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O mundo da moda foi surpreendido recentemente com a notícia de que a Prada adquiriu a Versace, em uma das fusões mais impactantes da história da indústria do luxo. Essa união promete redefinir o cenário fashion global e fortalecer ainda mais a presença da Itália como referência internacional em estilo e sofisticação.

Mas, antes de entendermos melhor essa operação, vamos conhecer um pouco mais a respeito de cada um desses ícones do Made in Italy.

Prada: minimalismo, inovação e elegância

Fundada em 1913 por Mario Prada em Milão, a Prada começou como uma loja especializada em artigos de couro de alta qualidade. Foi somente nas décadas seguintes, sob a liderança de Miuccia Prada, que a marca se transformou em um verdadeiro império da moda. Conhecida por seu estilo minimalista e inovação constante, a Prada é reconhecida mundialmente por suas coleções sofisticadas e vanguardistas.

Versace: ousadia, glamour e identidade marcante

Criada em 1978 por Gianni Versace, a Versace rapidamente se destacou por seu estilo exuberante, cores vibrantes e estampas icônicas inspiradas na arte clássica e mitologia grega. Com um DNA que mistura sensualidade e luxo, a marca conquistou celebridades e fashionistas ao redor do mundo. Após o assassinato de Gianni em 1997, sua irmã Donatella Versace assumiu a direção criativa, mantendo viva a essência ousada da grife. Donatella manteve sua função até março de 2025, quando foi substituída por Dario Vitale, do grupo Prada, em uma mudança já dava indícios da futura aquisição.

A fusão histórica: como aconteceu

O processo de aquisição da Versace pela Prada foi resultado de negociações iniciadas discretamente no fim de 2024. Em abril de 2025, o acordo foi oficialmente anunciado, revelando que a Prada adquiriu 100% das ações da Versace, que anteriormente estavam sob o controle do grupo Capri Holdings (também proprietário de marcas como Michael Kors e Jimmy Choo). De todo modo, a operação ainda não foi 100% concluída e o prazo previsto indica para o segundo semestre de 2025.

A compra, avaliada em cerca de 1,25 bilhão de euros, representa um movimento estratégico da Prada para expandir seu portfólio e competir diretamente com outros conglomerados de luxo, especialmente os franceses, líderes do setor, que contam com grupos como LVMH e Kering, donos de marcas como Louis Vitton, Dior, Yves Saint Laurent, entre muitas outras.

O impacto no mercado da moda

Essa fusão promete transformar o panorama da moda internacional. Ao unir o minimalismo intelectual da Prada com o maximalismo luxuoso da Versace, o novo grupo tem potencial para atingir diferentes públicos e ampliar seu alcance global. A expectativa é que ambas as marcas continuem com direções criativas independentes, preservando a identidade de cada marca, mas que se beneficiem da sinergia em termos de gestão, produção e distribuição global.

Qual o futuro das empresas e do Made in Italy em geral?

Com a Prada agora controlando a Versace, o “Made in Italy” ganha ainda mais destaque no mercado global de luxo. Ambas as marcas são profundamente enraizadas na tradição artesanal italiana, e a fusão reafirma o papel da Itália como um dos centros criativos mais importantes do mundo; é importante destacar, entretanto, que o país ainda está muito atrelado a um modelo de gestão familiar (como pode ser observado no caso de empresas como Dolce & Gabbana e Armani), que dificulta a competição dos italianos com os conglomerados rivais.

E você, o que achou dessa fusão? Compartilhe sua opinião com a gente nos comentários e fique de olho no blog da ITALICA para saber tudo sobre os próximos capítulos dessa e de outras notícias ligadas à Itália.