Uma das habilidades testadas no exame de proficiência B1 em italiano é a capacidade de redigir uma carta. Embora você já possa ter experiência em escrever cartas em português, as nuances do formato italiano podem trazer alguns desafios. Saber estruturar corretamente uma carta formal ou informal em italiano é essencial para garantir uma boa avaliação no exame. Neste artigo, vamos explorar como elaborar uma carta seguindo os padrões italianos, abordando cada parte com exemplos práticos.
A Estrutura da Carta em Italiano
Assim como em português, uma carta em italiano segue uma estrutura clara que ajuda a organizar as ideias e a transmitir o conteúdo de forma eficaz. Aqui estão os principais elementos:
1. Intestazione (Cabeçalho)
O cabeçalho de uma carta é onde se indica a cidade de onde a carta está sendo escrita, assim como a data. A estrutura é simples, mas é importante estar atento ao formato da data, que segue o padrão europeu, ou seja, dia/mês/ano.
Exemplo:
Roma, 01 ottobre 2024
(Roma, 01 de outubro de 2024)
Essa é uma parte que não varia muito entre uma carta formal e uma informal, sendo sempre utilizada da mesma forma.
2. Formula di saluto (Saudação)
A saudação inicial é onde você mostra o grau de formalidade da carta. Dependendo de quem será o destinatário, você escolherá uma fórmula formal ou informal.
As cartas formais são mais usadas em contextos profissionais ou oficiais, enquanto as informais são adequadas para amigos, familiares ou pessoas com quem se tem um relacionamento mais próximo.
Corpo della Lettera (Corpo da carta)
Essa é a parte principal da carta, onde o conteúdo de fato é desenvolvido. No exame de B1, é importante que você mostre clareza nas suas ideias e uma coesão entre os parágrafos, respeitando a separação temática. O corpo da carta pode variar em conteúdo, mas algumas dicas gerais para uma boa redação incluem:
Use frases curtas e objetivas: Isso facilita a compreensão do leitor e evita confusões.
Organize suas ideias em parágrafos: Cada parágrafo deve abordar um tema ou ponto específico, garantindo uma boa fluidez.
Adapte o tom: Em uma carta formal, mantenha o tom profissional e polido. É importante que se atente também aos pronomes e à pessoa verbal, pois podem alterar o registro da mensagem de formal para informal.
4. Formula di chiusura (Despedida)
A despedida, assim como a saudação, varia conforme o grau de formalidade. Esse é o momento de finalizar a carta com uma expressão de cortesia e, em seguida, assinar com o seu nome.
Formal:
Distinti saluti
(Atenciosamente)
Cordiali saluti
(Cordiais saudações)
Informal:
Un abbraccio
(Um abraço)
A presto
(Até logo)
Após a despedida, assine com seu nome e sobrenome.
Exemplo de Carta em Italiano
Para ilustrar a estrutura, aqui está um exemplo de carta formal:
Roma, 01 ottobre 2024
Gentile Signora Bianchi,
Le scrivo per informarLa riguardo al nostro prossimo incontro.
La riunione è programmata per il 5 ottobre, alle 10:00, presso il nostro ufficio.
Cordiali saluti,
Darius Emrani
Tradução: Roma, 01 de outubro de 2024
Prezada Senhora Bianchi,
Escrevo para informar a senhora sobre o nosso próximo encontro.
A reunião está agendada para o dia 05 de outubro, às 10h, no nosso escritório.
Cordiais saudações,
Darius Emrani
Conclusão
Saber como estruturar uma carta em italiano é uma habilidade essencial, especialmente para aqueles que estão se preparando para o exame B1. E se você deseja se aprofundar ainda mais em tudo o que envolve a prova de proficiência, acompanhe nosso curso preparatório gratuito no YouTube, onde trazemos informações relativas à inscrição, estruturação da prova, os critérios de avaliação, dicas de organização e gestão do tempo e até mesmo um simulado para realizarmos juntos. O link está aqui. In bocca al lupo!
