Vamos direto ao ponto. Pulcinella é um personagem tradicional da commedia dell’arte, que foi uma forma de teatro de improvisação italiana surgida no século XVI. Ele é conhecido por sua aparência distintiva, caracterizada por uma máscara negra com um nariz comprido e pontiagudo, uma camisa larga e calças brancas. Pulcinella é frequentemente retratado como um servo astuto e cômico.
Além de sua presença na commedia dell’arte, Pulcinella tornou-se uma figura icônica na cultura popular napolitana e em toda a Itália. Na região de Nápoles, Pulcinella é muitas vezes associado à tradição do teatro de marionetes. Sua personalidade é geralmente retratada como travessa e esperta, e suas histórias muitas vezes envolvem situações cômicas e enredos intrigantes.
É importante notar que o nome “Pulcinella” também é usado para se referir a uma famosa forma de massa italiana, conhecida como “pasta pulcinella”. Essa massa tem uma forma única e é tradicionalmente associada à região da Campania, onde Nápoles está localizada.
Jornada entre máscaras
Pulcinella desenha-se como uma figura intrigante e hilariante nas tradições teatrais italianas. A commedia dell’arte executava em suas narrativas símbolos do que os estudiosos chamam de carnavalização. O resultado era uma forma de teatro improvisado que se tornou muito popular em toda a Itália. Pulcinella emergiu como uma das figuras centrais dessa tradição, cativando audiências com sua máscara peculiar, nariz proeminente e comédia astuta.
O personagem de Pulcinella é frequentemente retratado como um servo engenhoso, caracterizado por sua inteligência rápida e humor travesso, que desafia a tudo e a todos.
Sua máscara negra, que esconde parte de seu rosto, adiciona um elemento de mistério à sua presença no palco, o que contribui muito para as narrativas e a dramatização das comédias. Suas roupas folgadas e sua postura peculiar também intensificam a imagem cômica. Essa fácil distinção da sua figura ajudou a tornar Pulcinella um dos grandes símbolos da commedia dell’arte, ao lado de outros personagens como o Arlequim – que também conseguia cativar o público com suas travessuras. Ambos abusam da arte da improvisação e da capacidade de entreter por meio da expressão física e verbal.
Além do teatro, Pulcinella encontrou um lar especial também na tradição napolitana do teatro de marionetes. As marionetes de Pulcinella ganham vida nas mãos dos manipuladores, encenando suas próprias comédias em miniatura nas ruas de Nápoles. Essas performances, muitas vezes acompanhadas por músicas e danças típicas, celebram a vivacidade e a tradição única de Pulcinella na cultura napolitana.
Curiosidades
Variações regionais: Embora Pulcinella seja amplamente conhecido em toda a Itália, existem variações regionais em sua representação. Em algumas áreas, ele pode ser retratado com características ligeiramente diferentes, refletindo a diversidade cultural dentro do país.
Influência internacional: A popularidade de Pulcinella ultrapassou as fronteiras italianas, influenciando o teatro e a cultura em outras partes do mundo. Seu legado continua a ser estudado e apreciado em contextos acadêmicos e artísticos internacionais.
O resgate de tradições: A tradição de teatro de marionetes de Pulcinella enfrentou desafios ao longo do tempo, mas esforços contínuos estão sendo feitos para preservar e revitalizar essa forma única de entretenimento. Festivais e iniciativas culturais procuram manter viva a arte das marionetes de Pulcinella para as futuras gerações.
Pulcinella permanece não apenas como um personagem teatral, mas como um símbolo vibrante da rica herança cultural italiana, testemunho duradouro da capacidade da cultura italiana de entrelaçar tradição e inovação, criando algo verdadeiramente único e cativante.
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Oriana Fallaci foi uma renomada jornalista, escritora e entrevistadora italiana. Nascida em 29 de junho de 1929, em Florença, Itália, e falecida em 15 de setembro de 2006, em Florença, ela se destacou por sua carreira marcante no jornalismo e por suas entrevistas penetrantes com algumas das personalidades mais proeminentes do século XX, desde o Ayatollah Khomeini até o diretor de cinema Federico Fellini.
Jornalista
Fallaci iniciou sua carreira no jornalismo na década de 1950 e logo se destacou por sua abordagem corajosa e incisiva. Ela trabalhou como correspondente de guerra e cobriu eventos internacionais significativos, incluindo a Guerra do Vietnã e os conflitos no Oriente Médio.
Seu estilo de entrevista, caracterizado por perguntas diretas e incisivas, tornou-se uma marca registrada. Fallaci entrevistou líderes políticos notáveis, como Henry Kissinger, Yasser Arafat e Muammar Gaddafi, entre outros. Suas entrevistas muitas vezes ultrapassavam as formalidades tradicionais, buscando penetrar na essência do pensamento e da personalidade de seus entrevistados.
