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A Itália é uma terra de incrível riqueza arqueológica, tesouros de todos os tipos remontam à grandiosidade da Roma Antiga. E ao longo dos últimos 100 anos, escavações meticulosas e descobertas fascinantes proporcionaram insights inestimáveis sobre a vida, a cultura e as realizações dos antigos romanos. Hoje vamos explorar aqui no blog alguns desses achados notáveis que moldaram a narrativa arqueológica italiana.

Pompeia e Herculano: cidades preservadas no tempo

Entre as descobertas mais impressionantes das últimas décadas estão as cidades de Pompeia e Herculano, na região Campania, incrivelmente preservadas após séculos sob as cinzas do Vesúvio.

Sol poente nas ruínas de Pompeia, ao fundo o Monte Vesúvio
tesouros arqueológicos Itália

Desde o início das escavações no século XVIII, os arqueólogos continuam a desenterrar casas, templos e artefatos que proporcionam uma visão única da vida quotidiana romana. Murais coloridos, utensílios domésticos e até mesmo pães carbonizados oferecem uma visão vívida das pessoas que viveram nessas cidades antigas.

Santuário Subaquático: um mundo submerso em Nápoles

Nas águas da Baía de Nápoles, encontra-se um tesouro subaquático de grande importância arqueológica. O sítio de baía revela vestígios de uma antiga cidade romana que, ao longo dos séculos, afundou devido a atividades sísmicas. Estruturas imponentes, como a Villa dei Pisoni, proporcionam uma visão intrigante do luxo e da arquitetura da época imperial. Estátuas, mosaicos e até mesmo ruas pavimentadas sob a água testemunham a riqueza perdida nas profundezas do mar.

Cidades subaquáticas na Itália

Bastidores da arena do Coliseu

Em Roma, recentes escavações sob a Arena do Coliseu revelaram os bastidores dos gladiadores. Corredores subterrâneos, conhecidos como hipogeus, agora abertos ao público, mostram o complexo sistema de elevadores e celas onde gladiadores aguardavam seu destino nas areias da arena. Essas descobertas oferecem uma compreensão mais profunda da maquinaria por trás dos espetáculos épicos e da vida dos gladiadores, uma faceta muitas vezes romantizada na cultura popular.

Bastidores da Arena no Coliseu em Roma

Villa de Livia: A Residência Imperial

A Villa di Livia, residência de campo da esposa do imperador Augusto, emergiu como uma das residências imperiais mais bem-preservadas da Roma Antiga. Investigações recentes revelaram afrescos em ótimo estado, representando paisagens exuberantes e detalhes arquitetônicos.

Villa di Livia - Roma - Itália
Pinturas em Villa di Livia - Roma - Itália

Essas pinturas fornecem um vislumbre das preferências estéticas da elite romana, destacando o papel fundamental das villas na expressão artística e cultural da época.

Além das pinturas, foi encontrada na vila, em 1863, a famosa estátua heróica de Augusto, esculpida em mármore, que está agora nos Museus do Vaticano. 

Estátua Imperador Augusto

Achados mais recentes

A arqueologia não é uma atividade do passado. Mesmo hoje em dia ainda acontecem descobertas fascinantes.

No início deste mês chegou a notícia de que mais de 30 mil moedas romanas foram encontradas por um mergulhador na Itália, e elas estão em ótimo estado de conservação.

O mergulhador nadava na costa da ilha da Sardenha e se deparou com objetos metálicos sem imaginar que se tratavam de objetos de mais de 1.600 anos de idade. 

Ufficio Stampa e Comunicazione MiC
Foto: Ufficio Stampa e Comunicazione MiC

Isso aconteceu em Arzachena, na costa norte do leste da Sardenha, ilha italiana no mar Mediterrâneo. E o tesouro é da primeira metade do século 4 d.C. São entre 30 mil e 50 mil moedas chamadas fólis, do Império Romano, feitas de bronze com uma fina camada externa de prata.

E segundo um comunicado divulgado no dia 04 de novembro, pelo Ministério da Cultura da Itália, essa é uma quantidade maior do que já se viu em achados de objetos semelhantes, no Reino Unido em 2013, por exemplo, quando 22.800 moedas fólis foram achadas em Seaton, no sul da Inglaterra.

Moedas chamadas fólis, do Império Romano - Tesouros arqueológicos

De acordo com o ministério italiano, essas milhares de moedas estão em um raro estado de conservação: somente quatro peças estão danificadas, e mesmo assim estão legíveis. A datação das moedas estima que tratam-se de cunhagens de Licínio, do período de 324 a 340 d.C. E o que ajuda a confirmar essa datação é a presença de moedas de Constantino, e, dentre outras tantas, também moedas da família imperial, incluindo os Césares.

Aproveite para assistir a uma matéria especial do canal do Mistero della Cultura, abordando toda a descoberta, clique abaixo para assistir!

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