Se você já viajou à Itália ou não. Agora é possível realizar um sonho que você talvez nem imaginasse que poderia ter: viajar no tempo e conhecer a Roma Antiga. Mais precisamente, a Roma do século IV. É porque um arqueólogo teve a ideia de criar uma reconstrução digital 3D. Ela é chamada “Rome Reborn: Flight over Ancient Rome” (Roma Renascida: Sobrevoe a Roma Antiga), e o nome do arqueólogo é Bernard Frischer, da Escola Luddy de Informática, Computação e Engenharia, da Universidade de Indiana (EUA).
Imagens do programa de reconstrução 3D da flyoverzone.com
Aqui na ITALICA estamos sempre buscando na História as heranças culturais de inestimado valor para a Itália, por isso sempre exploramos, além da língua, a cultura e os fatos históricos. Inevitável, portanto, que o Império Romano esteja tão presente em variados artigos que já publicamos, e que você pode descobrir aqui no portal. Hoje trazemos algo especialmente valioso, que pode servir para complementar seus estudos, atiçando sua imaginação, e até mesmo envolvendo seus planos sobre o que mais gostaria de conhecer pessoalmente nas milhares de localidades de ruínas do Império Romano, hoje acessíveis para a maioria dos turistas!
O projeto do renascimento da Roma Antiga
Foi há 50 anos, em 1974, que a ideia desse projeto surgiu. Naquele tempo, nem seria possível imaginar a realização por meio de uma construção inteiramente digital nos moldes como entendemos hoje, com o uso da computação avançada, que leva o projeto à casa de qualquer pessoa do mundo.
E como é que surgiu essa ideia exatamente? Bem, o arqueólogo Frischer, como muitos turistas que amam conhecer a Itália, visitou o Museu da Civilização Romana e viu um modelo físico da Roma Antiga, que você pode ver na imagem abaixo:
Maquete da Roma Antiga na época do imperador Constantino (306-337)
O trabalho foi desenvolvido ao longo de décadas por uma equipe com muita experiência, composta por arqueólogos, engenheiros e historiadores. Eles utilizaram uma série de registros históricos das estruturas, das distâncias, das ruas e tudo mais que compunha a Capital do Império Romano no início do século 4. E o modelo interativo é atualizado a cada nova descoberta arqueológica sobre a vida na cidade. Com tudo isso, é possível navegar no projeto 3D como se você estivesse controlando um drone nos céus do passado, vendo de perto as recriações de uma cidade ainda viva. É possível explorar as ruas que levam aos principais pontos da Roma Antiga, como o Coliseu, o Panteão e o Fórum Romano. São 39 marcos da cidade que podem ser selecionados em doze épocas diferentes, de 420 d.c. até os dias atuais.
E você pode mergulhar na realização desse projeto agora mesmo, sabendo tudo no site flyoverzone.com!
E para ver uma demonstração em vídeo no YouTube, clique aqui!
Rome Reborn: Flight over Ancient Rome versão 4.0 foi lançado mês passado e está disponível para download em Yorescape.com. Embora o programa completo não seja gratuito, é possível explorar o site e conhecer mais do conteúdo que foi criado. Aproveite!
Vista aérea de um dos principais aquedutos que alimentavam Roma
Para ler mais sobre aquedutos romanos, clique aqui e acesse nosso artigo no portal!
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O hino italiano ficou cada vez mais famoso internacionalmente devido às competições esportivas. Mesmo quem não é italiano já pode saber reconhecer a melodia, depois de tantas vezes ouvir tocando na Copa do Mundo, ou nos jogos da National, em corridas da Ferrari na Fórmula 1, etc. Mas então chegou a hora de você ir além da sonoridade e descobrir mais sobre a composição, a história e os significados por trás do hino italiano! Além de uma curiosidade, que compartilharemos ao final deste artigo.
A evolução e o significado da letra
O hino nacional italiano, conhecido como “Il Canto degli Italiani” ou “Fratelli d’Italia” (A Canção dos Italianos ou Irmãos da Itália), tem como título original “Inno di Mameli”, por ter sido escrito por Goffredo Mameli. E não é apenas uma melodia patriótica, mas também um reflexo das transformações históricas e culturais da nação ao longo do tempo. Ao explorarmos a evolução e o significado da composição das letras do hino, mergulhamos em uma jornada fascinante pela história e pela formação da identidade italiana.
