos um novo idioma.
Para avançarmos melhor nos caminhos que o pensamento precisa percorrer ao se habituar ao italiano, ou a qualquer outro idioma, é importantíssimo não decorarmos perguntas e respostas prontas. Frases de uso repetido podem ser muito úteis, claro, são de rápida solução para diversas situações, mas se acrescentarmos algumas palavras extras em nosso vocabulário, podemos notar uma grande expansão na comunicação.
Em outras palavras, o conforto de se expressar em italiano também pode ser medido pela capacidade de criarmos frases que contenham hipóteses e probabilidades. É o que chamamos de discurso de reflexão ou discurso argumentativo.
No italiano existem muitas palavras que servem especialmente a este propósito. Aqui veremos de perto algumas dessas palavras, são elas: può darsi, forse, magari, è capace, può essere, probabilmente e chissà.
Após esta breve leitura, você compreenderá como é a variação do uso de cada uma dessas palavras em frases do cotidiano.

1) Può darsi e può essere (pode ser)

“Può darsi”, diferentemente de algumas palavras que veremos neste artigo, necessita geralmente do acompanhamento do conectivo “che” – da mesma maneira que fazemos com “pode ser que”.
Può darsi che tu abbia ragione, ma vorrei approfondire ulteriormente l’argomento.
Pode ser que você esteja certo, mas gostaria de aprofundar mais o assunto.
Agora observe a diferença de uma frase que não contasse com essa expressão. Se, na falta de domínio deste uso, algum estudante de italiano optasse por falar algo mais direto, poderia acabar parecendo menos cordial. Imagine a seguinte fala:
Non so se hai ragione. Mi piacerebbe approfondire ulteriormente l’argomento.
Não sei se você está certo. Eu gostaria de aprofundar mais o assunto.
Percebe a diferença no efeito de sentido? A utilização de um advérbio como “può darsi” dá à comunicação dessa frase em especial uma qualidade que é a da ponderação. Para o ouvinte fica claro que existe a possibilidade de ele(a) estar certo(a) e que, portanto, não está sendo feito um juízo de valor.
Vejamos outro caso, agora com “può essere”:
Sto leggendo molti libri di fantascienza, può essere che tu ti interessi a questo genere.
Estou lendo muitos livros de ficção científica, pode ser que você se interesse por esse gênero.
Aqui, a falta de domínio do advérbio não necessariamente comprometeria o falante a ponto de alterar o efeito do que está sendo comunicado. É possível criar o mesmo efeito de sentido com uma estrutura semelhante, que utiliza do mesmo raciocínio que já aprendemos:
Sto leggendo molti libri di fantascienza, penso che potresti essere interessato a questo genere.
Estou lendo muitos livros de ficção científica, acho que você pode se interessar por esse gênero.
Em outras situações, podemos utilizar “può essere” para concluir uma ideia, apresentando apenas um complemento para a frase, sem precisarmos utilizar o “che”, algo que não podemos fazer com “può darsi”. Veja:
Penso che il tuo piano sia fattibile, può essere una buona idea.
Acho que o seu plano é viável, pode ser uma boa ideia.

2) Forse (talvez)

Aqui não há mistério: o uso de “forse” se aproxima muito do que fazemos com “talvez”. Casos simples são comuns no dia a dia e, por isso, facilmente podemos incorporar “forse” em nossa fala:
Hai studiato abbastanza, forse supererai l’esame.
Você estudou o suficiente, talvez passe no exame.
Ho preso l’ombrello, forse più tardi pioverà
Eu peguei meu guarda-chuva, talvez chova mais tarde.
É também muito comum utilizarmos no italiano o “forse” como uma maneira respeitosa de iniciar uma ponderação e, assim, apresentar condições de realização de determinado cenário. Como resultado, temos uma fala que pode demonstrar consideração pela pessoa com quem estamos falando. Um bom exemplo seria o seguinte:
Forse, se ti sforzi di più, otterrai risultati migliori negli studi.
Talvez, se você se esforçar mais, obterá melhores resultados nos estudos.