É no dia 25 de outubro que se celebra a Giornata Mondiale della Pasta, o Dia Mundial do Macarrão. A data foi estabelecida tomando como referência a data de início do Congresso Mundial do Macarrão, realizado em 1995 – em Roma, na Itália. E começou a ser festejado no Brasil em 1998. Apesar de o macarrão ser uma das artes culinárias mais antigas da humanidade, essa data comemorativa é uma criação relativamente recente. Vamos explorar a fascinante trajetória do macarrão, desde suas origens antigas até se tornar um prato amado no mundo inteiro.
A origem do macarrão
Acredita-se que os primeiros indícios do consumo de massa na Itália datam do período etrusco, por volta do século IV a.C. O macarrão, em suas diversas formas, é um alimento que acompanha a humanidade desde os primórdios. Pratos à base de massas existiriam desde que a humanidade descobriu que podia moer cereais e misturá-los com água para criar uma pasta. Estudiosos apontam esse feito a uma antiguidade distante, com registros datando de 2.500 a.C., entre os povos assírios e babilônios.
Itália: a terra do macarrão
Embora o macarrão tenha origens antigas e diversas influências culturais, foi na Itália que ele realmente floresceu e se consolidou como parte essencial da culinária. Com uma rica diversidade de formatos e combinações, a pasta se tornou um ícone da gastronomia italiana, apreciada tanto localmente quanto em todo o mundo.
Durante a Idade Média, o macarrão começou a ser produzido em cidades italianas como Gênova e Nápoles, mas era considerado um alimento de luxo. Com o Renascimento e o desenvolvimento tecnológico, a produção de massa se tornou mais acessível. No século XIX, o surgimento das primeiras fábricas de macarrão permitiu uma popularização maior, tornando-o um alimento central na dieta dos italianos. Após a Primeira Guerra Mundial, o macarrão ultrapassou as fronteiras da Itália e conquistou o mundo.
Hoje, a Itália é conhecida como a terra do macarrão, com uma rica tradição culinária que inclui uma diversidade incrível de formatos, molhos e técnicas de preparo. E o macarrão italiano é uma parte intrínseca da cultura alimentar da Itália, apreciado em todo o mundo por sua versatilidade e sabor excepcional.
Popularização da pasta
A primeira grande popularização do macarrão como o conhecemos hoje ocorreu durante a Idade Média. E foi fora da Itália que muitos fatores importantes determinaram como o macarrão iria se consolidar entre os italianos.
No século XIII, registros documentam a produção de macarrão em cidades italianas como Gênova e Nápoles. Naquela época, a massa era feita à mão e considerada um alimento de luxo. Foi somente durante o Renascimento que a produção de massa se tornou mais acessível e difundida, graças à inovação tecnológica, mas era ainda um alimento considerado nobre, um prato servido nas mesas de suntuosos banquetes. Já no século XIX, houve o surgimento das primeiras fábricas de massas, que contribuíram para uma maior popularização das receitas. Depois, após a Primeira Guerra Mundial, o macarrão conquistou o mundo, tornando um alimento amplamente apreciado e acessível em todas as partes do globo.
O explorador Marco Polo é frequentemente creditado, erroneamente, por ter introduzido o macarrão na Itália, ao retornar da China no século XIII. Evidências históricas sugerem que os italianos já estavam produzindo macarrão antes de sua viagem. E em 1279, já havia na Itália o registro da palavra “macaronis”, quando foi usada por um soldado genovês em seu inventário para descrever o alimento que deixava para sua família.
A verdadeira história
A invenção do macarrão é frequentemente atribuída aos árabes. Eles teriam introduzido a massa na Sicília durante o século IX, quando conquistaram a ilha durante a expansão árabe. A massa seca, de fácil conservação e transporte em longas viagens, rapidamente se difundiu por todo o Mediterrâneo. Por outro lado, a técnica de secagem da massa ao sol, que é uma característica da produção de macarrão italiano, é atribuída aos italianos. Efoi então na Itália que a receita recebeu o toque finalcom a adição de farinha de grano duro, permitindo o cozimento ideal da massa, al dente.