Rascunho holográfico de 1847, de Goffredo Mameli, da primeira estrofe e do refrão de “Il Canto degli Italiani”
Foi musicado pelo genovês Michele Novaro, no mesmo ano em que o também genovês Goffredo Mameli escreveu os versos da canção. O texto é criado durante o fervor dos movimentos de unificação italiana, e as palavras originais do hino refletiam o desejo ardente de independência e unidade. A letra exaltava a ideia de um povo unido, compartilhando um destino comum e a busca pela liberdade. Contudo, ao longo dos anos, as letras sofreram ajustes para melhor refletir as mudanças políticas e sociais da Itália.
Michele Novaro
Goffredo Mameli
A canção foi muito popular durante a unificação da Itália (que aconteceu em 1861) e nas décadas seguintes, embora não tenha sempre sido bem recebida pelos grupos que se alternavam no poder.
Edição do Hino nacional da Itália de 1860, impressa por Tito I Ricordi
Após a proclamação do Reino da Itália, em 1861, a “Marcia Reale” (Marcha Real), que era o hino oficial da Casa de Sabóia, composto em 1831 por ordem do rei Carlos Alberto da Sardenha, foi escolhido como hino do Reino da Itália. Isso aconteceu porque a canção “Fratelli d’Italia” tinha clara conotação republicana e jacobina, e assim era difícil conciliar os significados da letra com o resultado da unificação da Itália, que era então ainda uma monarquia.
Já durante a era fascista (embora a Itália ainda fosse uma monarquia), Benito Mussolini e seu governo utilizaram de muitas canções em cerimônias para fins de propaganda de sua ideologia de poder, introduzindo alterações naquelas que não estivessem de acordo com a glorificação do Estado e do líder.
Dessa maneira, “Fratelli d’Italia”, ressoou com mais força no sul da Itália libertada pelos Aliados e nas áreas controladas pelos guerrilheiros ao norte da frente de guerra. Teve um bom sucesso em especial nos círculos antifascistas, onde tocava junto a canções partidárias, como “Fischia il vento” e “Bella ciao”. Alguns estudiosos acreditam, inclusive, que o sucesso da peça nos círculos antifascistas foi bastante decisivo para sua escolha como hino provisório da República Italiana.
Mas quando isso aconteceu? Sabe dizer? É mais recente do que você imagina. Descubra com o próprio Prof. Darius. Agora aproveite para ver a letra de perto. Ouça clicando aqui e acompanhe os versos abaixo:
I
𝄆 Fratelli d’Italia,
l’Italia s’è desta,
dell’elmo di Scipio
s’è cinta la testa.
Dov’è la Vittoria?
Le porga la chioma,
ché schiava di Roma
Iddio la creò. 𝄇
Coro:
𝄆 Stringiamci a coorte,
siam pronti alla morte.
Siam pronti alla morte,
l’Italia chiamò. 𝄇
Sì!
II
𝄆 Noi fummo da secoli
calpesti, derisi,
perché non siam popolo,
perché siam divisi.
Raccolgaci un’unica
bandiera, una speme:
di fonderci insieme
già l’ora suonò. 𝄇
Coro
III
𝄆 Uniamoci, amiamoci,
l’unione e l’amore
rivelano ai popoli
le vie del Signore.
Giuriamo far libero
il suolo natio:
uniti, per Dio,
chi vincer ci può? 𝄇
Coro
IV
𝄆 Dall’Alpi a Sicilia
dovunque è Legnano,
ogn’uom di Ferruccio
ha il core, ha la mano,
i bimbi d’Italia
si chiaman Balilla,
il suon d’ogni squilla
i Vespri suonò. 𝄇
Coro
V
𝄆 Son giunchi che piegano
le spade vendute:
già l’Aquila d’Austria
le penne ha perdute.
Il sangue d’Italia,
il sangue Polacco,
bevé, col cosacco,
ma il cor le bruciò. 𝄇
Coro
VI
𝄆 Evviva l’Italia,
dal sonno s’è desta,
dell’elmo di Scipio
s’è cinta la testa.