3) Magari (talvez, quem sabe, quem dera, eventualmente)

Esta é uma daquelas palavras mágicas que, dependendo da nossa entonação e do contexto, pode carregar ironia e o sentido de uma frase inteira! É possível utilizá-la, sozinha, para responder a uma pergunta, ou também para apresentar a possibilidade dentro de frases mais longas.
Por essa razão, por ter mais possibilidades de significação, magari acaba sendo menos utilizada no sentido de “talvez”, e é mais comum vermos o uso de “forse” nesse sentido.
Mesmo assim, é possível criar frases do tipo:
Vorrei migliorare il mio italiano, magari potrei iscrivermi a un corso.
Eu gostaria de melhorar meu italiano, talvez eu possa me inscrever em um curso.
E podemos expressar uma ideia de impossibilidade e um certo desejo de que determinada coisa fosse possível. Parece complicado? Na verdade, é simplesmente o que já fazemos com “quem dera!”. Veja o seguinte diálogo:
Andrai in Italia, durante le vacanze di quest’anno?
Você viajará para a Itália nas férias deste ano?
Magari!
Quem dera!
Outra situação bastante interessante é quando utilizamos “magari” para expressar uma possibilidade eventual de que algo se realize. Observe:
Magari riuscirò a visitare tutti i musei di questa città.
Eventualmente, conseguirei visitar todos os museus desta cidade.

4) È capace (é capaz/é possível)

Agora chegamos numa palavra que, por ser muito parecida com a expressão que temos em português, poderia dar a impressão de que não há como errar. Mas vale a pena irmos mais a fundo, até a origem da palavra que herdamos do latim.
O adjetivo “capace” vem do latim “capax”, que deriva do verbo “càpere”, que significa “conter”. Portanto, significava, antes de tudo, algo como “ser capaz de conter”. Ao longo da história, esse verbo se desenvolveu e, a partir do clássico “càpere”, surgiu o latim tardio “capìre”, que entrou no italiano com o mesmo significado (raro) de “conter”, de onde vem, por exemplo, “capiente”; e, principalmente, com o sentido figurado de “conter na mente”, “compreender”, ou seja, “capire”.
Quanto a “capace” e seu derivado “capacità”, temos o significado sobre as capacidades de uma pessoa, aquilo que é sua “habilidade” (abilità). Por isso, preste atenção: neste caso, o uso requer o “di”: a pessoa é “capace di” tocar violino (capace di suonare il violino).
E, finalmente, existe a forma que aqui estamos buscando compreender: “capace” com significado de “possível” (possibile). Neste caso, o uso deve ser seguido pela conjunção “che”.
Exemplos:
Ho ricevuto una buona offerta di lavoro, è capace che accetti.
Recebi uma boa oferta de trabalho, é possível que eu aceite.
Se studi abbastanza, è capace che superi l’esame senza problemi.
Se você estudar bem, é possível que passe no exame sem problemas.

5) Chissà e probabilmente (quiçá e provavelmente)

O uso dessas duas é muito semelhante ao que já temos no português. Ambas as palavras são usadas para expressar diferentes graus de possibilidade. Enquanto “chissà” pode expressar incerteza e a falta de conhecimento sobre algo, “probabilmente” indica uma maior probabilidade ou chance de algo acontecer.
Questo libro è molto interessante, ma chissà se avrò il tempo di leggerlo tutto.
Este livro é muito interessante, mas quem sabe se terei tempo de lê-lo inteiro.
Probabilmente mi fermerò a cena fuori dopo il lavoro.
Provavelmente vou jantar fora depois do trabalho.
A ampliação de vocabulário é um exercício que só se realiza por completo quando fazemos associações pessoais com temas que sejam do nosso interesse. E, é claro, isso sempre varia de pessoa para pessoa. Por isso, o estudo deve ser sempre uma ação consciente, em que os estudantes buscam ampliar seus interesses e, assim, descobrir o que mais, além das palavras, pode ser de grande interesse no aprendizado de determinado idioma.
Aqui na ITALICA entendemos que a cultura cumpre esse importante papel de expansão da mente e dos interesses, pois na bagagem cultural estão todas as manifestações criativas de um povo – como é o caso da música e dos costumes regionais.
Para saber mais sobre a Itália, continue sempre de olho em nossos conteúdos e, aproveitando que está aqui no blog, continue sua leitura de outros artigos, como o Terra fértil e poesia no Vesúvio, em que exploramos um pouco das práticas de cultivo agrícola em solo vulcânico e acabamos descobrindo sobre a imensidão poética de Giacomo Leopardi.
Descubra quais os 10 principais pontos turísticos da Itália