A essência das massas
O macarrão, em sua essência, consiste na combinação de farinha e ovos, assumindo uma ampla variedade de formatos distintos. Na antiguidade, sua origem remonta a cereais triturados que eram misturados com água, permitindo sua cocção ou assamento. Por isso, devido a um processo relativamente simples, é um alimento verdadeiramente democrático, presente em praticamente todas as mesas, sendo um dos produtos alimentícios mais amplamente consumidos globalmente.
Tipos de macarrão
O macarrão é, em essência, uma combinação simples de farinha e água (e às vezes ovos), que pode ser moldada em centenas de formatos diferentes. O processo de fabricação é democrático, permitindo que esse alimento seja consumido em praticamente todas as culturas ao redor do mundo. Existem mais de 600 variedades de macarrão, sendo algumas das mais populares:
Massas longas, como o spaghetti e o tagliatelle.
Massas curtas, como o penne e o fusilli.
Massas frescas e massas secas, cada uma com suas características únicas e diferentes modos de preparo, proporcionando uma gama diversificada de escolhas para os apreciadores da culinária.
Não é à toa que os diversos tipos de macarrão são um componente essencial de muitas culturas culinárias ao redor do mundo, e a reputação como uma fonte certeira de nutrientes não é infundada. Quando consumidos com moderação e como parte de uma dieta equilibrada, os macarrões se revelam uma excelente fonte de energia, devido ao seu alto teor de carboidratos complexos – principal combustível para o corpo, proporcionando a energia necessária para realizar atividades diárias e exercícios físicos. Além disso, se bem preparada, a massa do macarrão é uma boa fonte de proteína vegetal, tornando-os uma alternativa adequada para dietas vegetarianas e veganas.
Versatilidade
Outro aspecto importante é a versatilidade dos macarrões, que podem ser combinados com uma variedade de ingredientes saudáveis, como vegetais, legumes, proteínas magras e molhos a base de tomate ou ervas. Essa versatilidade permite que os macarrões façam parte de uma dieta rica em nutrientes, proporcionando vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais.
Além disso, o macarrão pode ser uma excelente fonte de proteínas vegetais, especialmente em dietas vegetarianas e veganas. Eles fornecem energia, fibras, proteínas e são uma tela em branco para criarmos pratos saudáveis e saborosos! Portanto, desfrutar de uma refeição de macarrão bem equilibrada pode ser uma escolha inteligente para promover a saúde e o bem-estar.
Pasta Fresca ou Seca?
Tanto a pasta fresca quanto a pasta seca têm seus méritos e podem ser utilizadas em uma ampla variedade de pratos. A pasta fresca, muitas vezes feita com ovos, tem uma textura mais macia e delicada, ideal para pratos como lasanha e ravioli. Já a pasta seca, feita de semolina de trigo duro, é mais resistente e perfeita para pratos de cozimento prolongado, como o spaghetti alla carbonara ou o penne all’arrabbiata.
Celebre o Dia Mundial do Macarrão
No Dia Mundial do Macarrão, nada melhor do que celebrar esse alimento amado em uma refeição à mesa. Aproveite a versatilidade e os benefícios nutricionais do macarrão, seja em uma receita tradicional italiana ou com uma abordagem criativa. Como uma tela em branco, o macarrão permite que você crie pratos saudáveis, saborosos e satisfatórios.
Aproveite para clicar aqui e assistir a uma live com a Profa. Dra. Paola Baccin, que explorou a fundo o tema e falou sobre a origem da palavra “maccheroni”. Foi uma live para abrir o apetite.