Dov’è la vittoria?!
Le porga la chioma,
ché schiava di Roma
Iddio la creò. 𝄇
Coro
Agora chegou a hora de saber a curiosidade que falamos no início deste artigo: a canção se tornou oficialmente o hino nacional da Itália apenas em novembro de 2017! Para saber mais, clique aqui no vídeo preparado pelo Prof. Darius no YouTube:
Neste vídeo você verá um segredo que, provavelmente, muita gente não conhecia a respeito do hino da Itália!
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Uma mulher nascida em 1711 é, simplesmente, uma das figuras mais importantes da história, e mesmo assim pouco ouvimos falar sobre ela quando nos deparamos com os registros dos livros de história. O nome dela é Laura Bassi, nascida em Bologna. Se em seu tempo já era difícil quebrar barreiras que impediam a expressão de muitas mulheres, imagine conseguir fazer isso num período em que tantos gênios dominavam o discurso público. Afinal de contas, estamos falando da época do iluminismo, quando Isaac Newton e Voltaire estavam vivos. Mas aí é que está: a genialidade de Laura Bassi chamou a atenção inclusive dessas outras grandes mentes que encontramos nos livros de história: os próprios Isaac Newton e Voltaire reconheciam as valiosas contribuições de Laura Bassi aos campos de estudo da ciência.
Apesar disso, apenas recentemente ela tem sido redescoberta e reconhecida por tantas de suas contribuições pioneiras no campo da física experimental.
A história de Laura Bassi
Laura Bassi estudou na Universidade de Bologna e ali se destacou em matemática e física. Em 1732, ainda aos 21 anos, já se tornava a primeira mulher a receber um diploma de doutorado em física na Europa.
Também foi a primeira mulher a ocupar uma cátedra e dar aulas na Universidade de Bologna, onde realizou pesquisas sobre fenômenos elétricos e óticos, contribuindo para o avanço da física experimental.
As históricas arcadas da milenar Universidade de Bologna, a universidade mais antiga do mundo.
Ela despertou a admiração até mesmo do arcebispo Prospero Lambertini (que depois viria a se tornar o papa Bento XIV) e em 1745 foi incluída no grupo de elite de 25 estudiosos, chamado “Benedettini”, criado justamente por Lambertini, depois de se tornar Papa.
Apesar de toda a admiração que recebia, imposições a limitaram em sua jornada de vitórias: por ser mulher, recebia permissão para lecionar apenas em ocasiões especiais, com autorização dos superiores da universidade. Sua primeira aula aconteceu em 17 de dezembro de 1732, no famoso teatro anatômico do Archiginnasio de Bolonha, onde, a partir de 1734 ela foi convidada a participar da cerimônia anual de Anatomia Pública.
Teatro anatômico do Archiginnasio de Bolonha
Quatro anos depois de iniciar sua profissão, casou-se com o médico Giuseppe Veratti, professor de física da universidade. Do casal nasceram oito filhos, dos quais apenas cinco sobreviveram. Em 1749, Laura Bassi iniciou cursos de física experimental com grande sucesso. Por ser o único curso da disciplina em Bolonha, o Senado acadêmico reconheceu a sua utilidade pública e atribuiu a Laura Bassi um salário de 1000 liras, um dos mais elevados da universidade de Bolonha.
Laura Bassi utilizava teorias newtonianas e não aristotélicas e buscou aplicá-las em múltiplos campos de pesquisa, em particular na física elétrica. Graças à estima que conquistou através da sua investigação e da sua atividade docente, conseguiu que lhe fosse atribuída, em 1776, a cátedra de professora de física experimental no Instituto de Ciências, e desta vez, finalmente, sem qualquer nulidade por ser mulher.
Avançando em muitos campos teóricos, Laura Bassi conseguiu usar o cálculo diferencial para estudar o movimento dos chamados “sistemas multicorpos”, um problema bastante complexo. Outras de suas contribuições importantes tratavam do movimento de fluidos e da eletricidade. Bem à frente do tempo, algumas das suas experiências a levaram a conjecturar a existência de uma relação direta entre o campo elétrico e o campo magnético.