Descubra quais os 10 principais pontos turísticos da Itália

A Itália é um destino turístico repleto de história, arte e cultura, além de belas paisagens. É um dos países mais visitados do mundo, atraindo milhões de turistas a cada ano. Se você está planejando uma viagem à Europa, a Itália definitivamente não pode ficar fora do seu roteiro. Neste post, apresentaremos os 10 principais pontos turísticos que você deve conhecer.

1. Coliseu – Roma

O Coliseu é o símbolo de Roma e talvez o ponto turístico mais famoso da Itália. Este anfiteatro, construído no século I d.C., já foi palco de combates de gladiadores e espetáculos públicos. A melhor época para visitá-lo é no início da manhã ou no final da tarde, para evitar as multidões. Além disso, a visita guiada pode enriquecer sua experiência.

2. Torre de Pisa – Pisa

A Torre de Pisa é outro ícone italiano. Conhecida por sua inclinação característica, a torre atrai turistas do mundo todo que posam para fotos criativas. A melhor época para visitá-la é na primavera, quando o clima é mais ameno e há menos turistas. Além de subir na torre, explore os arredores, como a Catedral e o Batistério.

3. Basílica de São Pedro – Vaticano

Localizada no coração do Vaticano, a Basílica de São Pedro é a maior igreja cristã do mundo. É famosa por sua arquitetura deslumbrante e por abrigar obras de arte, como a Pietà de Michelangelo. Chegue cedo para evitar longas filas e não deixe de subir até a cúpula para ter uma vista panorâmica de Roma.

4. Canal Grande – Veneza

Veneza - Itália

Veneza é uma cidade única, e o Canal Grande é sua principal via aquática. Um passeio de gôndola ou vaporetto pelo canal é essencial para apreciar a arquitetura dos palácios e igrejas que o cercam. Visite Veneza na primavera ou outono, quando a cidade está menos lotada e o clima é agradável.

5. Galeria Uffizi – Florença

Para os amantes da arte, a Galeria Uffizi em Florença é uma parada obrigatória. Este museu abriga uma das mais importantes coleções de arte renascentista do mundo, com obras de artistas como Leonardo da Vinci, Botticelli e Michelangelo. Compre seus ingressos com antecedência para evitar filas e dedique tempo para explorar cada sala.

6. Pompeia – Nápoles

Pompeia é um sítio arqueológico fascinante que oferece um vislumbre da vida na Roma Antiga antes de ser destruída pela erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Reserve um dia inteiro para explorar as ruínas e, se possível, vá na primavera ou outono para evitar o calor intenso do verão.

7. Lago de Como – Lombardia

O Lago de Como é um dos mais belos destinos naturais da Itália, cercado por montanhas e vilas pitorescas. É o lugar perfeito para relaxar e desfrutar de paisagens deslumbrantes. Visite durante o verão para aproveitar ao máximo as atividades ao ar livre, como passeios de barco e trilhas.

8. Costa Amalfitana – Campânia

A Costa Amalfitana é famosa por suas paisagens de tirar o fôlego, com penhascos que se erguem sobre o Mar Mediterrâneo. Dirigir pela estrada costeira é uma experiência única, passando por vilas como Positano e Amalfi. Visite na primavera ou no início do outono para evitar o fluxo intenso de turistas.