A Itália, famosa por sua culinária incrivelmente diversificada e deliciosa, não é apenas o lar de massas e pizzas incríveis, mas também é um país onde a arte da fabricação de pães é elevada a um nível de maestria. A tradição de fazer pães na Itália remonta a séculos e continua a ser uma parte fundamental da cultura gastronômica italiana. Hoje vamos explorar um pouco da rica história, dos métodos tradicionais e veremos os tipos de pães que fazem da Itália um verdadeiro paraíso para os amantes de um bom pão.
História da Panificação na Itália
Como a maioria das características culturais italianas, a história da fabricação de pães na Itália remonta ao Império Romano, quando o pão era um alimento básico e fundamental na dieta diária. Naquela época, os padeiros já dominavam a arte de fazer pães de diferentes variedades e texturas. Com a queda do Império Romano e o surgimento do feudalismo na Idade Média, a arte da panificação continuou a se expandir territorialmente, tornando-se cada vez mais presente e importante para a variedade de culturas que cada regionalismo propiciou. Com o passar dos anos, naturalmente, as técnicas foram refinadas.
Durante o Renascimento, o território que um dia viria a ser a Itália unificada começou a ver uma explosão na criatividade culinária, e isso incluiu a panificação. Padeiros italianos experimentavam suas ideias com ingredientes locais, como azeite de oliva, ervas, queijos e azeitonas, para criar pães únicos que pudessem refletir suas regiões de origem. Essa tradição, inclusive, de explorar e respeitar ingredientes locais, ainda hoje está muito viva na fabricação de pães italianos. E é o que permite que turistas descubram sabores de receitas que foram criadas há séculos.
A Diversidade dos Pães na Itália
Como a Itália é um país de diversas regiões bastante conscientes e protetoras de suas identidades, cada uma delas conta com suas próprias tradições culinárias. Isso se reflete na grande variedade de pães italianos disponíveis. Cada região tem suas especialidades, e muitas receitas de pão têm séculos de história. Vejamos alguns dos pães mais famosos da Itália:
Ciabatta
Originária da Toscana, a ciabatta é um dos pães mais conhecidos da Itália. Com uma crosta crocante e um interior macio e cheio de alvéolos, este pão é frequentemente usado para fazer sanduíches. Existe também a ciabattina, uma versão menor, perfeita para lanches individuais.
Focaccia
A focaccia é um pão plano, temperado com azeite de oliva, sal e, muitas vezes, ervas frescas. Popular como aperitivo, é uma especialidade da Ligúria, embora existam variações regionais em todo o país.
Pane Pugliese
O pane pugliese é um pão rústico originário do sul da Itália. Conhecido por sua casca grossa e crocante e interior macio, ele é feito com fermentação natural, o que confere sabor e textura únicos.
Grissini
Os grissini, conhecidos como palitos de pão, são crocantes e finos, servidos frequentemente como entrada. Eles têm origem em Turim, no Piemonte, e são apreciados em todo o país.
Pane di Altamura
Proveniente da cidade de Altamura, na Puglia, o pane di Altamura é famoso por sua casca grossa e sua longa fermentação natural. Feito com farinha de semolina, é considerado um dos pães mais saborosos da Itália.
Pão Siciliano
Originário da Sicília, este pão é geralmente feito com semolina e é denso e saboroso.
Métodos tradicionais de panificação
A fabricação de pães na Itália envolve tanto técnicas tradicionais quanto inovações modernas. Um dos aspectos mais notáveis da panificação italiana é o uso da massa madre (ou fermento natural), que não requer fermento comercial. Esse método de fermentação, utilizado há séculos, confere ao pão um sabor mais profundo e uma textura única, além de ser mais fácil de digerir.
Outro ponto importante é a qualidade dos ingredientes. As padarias italianas valorizam o uso de farinhas de alta qualidade, muitas vezes moídas localmente. O azeite de oliva extra virgem é outro ingrediente essencial em muitas receitas, contribuindo para o sabor característico de muitos pães.