Ela faleceu em 20 de fevereiro de 1778 e foi sepultada na igreja Corpus Domini.
Quebrando barreiras
Laura Bassi venceu obstáculos inimagináveis em uma época em que as mulheres tinham acesso limitado à educação superior e à pesquisa científica. E hoje pode ser devidamente reconhecida como uma das pessoas mais influentes na história da ciência italiana e uma inspiração para mulheres cientistas em todo o mundo.
Continue explorando os grandes feitos de outras personalidades italianas. E aproveite para fechar este mês de março lendo nossa homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, no artigo em que refletimos sobre o valor essencial das realizações que queremos alcançar, afinal de contas, estudar italiano aqui na ITALICA é também mergulhar nos valores culturais que permitem uma apreciação completa do idioma e da história da Itália. Por isso relembramos: a conquista e a luta das mulheres italianas, e de todo o mundo, é um avanço civilizatório que nos enche de orgulho!
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Oriana Fallaci foi uma renomada jornalista, escritora e entrevistadora italiana. Nascida em 29 de junho de 1929, em Florença, Itália, e falecida em 15 de setembro de 2006, em Florença, ela se destacou por sua carreira marcante no jornalismo e por suas entrevistas penetrantes com algumas das personalidades mais proeminentes do século XX, desde o Ayatollah Khomeini até o diretor de cinema Federico Fellini.
Jornalista
Fallaci iniciou sua carreira no jornalismo na década de 1950 e logo se destacou por sua abordagem corajosa e incisiva. Ela trabalhou como correspondente de guerra e cobriu eventos internacionais significativos, incluindo a Guerra do Vietnã e os conflitos no Oriente Médio.
Seu estilo de entrevista, caracterizado por perguntas diretas e incisivas, tornou-se uma marca registrada. Fallaci entrevistou líderes políticos notáveis, como Henry Kissinger, Yasser Arafat e Muammar Gaddafi, entre outros. Suas entrevistas muitas vezes ultrapassavam as formalidades tradicionais, buscando penetrar na essência do pensamento e da personalidade de seus entrevistados.
Oriana Fallaci entrevistando Muammar Gaddafi
Escritora
Além de seu trabalho no jornalismo, Oriana Fallaci também se destacou como escritora. Seu livro mais conhecido, “Entrevista com a História” (1976), é uma compilação de suas entrevistas mais importantes. Outras obras notáveis incluem “Carta a um Criança Nunca Nascida” (1975), um livro em formato de carta que aborda questões sobre maternidade e a condição humana.
Fallaci também foi autora de romances, incluindo “Um Homem” (1979) e “Inshallah” (1990). Seus escritos refletem suas experiências, visões políticas e uma profunda preocupação com questões sociais e culturais.
Ao longo de sua carreira, Oriana Fallaci foi alvo de controvérsias, especialmente devido às suas posições políticas e opiniões francas. Ela permaneceu ativa no jornalismo até o final de sua vida, enfrentando desafios de saúde enquanto continuava a expressar suas opiniões fortes e inabaláveis.
Legado
Oriana Fallaci deixou um legado significativo no jornalismo, sendo reconhecida por sua coragem, intelecto afiado e abordagem única na arte da entrevista. Sua influência estende-se para além da Itália, impactando o jornalismo global e inspirando gerações de repórteres e escritores.
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O Dia Internacional da Mulher é uma ocasião significativa em todo o mundo, celebrando a luta por direitos e igualdade de gênero. Na Itália e no mundo, esse dia pode ser cada vez mais marcado por uma combinação de tradições e de progresso, se destacarmos a importância das mulheres na sociedade italiana e global.
Historicamente, a Itália tem sido uma nação com raízes profundas em tradições familiares e culturais. No entanto, ao longo das décadas, as mulheres italianas têm desempenhado um papel fundamental na mudança social e política. O Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade de honrar suas contribuições e refletir sobre os desafios que ainda enfrentam.
Mimosa: a flor do Dia da Mulher na Itália
Uma tradição comum, na Itália e por todo o mundo, é a oferta de mimos e flores. Na Itália, em especial as flores de mimosa se tornaram um símbolo da celebração, mas há muita história por trás de algo que poderia parecer apenas esteticamente belo.