9. Catedral de Milão – Milão

Milão - Itália

A Catedral de Milão, ou Duomo di Milano, é uma das maiores catedrais góticas do mundo. Sua fachada impressionante e os detalhes intrincados de sua arquitetura a tornam um dos monumentos mais visitados da Itália. Não perca a oportunidade de subir ao telhado para apreciar as vistas da cidade. Milão é mais agradável na primavera ou outono.

10. Vila Adriana – Tivoli

A Vila Adriana, localizada em Tivoli, perto de Roma, é um dos complexos arqueológicos mais impressionantes da Itália. Construída pelo imperador Adriano no século II, a vila é um exemplo extraordinário de arquitetura romana. É melhor visitá-la na primavera, quando os jardins estão floridos e o clima é agradável para caminhar.

O Ponto Turístico Mais Visitado

Dentre todos os pontos turísticos listados, o Coliseu em Roma é o mais visitado, atraindo cerca de 7 milhões de turistas anualmente. Sua importância histórica e cultural, combinada com sua grandiosidade, faz dele uma parada obrigatória em qualquer viagem à Itália.

Dicas para Aproveitar ao Máximo Cada Ponto Turístico

  • Compre ingressos com antecedência: Evite filas longas, especialmente nos pontos turísticos mais populares.

  • Visite fora da alta temporada: Primavera e outono são as melhores épocas para evitar multidões e desfrutar de temperaturas mais agradáveis.

  • Chegue cedo ou tarde: Para aproveitar os locais mais movimentados, chegue cedo pela manhã ou visite no final da tarde, quando o fluxo de turistas diminui.

  • Aproveite visitas guiadas: Elas podem enriquecer sua experiência, fornecendo contexto histórico e cultural que você pode não encontrar por conta própria.

  • Planeje seu itinerário: Priorize os locais que mais lhe interessam e reserve tempo suficiente para explorá-los sem pressa.

A Itália é um país repleto de história, arte e beleza natural. Esses 10 pontos turísticos são apenas uma amostra do que o país tem a oferecer. Planeje sua viagem com cuidado, siga nossas dicas e aproveite ao máximo cada destino.

A Unificação Italiana

A Unificação Italiana

Como a Itália deixou de ser um mosaico de reinos e tornou-se um Estado nacional

A Itália nem sempre foi o país unificado que conhecemos hoje. Aliás, o Estado italiano, tal como o entendemos atualmente, é uma criação relativamente recente: sua fundação oficial data de 1861. Mas como foi possível passar de uma península fragmentada em reinos, ducados e territórios estrangeiros a uma nação soberana e moderna?

Uma unidade sonhada desde a Antiguidade

A ideia de que a Península Itálica forma uma entidade cultural coesa remonta já à Antiguidade. Durante o período romano, esse território era visto como um todo unificado — algo que se perdeu com a queda do Império Romano, quando a região passou a ser dominada por uma sucessão de povos: bárbaros, árabes, vikings, franceses, austríacos, espanhóis, entre outros.

É nesse contexto que surge o termo “Risorgimento”, literalmente “renascimento”. A palavra expressa a aspiração de recuperar a glória de uma Itália histórica — da Roma Antiga, dos Comuni medievais e do Renascimento — após séculos de decadência sob dominação estrangeira. A localização estratégica da península no centro do Mediterrâneo sempre fez dela um território altamente cobiçado.

A geografia política da Itália antes da unificação

A fragmentação política da península foi reforçada após o Congresso de Viena (1815). O mapa ficou assim:

geografia política da Itália antes da unificação

  • Noroeste: Reino da Sardenha (ou Piemonte-Sardenha), governado pela Casa de Saboia.
  • Nordeste e Lombardia-Vêneto: sob domínio direto do Império Austríaco.
  • Centro: diversos pequenos estados, incluindo o Grão-Ducado da Toscana, ducados menores e os Estados Pontifícios, governados pelo Papa.
  • Sul: Reino das Duas Sicílias, controlado pela dinastia Bourbon.