O papel cultural do pão na Itália
O pão tem um papel cultural significativo na Itália, além de ser um alimento básico na mesa. Em muitas partes do país, o ato de compartilhar pão é um símbolo de hospitalidade e amizade. O pão também desempenha um papel importante em celebrações religiosas, como a Páscoa, quando o pão é abençoado e compartilhado entre os fiéis.
Além disso, muitos festivais e eventos regionais na Itália (como aqueles conhecidos como sagras, festas religiosas) estão relacionados à produção e ao consumo de pães locais. Os festivais de pães oferecem uma oportunidade para as comunidades locais celebrarem suas tradições e compartilharem suas especialidades culinárias.
Um bom exemplo de uma sagra que festeja justamente um pão é a Festa Te la Uliata, que acontece perto de Lecce, na Puglia. “Uliata” é uma “puccia” (nome dado aos lanches característicos da região da Puglia). No caso da “uliata”, é um tipo de pão feito com azeitonas pretas de Salento!
Pães na Itália: essência familiar
Logo que chegamos na Itália, é fácil notar como os pães italianos variam amplamente em forma, sabor e textura, refletindo a diversidade das regiões italianas. E mais do que apenas alimento, o pão desempenha um papel cultural importante na Itália, conectando pessoas através de gerações e celebrando a riqueza da culinária italiana. Afinal, a fabricação de pães na Itália é uma arte que combina tradições antigas, ingredientes de alta qualidade e uma paixão pelo sabor e pela textura. Por isso, quando se trata de pães italianos, podemos entender que eles são mais do que apenas uma parte da refeição – são uma das essências mais antigas da vida italiana e da partilha em família.
Te convidamos agora para assistir a um vídeo especial que o Prof. Darius fez caminhando pelo bairro do Bixiga, em São Paulo, quando ele visitou uma panificadora para te apresentar um pouco mais sobre os tipos de pão que existem na Itália e, portanto, sobre a razão de não existir algo como “pão italiano”, que vemos tanto à venda aqui no Brasil.
A arte da fabricação de pães na Itália é um dos maiores tesouros da culinária do país. Com uma história que remonta aos tempos antigos, métodos tradicionais de panificação e uma diversidade incrível de pães regionais, o pão italiano é muito mais do que um simples alimento. Ele é parte integrante da cultura, da história e da vida diária dos italianos, conectando o passado com o presente em cada pedaço.
Agora que exploramos essa rica tradição, te convidamos a assistir a um vídeo especial sobre os diferentes tipos de pães na Itália, onde você poderá aprender mais sobre essa deliciosa parte da cultura italiana. Buona visione!
O Dia de São Francisco de Assis, celebrado em 4 de outubro, é uma ocasião especial para honrar a vida e o legado de um dos santos mais reverenciados da Igreja Católica. São Francisco de Assis é conhecido por sua profunda devoção religiosa, amor pelos animais e conexão profunda com a natureza. É amplamente considerado o patrono dos animais e do meio ambiente, representando valores que transcendem as fronteiras religiosas e inspiram causas ecológicas globais. Neste dia, milhões de pessoas em todo o mundo se reúnem para homenagear esse santo e refletir sobre os valores que ele representou.
A vida de São Francisco de Assis
São Francisco de Assis nasceu no final do século XII, em Assis, uma pequena cidade na Itália central. Ele nasceu como Giovanni di Pietro di Bernardone, mas ficou conhecido como Francisco depois de renunciar à riqueza de sua família para viver uma vida de simplicidade e devoção religiosa. Sua juventude foi marcada por riqueza, mas, após uma experiência espiritual profunda, ele decidiu renunciar à vida de luxos e abraçar a simplicidade e a pobreza, dedicando-se inteiramente a Deus. Sua conversão ocorreu depois de uma visão e um encontro com um leproso, que o levaram a abraçar a pobreza, renunciar às riquezas mundanas e dedicar sua vida a Deus.
