O Dia dos Namorados na Itália, conhecido como “San Valentino”, é repleto de tradições românticas e eventos encantadores. É celebrado de algumas maneiras semelhantes ao que já nos acostumamos aqui no Brasil, mas também conta com particularidades tipicamente italianas. A começar pela data: a escolha da comemoração em fevereiro revela raízes na história e na lenda de São Valentim, um santo cristão que, segundo a tradição, viveu durante o século III.
Semelhanças e particularidades
Assim como no Brasil, na Itália a Festa degli Innamorati é uma ocasião romântica em que os casais aproveitam para expressar seu amor e carinho um pelo outro. As cidades se enchem de decorações festivas, com destaque para o vermelho, a cor do amor. Os restaurantes preparam menus especiais para casais, oferecendo jantares românticos à luz de velas. Muitas vezes, os locais turísticos também são iluminados de maneira especial, criando uma atmosfera romântica em toda a cidade.
Mas é claro que nessa data encontramos alguns diferenciais.
Diferenciais
Na cidade de Verona, por exemplo, berço da história de Romeu e Julieta, são realizados eventos que atraem casais de todo o mundo. No Verona in Love as ruas são decoradas, e acontecem atividades na Piazza dei Signori e no pátio do Mercato Vecchio, com barracas de joias, lembranças artesanais e doces para compartilhar com a pessoa amada.
Além disso, também é organizado o famoso Clube de Julieta, uma associação que durante anos mantém viva a lenda dos dois amantes de Shakespeare, organizando um grupo de mulheres (chamadas de “secretárias de Julieta”), que respondem às cartas que as pessoas escrevem para Julieta.
Isso é algo que, inclusive, já virou até filme de Hollywood, chamado “Cartas para Julieta”.
A benção de São Valentim
É hora de respondermos porque associamos a data a San Valentino! Como em muitos casos de festividades católicas, encontramos as origens em uma tradição pagã. Na Roma Antiga, existia uma festa chamada Lupercalia, com ritos ligados à caverna de Lupercal, localizada no sopé do monte Palatino, em Roma. A festa acontecia no dia 15 de fevereiro e celebrava a fertilidade.
Depois de muitos séculos, em 494 d.C., o Papa Gelásio I proibiu oficialmente essa festa. E numa tentativa de ressignificá-la, substituiu-a por uma homenagem a São Valentim, que fora bispo de Terni, na Úmbria. Valentim havia se tornado um mártir cristão depois de ser executado por ordem do Imperador Aureliano.
Numa das versões sobre esse período, conta-se que São Valentim contrariou as ordens do Imperador Claudio II, que havia proibido casamentos numa tentativa de aumentar seu exército para a guerra.
Valentim teria desafiado a ordem imperial e continuado a fazer cerimônias de casamento em segredo, o que foi descoberto e resultou em sua execução num dia 14 de fevereiro.
A celebração dessa data como símbolo do ideal de amor de San Valentino foi então difundida pelos beneditinos, os primeiros guardiões da basílica dedicada ao Santo em Terni.
Você já conhecia as origens dessa comemoração?
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