O papel das ideias iluministas e românticas

O impulso para o processo de unificação veio das ideias políticas e filosóficas surgidas no Iluminismo e no Romantismo. Conceitos como nação, liberdade, cidadania e autodeterminação ganharam força entre as elites intelectuais, burguesas e mesmo setores da aristocracia.

O Risorgimento foi, portanto, em sua origem, um movimento liderado por minorias ilustradas — e não por uma mobilização popular ampla.

Revoltas, insurreições e as primeiras guerras

Unificação da Itália 

Entre as primeiras expressões do Risorgimento, encontramos diversos motins e revoltas — sobretudo nas décadas de 1820 e 1830 —, que tinham como objetivo principal obter constituições liberais nos estados individuais, e não necessariamente a unificação nacional. A maioria dessas revoltas foi rapidamente reprimida.

Algumas das revoltas mais importantes desse período foram:

  • Revolta de Nápoles (1820): exigência de constituição liberal; reprimida pela intervenção austríaca.
  • Revolta de Palermo (1820-21): tentativa de independência da Sicília; também sufocada.
  • Revoltas no Piemonte e Sardenha (1821): lideradas por militares liberais; reprimidas.
  • Revoltas na Emilia-Romagna (1831): promovidas pela “Jovem Itália”, movimento de Mazzini; fracassadas.
  • Revolta de Savóia (1834): tentativa de invasão revolucionária a partir da Suíça; mal sucedida.

A grande onda insurrecional viria em 1848, ano de grandes revoluções por toda a Europa. 

grandes revoluções

Revoltas aconteceram em Palermo, Nápoles, Roma, Milão e Veneza. Os objetivos eram a concessão de constituições e a independência do domínio austríaco. A mais célebre foi a das Cinco Jornadas de Milão, em que os insurgentes conseguiram expulsar os austríacos da cidade com o apoio do Reino da Sardenha, dando início à Primeira Guerra de Independência.

Em 1849, no entanto, os austríacos retomaram o controle do norte e outras revoltas também foram esmagadas. As constituições concedidas às pressas foram revogadas, com uma exceção: no Reino da Sardenha, o Estatuto Albertino, promulgado por Carlo Alberto, foi mantido por seu sucessor, Vittorio Emanuele II, e servirá de base para a futura constituição italiana.

As quatro correntes políticas do Risorgimento

Após os eventos de 1848-49, a ideia da unificação ganhou mais força entre as elites. A bandeira tricolor passou a circular mais amplamente e começou um processo de criação de símbolos nacionais. Contudo, havia divergências profundas sobre como unificar a Itália e que tipo de Estado construir. Destacam-se quatro correntes principais:

  • Moderados: defendiam uma unificação pacífica ou militar, mas por vias diplomáticas, sem revoluções. Queriam uma monarquia constitucional liderada pelos Saboia. Principal figura: Camillo Benso, Conde de Cavour.
  • Democráticos: queriam a unificação por meio de revoltas populares e defendiam a criação de uma república unificada. Principal figura: Giuseppe Mazzini.
  • Neoguelfos: propunham uma confederação de estados autônomos sob a liderança espiritual e política do Papa. Principal figura: Vincenzo Gioberti.
  • Federalistas: desejavam uma federação de estados independentes, unidos por laços culturais e econômicos. Figura destacada: Carlo Cattaneo.

A estratégia diplomática de Cavour e o apoio francês

Conde de Cavour

A corrente moderada, liderada por Cavour, acabou prevalecendo. Nomeado primeiro-ministro do Reino da Sardenha em 1852, Cavour visava expandir o território do reino — inicialmente apenas até a Lombardia e o Vêneto — e fortalecer seu prestígio na Europa.

Em 1858, Cavour assinou um acordo secreto com o imperador francês Napoleão III (Acordos de Plombières). A França prometia intervir numa guerra contra a Áustria, em troca dos territórios de Nice e Sabóia, então pertencentes ao Reino da Sardenha.