São Francisco fundou a Ordem dos Frades Menores, conhecida como franciscanos, que se tornou uma das ordens religiosas mais influentes da época. Ele também é famoso por seu Cantico delle creature (conhecido também como Cântico do Irmão Sol), um poema que louva a criação e reconhece a presença de Deus em todas as coisas da natureza. Ao final deste artigo, colocamos o texto em italiano e traduzido, para que você possa ler e praticar os significados da tradução.
A Conversão de São Francisco de Assis
A conversão de São Francisco é frequentemente atribuída a um encontro com um leproso, que o fez refletir sobre a compaixão e a verdadeira natureza da fé. Seu desejo de viver em harmonia com todas as criaturas e sua convicção de que Deus está presente em cada elemento da natureza o destacaram como uma figura singular no cristianismo. Sua devoção aos animais é simbolizada por histórias de como ele conversava com os pássaros e de como conseguia acalmar lobos ferozes. São Francisco também é frequentemente retratado em obras de arte abraçando um lobo.
O amor pelos animais e pela natureza
São Francisco é particularmente conhecido por seu profundo amor e respeito pelos animais e pela natureza. Sua devoção aos animais é simbolizada por histórias de como ele conversava com os pássaros e de como conseguia acalmar lobos ferozes. São Francisco também é frequentemente retratado em obras de arte abraçando um lobo.
Os pássaros
Um episódio famoso em sua vida foi a pregação aos pássaros. Segundo a lenda, São Francisco viu um grupo de pássaros em uma árvore e, em vez de continuar sua pregação para as pessoas, começou a falar com os pássaros, pedindo que ouvissem a mensagem de Deus. Essa história reflete sua crença na importância de incluir todas as criaturas na mensagem de amor e respeito divino.
O Legado Ecológico de São Francisco de Assis
Além de seu papel religioso, São Francisco de Assis é frequentemente lembrado como um dos primeiros defensores do ambientalismo. Sua visão holística do mundo natural e seu respeito pela criação de Deus inspiraram muitas causas ecológicas modernas. Ele é visto como uma figura icônica que nos lembra da importância de preservar o meio ambiente e viver em sintonia com a natureza.
A Lenda de São Francisco e o Lobo
Outra história popular é a de São Francisco e o Lobo de Gubbio, onde ele teria acalmado um lobo que aterrorizava uma vila. A cena, frequentemente retratada em obras de arte, destaca o espírito pacificador de São Francisco e seu dom especial de se conectar com os animais.
A bênção dos animais
Uma tradição especial no Dia de São Francisco de Assis é a chamada “Bênção dos Animais”. Muitas igrejas e comunidades realizam cerimônias especiais onde os fiéis trazem seus animais de estimação para serem abençoados. Essas bênçãos simbolizam o compromisso de São Francisco com a harmonia entre os seres humanos, os animais e a natureza.
As bênçãos dos animais podem incluir uma variedade de animais de estimação, desde cães e gatos até coelhos, pássaros e cavalos. As cerimônias são uma oportunidade para os donos de animais expressarem gratidão por seus companheiros leais e pedirem proteção e bênçãos divinas para eles.
O legado de São Francisco de Assis
O Dia de São Francisco de Assis não é apenas uma celebração religiosa, mas também uma oportunidade para refletir sobre a importância da compaixão, do amor pela natureza e do respeito por todas as formas de vida. Por isso, o legado de São Francisco continua a inspirar pessoas de todas as religiões e crenças a cuidar do meio ambiente e a tratar os animais com bondade. Muitos inclusive atribuem esse valor sagrado de São Francisco às causas ecológicas, cada vez mais urgentes em nosso tempo.
Exemplo
Além das causas práticas e coletivas, a vida de São Francisco é também um exemplo de valores pessoais para o autocuidado, sobre os meios de interação com tudo que existe na vida, sobre como alguém pode então encontrar a paz e a realização através da simplicidade, da humildade e da fé.
As palavras e ações de São Francisco ecoam ao longo dos séculos, lembrando-nos da importância de viver de acordo com nossos valores mais profundos e de como cuidar do mundo que nos cerca.