Explicamos: a mimosa é inclusive conhecida como a flor do Dia da Mulher na Itália, e esse símbolo existe desde um período de pós-guerra, quando a flor foi usada por mulheres, como Rita Montagnana, Teresa Mattei e Teresa Noce, para consolidarem o símbolo de sua luta contra o fascismo. Foi nesse período, inclusive, em 1945, que foi criada a Unione Donne Italiane, uma associação que se constitui com objetivos claros: inscrever os direitos das mulheres na Carta Constitucional. Hoje, portanto, toda uma história de luta e de conquistas está em ação quando as mulheres recebem buquês de mimosa como um gesto de carinho e reconhecimento por seu papel na sociedade e na família. No entanto, as comemorações não devem se limitar a gestos simbólicos desse tipo. O reconhecimento verdadeiro é também feito de consciência sobre os valores que nos conduzem a novas ações no cotidiano.
Dia de Conscientização
Muitas atividades e eventos são realizados em todo o país para discutir questões relacionadas aos direitos das mulheres e igualdade de gênero. Uma parte fundamental do Dia das Mulheres na Itália é a conscientização sobre a história e sobre as realizações que se tornam possíveis quando o gênero não é visto como uma característica limitante. Temas como igualdade salarial, violência de gênero e representação política das mulheres são assuntos cada vez mais presentes em todos os dias, não apenas no dia das mulheres. Esses esforços buscam promover uma mudança cultural e social positiva, dando voz às questões que afetam as mulheres italianas.
A Itália tem feito avanços notáveis em direção à igualdade de gênero. As mulheres ocupam posições de destaque em diferentes setores, incluindo a política. No entanto, há desafios persistentes, tanto na Itália como ao redor do mundo. É o caso da disparidade salarial de gênero e a luta contra a violência doméstica, que ainda estão muito presentes e requerem atenção contínua.
Reconhecimento
Um aspecto notável do Dia das Mulheres na Itália, e que queremos trazer para consolidar nossa celebração aqui na ITALICA, é o reconhecimento de conquistas femininas históricas. Mulheres italianas notáveis, como Rita Levi-Montalcini, vencedora do Prêmio Nobel, e Eleonora Duse, renomada atriz, são lembradas e homenageadas hoje e sempre.
Rita Levi-Montalcini
Rita Levi-Montalcini (1909~2012) foi uma das italianas mais importantes da história da humanidade. Recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1986, por ter descoberto uma substância do corpo que estimula o crescimento de células nervosas, o que possibilitou a ampliação dos conhecimentos sobre o mal de Alzheimer e a doença de Huntington.
Ela nasceu em Turim, em 22 de abril de 1909, e foi médica neurologista. É um dos maiores orgulhos da Itália no último século e deixou contribuições para toda a humanidade. Em 30 de setembro de 2009, pelos seus estudos do sistema nervoso, recebeu o Wendell Krieg Lifetime Achievement Award, prêmio instituído pela mais antiga associação norte-americana de neurociência.
Eleonora Duse
Eleonora Duse (1858~1924), nasceu em Vigevano, na província de Pavia, na Lombardia. Chamada por alguns como “la divina del teatro”, foi uma das maiores atrizes italianas da história. Charles Chaplin, ao assisti-la, disse: “a maior atriz que já vi”. De uma família ligada ao teatro, começou cedo, e já aos 14 anos destacou-se ao interpretar Julieta. Em sua época, Eleonora Duse cumpriu o papel de uma formidável embaixadora cultural da Itália no mundo.
Lembrarmos das ações de grandes pessoas serve sempre como uma fonte de inspiração para as gerações mais jovens, mostrando-lhes que não há limites para o que podem alcançar.
É um dia para se continuar em reflexão, não apenas para se lembrar, mas para nos conscientizarmos de que celebrações só podem ser feitas devidamente se reconhecermos o valor essencial das realizações que queremos relembrar: a conquista e a luta das mulheres italianas, e de todo o mundo, é um avanço civilizatório que nos enche de orgulho!
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