A Segunda Guerra de Independência e os plebiscitos

Segunda Guerra de Independência

Em 1859, Cavour provocou a Segunda Guerra de Independência. França e Piemonte enfrentaram os austríacos e venceram em batalhas como Magenta e Solferino. No entanto, a situação complicou-se: nas regiões centrais da península (Toscana, Módena, Parma), surgiram levantes populares que culminaram em plebiscitos, nos quais as populações decidiram se anexar ao Reino da Sardenha.

Diante da reconfiguração inesperada da península, Napoleão III retirou seu apoio e assinou um acordo separado com a Áustria. O Piemonte obteve apenas a Lombardia, enquanto o Vêneto permaneceu sob controle austríaco.

A Expedição dos Mil e a conquista do Sul

Expedição dos Mil

Faltava o Sul. Em 1860, o general Giuseppe Garibaldi liderou a famosa Expedição dos Mil: cerca de mil voluntários desembarcaram na Sicília, com o objetivo de conquistar o Reino das Duas Sicílias. Garibaldi recebeu apoio de voluntários locais e venceu batalhas importantes, levando ao colapso do regime Bourbon.

Garibaldi entregou os territórios conquistados ao rei Vittorio Emanuele II, permitindo a anexação do Sul ao novo Estado.

A proclamação do Reino da Itália

proclamação do Reino da Itália

Em 17 de março de 1861, o Parlamento reunido em Turim proclamou oficialmente o Reino da Itália, com Vittorio Emanuele II como rei. A unificação, porém, ainda não estava completa: 

o Vêneto foi incorporado apenas em 1866, após a Terceira Guerra de Independência, e Roma, então sob controle do Papa e protegida por tropas francesas, só foi anexada em 1870, após a queda de Napoleão III.

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A História da Língua Italiana

A História da Língua Italiana

A língua do “bel paese” é considerada por muita gente como a mais bonita do mundo. Mesmo deixando de lado as opiniões pessoais, é inegável que o italiano tem um som agradável, quase musical. Isso se deve, em parte, à sua história peculiar: o italiano, originalmente, era uma língua usada apenas na literatura, que ninguém falava de fato no dia a dia — e talvez por isso continue até hoje tão atenta à estética dos sons.

Do latim à babel da península

Do latim à babel da península

Para entender essa história, precisamos voltar bastante no tempo, mais precisamente ao século V a.C., quando a Península Itálica era habitada por diversos povos — úmbrios, lígures, lucanos, entre outros —, cada um com sua própria língua. No centro da península, os latinos fundaram Roma, que, favorecida por fatores geográficos e comerciais, começou a crescer e se expandir.

Como você já deve saber, com o passar do tempo Roma conquistou novos territórios, impondo a língua latina em todo o seu império. Mas vale um alerta importante: o latim não era um só. Existia o latim clássico, usado por escritores e políticos, e o latim vulgar, falado pelo povo. Esse latim popular era muito mais flexível e variado, influenciado pelas línguas locais e pela própria evolução do idioma.

O latim se transforma em várias línguas

Com o declínio do Império Romano, a Península Itálica passou a receber outros povos e influências linguísticas. O latim falado começou a se transformar, se distanciando do modelo escrito e incorporando traços das línguas dos novos invasores. Assim surgiram os chamados “volgari”, versões populares do latim que, com o tempo, se tornaram mais sólidas e até deram origem a novas tradições literárias.

Dante e a busca por uma língua comum

Dante e a busca por uma língua comum

Entre 1302 e 1305, o poeta e pensador florentino Dante Alighieri escreveu, em latim, o tratado De vulgari eloquentia, onde analisava os diferentes volgari falados na península. A ideia era identificar uma variante que pudesse se tornar a língua culta de toda a Itália. No entanto, Dante concluiu que nenhuma delas era suficientemente “ilustre” para essa missão — seria necessário um esforço conjunto dos intelectuais.