Você sabia de toda essa devoção à natureza? Antes que de te apresentar ao texto do Cantico delle creature, aproveite também para nos acompanhar nos outros conteúdos que já fizemos sobre São Francisco de Assis em nosso canal no YouTube:
Buona visione!
Cantico delle creature, de São Francisco de Assis
E agora, o momento da leitura do Cantico delle creature, de São Francisco de Assis:
Altissimo, Onnipotente Buon Signore, tue sono le lodi, la gloria, l’onore e ogni benedizione.
A te solo, o Altissimo, si addicono e nessun uomo è degno di menzionarti.
Lodato sii, mio Signore, insieme a tutte le creature, specialmente per il signor fratello sole, il quale è la luce del giorno, e tu tramite lui ci dai la luce. E lui è bello e raggiante con grande splendore: te, o Altissimo, simboleggia.
Lodato sii, o mio Signore, per sorella luna e le stelle: in cielo le hai create, chiare preziose e belle.
Lodato sii, mio Signore, per fratello vento, e per l’aria e per il cielo; per quello nuvoloso e per quello sereno, per ogni stagione tramite la quale alle creature dai vita.
Lodato sii, mio Signore, per sorella acqua, la quale è molto utile e umile, preziosa e pura.
Lodato sii, mio Signore, per fratello fuoco, attraverso il quale illumini la notte. Egli è bello, giocondo, robusto e forte.
Lodato sii, mio Signore, per nostra sorella madre terra, la quale ci dà nutrimento e ci mantiene: produce diversi frutti, con fiori variopinti ed erba.
Lodato sii, mio Signore, per quelli che perdonano in nome del tuo amore, e sopportano malattie e sofferenze.
Beati quelli che le sopporteranno serenamente, perché dall’Altissimo saranno premiati.
Lodato sii, mio Signore, per la nostra sorella morte corporale, dalla quale nessun essere umano può scappare; guai a quelli che moriranno mentre sono in peccato mortale.
Beati quelli che troveranno la morte mentre stanno rispettando le tue volontà. In questo caso la morte spirituale non procurerà loro alcun male.
Lodate e benedite il mio Signore, ringraziatelo e servitelo con grande umiltà.
Tradução
Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
teus são o louvor, a glória e a honra e toda a bênção.
Somente a ti, ó Altíssimo, eles convém,
e homem algum é digno de mencionar-te.
Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
especialmente o Senhor Irmão Sol,
o qual é dia, e por ele nos iluminas.
E ele é belo e radiante com grande esplendor,
de ti, Altíssimo, traz o significado.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas,
no céu as formaste claras e preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento,
e pelo ar e pelas nuvens e pelo sereno e todo o tempo,
pelo qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água,
que é mui útil e humilde e preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo
pelo qual iluminas a noite,
e ele é belo e agradável e robusto e forte.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa, a mãe terra
que nos sustenta e governa
e produz diversos frutos com coloridas flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor, por que perdoam pelo teu amor,
E suportam enfermidade e tribulação.
Bem aventurados aqueles que as suportarem em paz, porque por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa, a morte corporal,
da qual nenhum homem vivente pode escapar.
Ai daqueles que morrerem em pecado mortal:
bem-aventurados os que ela encontrar na tua santíssima vontade,
porque a morte segunda não lhes fará mal!
Louvai e bendizei ao meu Senhor,
e rendei-lhe graças e servi-o com grande humildade.
As preposições desempenham um papel crucial na língua italiana (assim como no português), funcionando como a “cola” que conecta palavras e confere sentido às frases.
Preposições em italiano
Vejamos logo um exemplo prático para ilustrar o conceito:
Parlo __ mio fratello (Falo __ meu irmão)
Observe que, dependendo da preposição que escolhermos para completar a frase acima, teremos sentidos completamente distintos:
Parlo di mio fratello (Falo do meu irmão)
Parlo con mio fratello (Falo com meu irmão)
Preposições simples em italiano
Di e con são exemplos de preposições simples. Em italiano há oito delas, que apresentaremos a seguir, resumindo algumas de suas principais aplicações.
A: Utilizada para indicar movimento em direção a algum lugar ou permanência em cidades e alguns lugares específicos como casa, scuola, teatro etc. e em expressões temporais.
Exemplos: Vado a casa (Vou para casa), Sono a scuola (Estou na escola), A presto (Até breve).
IN: Usada para indicar movimento em direção a algum lugar ou permanência em países, regiões e alguns lugares específicos, como montagna, chiesa, centro etc., e também com meios de transporte.
Exemplos: Vivo in Italia (Vivo na Itália), Vado in bicicletta (Vou/ando de bicicleta), Studio in biblioteca (Estudo na biblioteca).
DI: Indica posse, material de que algo é feito e especificação.
Exemplos: Il libro di Paolo (O livro de Paolo), Una sedia di legno (Uma cadeira de madeira), Lezione di italiano (Aula de italiano).
DA: Usada para indicar pontos de partida no espaço e no tempo, separação, distância e diferença.
Exemplos: Parto da Milano (Parto de Milão), Studio italiano da un mese (Estudo italiano há um mês), Vivo lontano da qui (Vivo longe daqui).
CON: Indica companhia, meio, instrumento, modo e qualidade.
Exemplos: Vado al mare con la mia famiglia (Vou ao mar com minha família), Scrivo con la penna (Escrevo com a caneta).
PER: Indica a favor de alguém, atravessamento, continuidade e duração.
Exemplos: Questo libro è per te (Este livro é para você), Rimango in Brasile per venti giorni (Fico no Brasil por vinte dias).
SU: Indica uma posição superior e também o tema de algo.
Exemplos: La bottiglia di vino è su quel tavolo (A garrafa de vinho está sobre aquela mesa), Una lezione su un argomento interessante (Um aula sobre um tema interessante).
FRA/TRA: Indica posição intermediária e limites de lugar ou tempo.
Exemplos: La pizzeria è tra la farmacia e il negozio (A pizzaria está entre a farmácia e a loja), Natale è fra cinque giorni (O Natal é em cinco dias).
Assim como em português, as preposições simples podem ser combinadas com os artigos definidos (o, a, os e as), que usamos antes dos substantivos para indicar se são masculinos ou femininos e se estão no singular ou plural. É o caso das preposições “no”, “nas”, “de”, “da”, “dos” etc.
Preposições articuladas em italiano
Essa combinação entre preposições simples e artigos definidos resulta nas chamadas preposizioni articolate (preposições articuladas). Seguem alguns exemplos para ilustrarmos melhor o conceito:
IN + IL quaderno:
Scrivo nel quaderno (escrevo no caderno)
A + LE preposizioni
ITALICA ha un corso dedicato alle preposizioni in italiano (ITALICA tem um curso dedicado às preposições em italiano)
Em sua maioria, as preposições articuladas são palavras únicas como as que vimos nos exemplos anteriores (nel, alle). No entanto, algumas preposições, como CON, PER e FRA/TRA, normalmente se mantêm separadas dos artigos definidos:
Parto con il treno (Parto com o trem)
Compro un giocattolo per i figli di Anna (Compro um brinquedo para os filhos da Anna)
A dúvida mais frequente com relação ao tema diz respeito a quando usar as preposições simples (por exemplo, vadoa casa) e quando usar as preposições articuladas (por exemplo, vado al mare). Há casos em que a preposição articulada é utilizada para indicarmos uma maior “especificidade”, como nos exemplos: Sono in centro (“Estou no centro” – forma mais geral) e Sono nel centro di Milano (“Estou no centro de Milão” – mais específico). Todavia, muitas vezes não há regras fixas para sabermos quando usar preposições simples ou articuladas; é mais uma questão de pratica constante e de análise comparativa com a sua língua materna.
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