Foi o próprio Dante quem deu um passo decisivo nessa direção, ao escrever A Divina Comédia não em latim nem no dialeto florentino popular, mas em uma nova língua que ele mesmo criou. Um idioma inspirado no florentino, mas enriquecido com elementos das tradições literárias latina, siciliana e provençal. Por essa ousadia, Dante é considerado o “pai” da língua italiana.

As “três coroas” da literatura italiana

As três coroas da literatura italiana

Depois de Dante, outros dois grandes nomes consolidaram o prestígio do volgare florentino: Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio. Juntos, eles são chamados de “as três coroas” da literatura italiana.

Petrarca, mais apegado ao modelo clássico do latim, escreveu o Canzoniere em um volgare extremamente refinado, quase depurado, buscando eliminar palavras que considerava “baixas”. Boccaccio, por outro lado, adotou uma linguagem mais próxima do povo no Decameron, tornando seus textos acessíveis também à burguesia. Por isso, ele é considerado o elo entre a literatura medieval e a moderna.

A invenção da imprensa e a padronização

A invenção da imprensa e a padronização

No século XVI, com a invenção da imprensa e o florescimento do Renascimento, ressurgiu a discussão sobre qual língua deveria ser usada nas publicações. Como não havia uma escrita unificada, gramáticos e editores buscaram organizar e padronizar o idioma.

Havia duas correntes principais: uma defendia a tradição vêneta (já que Veneza era o centro editorial da Europa), e outra preferia os modelos florentinos, devido à autoridade de seus autores. Foi nesse cenário que entrou em cena o cardeal e gramático Pietro Bembo.

Bembo e os modelos de Petrarca e Boccaccio

Em seu livro Prose della volgar lingua, Pietro Bembo propôs usar os textos de Petrarca como modelo para a poesia e os de Boccaccio para a prosa. Sua proposta ganhou força e influenciou profundamente a normatização da língua. Mas vale lembrar que, nesse momento, a Itália ainda não era um país unificado, e essa “língua italiana” era uma convenção puramente literária, sem uso prático no cotidiano das pessoas.

Na prática, cada região da península continuava usando sua própria forma de expressão. Os diversos volgari eram, de fato, línguas diferentes, ainda que compartilhassem uma origem latina comum. A Itália permanecia um mosaico linguístico e cultural.

Uma língua literária distante do povo

Apesar dos avanços, ainda faltava uma proposta que unisse beleza e praticidade. O modelo de Bembo era elegante, sim, mas não funcionava bem como língua falada. Assim, os vários volgari continuaram vivos, competindo entre si para ocupar o posto de língua nacional.

Uma língua literária distante do povo

Curiosamente, foi um cientista — e não um escritor — quem ajudou a mudar esse cenário. Galileo Galilei decidiu escrever suas obras em língua vulgar (e não em latim), acreditando que o conhecimento científico deveria ser acessível a todos. A linguagem de Galilei era clara e simples, e isso aproximou ainda mais o idioma literário do idioma cotidiano.

Manzoni, a unificação e a televisão

Manzoni - a unificação e a televisão

Por fim, chegamos a Alessandro Manzoni, autor de Os Noivos (I Promessi Sposi), que deu um passo importante para aproximar a língua culta do florentino da linguagem realmente falada. Embora fosse milanês, Manzoni escolheu escrever em florentino — e sua escolha teve grande peso simbólico. Ele também atuava no Ministério da Instrução Pública e foi um grande defensor da difusão da língua por todo o país.

A unificação da Itália, em 1861, marcou o início de uma nova fase. A partir de então, a urbanização, os movimentos migratórios, o exército, o cinema, o rádio e, finalmente, a televisão ajudaram a espalhar a língua italiana pelo território nacional.

Foi assim que o italiano, após séculos de evolução, finalmente se consolidou como a língua oficial da Itália. Refinado, simplificado, enriquecido e aproximado da fala cotidiana, o idioma que começou com Dante e chegou a Manzoni se transformou na língua de um povo inteiro.

Foi incrível descobrir que você aprende italiano assim como os próprios italianos tiveram de aprender o idioma no passado, não é mesmo?

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