Oriana Fallaci entrevistando Muammar Gaddafi
Escritora
Além de seu trabalho no jornalismo, Oriana Fallaci também se destacou como escritora. Seu livro mais conhecido, “Entrevista com a História” (1976), é uma compilação de suas entrevistas mais importantes. Outras obras notáveis incluem “Carta a um Criança Nunca Nascida” (1975), um livro em formato de carta que aborda questões sobre maternidade e a condição humana.
Fallaci também foi autora de romances, incluindo “Um Homem” (1979) e “Inshallah” (1990). Seus escritos refletem suas experiências, visões políticas e uma profunda preocupação com questões sociais e culturais.
Ao longo de sua carreira, Oriana Fallaci foi alvo de controvérsias, especialmente devido às suas posições políticas e opiniões francas. Ela permaneceu ativa no jornalismo até o final de sua vida, enfrentando desafios de saúde enquanto continuava a expressar suas opiniões fortes e inabaláveis.
Legado
Oriana Fallaci deixou um legado significativo no jornalismo, sendo reconhecida por sua coragem, intelecto afiado e abordagem única na arte da entrevista. Sua influência estende-se para além da Itália, impactando o jornalismo global e inspirando gerações de repórteres e escritores.
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O Renascimento italiano definiu padrões estéticos e técnicos que ecoaram por séculos, até os dias de hoje, e a arte contemporânea italiana desafia esses paradigmas, redefinindo constantemente as fronteiras da expressão artística. Hoje poderemos explorar um pouco desse mundo tão cheio de significados. E quando falamos de arte, neste caso, não nos limitaremos a falar apenas da arte da pintura. Veremos como a interação entre a arte contemporânea italiana e a tradição clássica do Renascimento revela um diálogo fascinante que ultrapassa as fronteiras da Itália, e também os limites do estilo e das épocas.
A arte moderna contemporânea
É interessante começarmos pensando que a ideia do termo “arte contemporânea” é absolutamente relativa. Imagine quem pôde andar pelas ruas de Firenze e avistar Michelangelo atravessando a rua. Essa pessoa que pôde viver ao mesmo tempo que os grandes pintores renascentistas não olhava para aquelas artes como artes necessariamente “clássicas” ou “renascentistas”, eram artes de seu próprio tempo, ou poderíamos dizer “artes contemporâneas“. Os mestres se tornam inquestionavelmente clássicos conforme o tempo passa e as gerações seguintes olham e revisitam as obras com o conhecimento de um outro tempo, futuro.
“Albero porta cedro”, de Giuseppe Penone, 2012
Nesse sentido, é muito importante compreendermos que as influências de cada período só são entendidas e medidas de acordo com a durabilidade da presença de determinadas criações. Por outro lado, o mundo moderno, globalizado, apresentou uma nova possibilidade de disseminação internacional: as artes hoje viajam o mundo numa velocidade impensável no tempo do Renascimento. O que é produzido hoje na Itália já pode ser visto em qualquer parte do mundo em questão de minutos, e assim as influências e as inspirações também ganharam novo poder e mais intensidade.
Influências duradouras
A rica tradição artística da Itália não se limita aos mestres renascentistas, mas continua a prosperar no cenário contemporâneo, contribuindo de maneiras inovadoras e emocionantes para a cena global da arte. Neste contexto, exploraremos a influência da arte contemporânea italiana, destacando três artistas que desempenham papéis cruciais na moldagem dessa narrativa contemporânea.
A influência do Renascimento é evidente em muitos artistas contemporâneos italianos, que, embora estejam conscientes da rica herança artística do passado, optam por subverter e reinterpretar essas tradições.
Um dos artistas que se destacam na vanguarda da cena artística italiana é Maurizio Cattelan, nascido em 1960, em Pádua. Ele se destaca por criar esculturas e espaços, gerando uma ideia de cenário. Assim como a pintura, a arte de Maurizio Cattelanpermite uma avaliação da cena e dos sentidos que se complementam quando observamos cada elemento e analisamos a maneira como eles criam uma história.
Essas criações são provocativas e muitas vezes satíricas, assim Cattelan desafia as convenções artísticas tradicionais, provocando há décadas uma reflexão crítica sobre temas sociais e religiosos, lembrando-nos da habilidade renascentista de questionar e desafiar as normas estabelecidas.
Seu trabalho transcende as fronteiras da escultura e da performance, oferecendo uma crítica afiada à sociedade contemporânea. Uma de suas obras mais emblemáticas, “La Nona Ora” (A Nona Hora), apresenta uma escultura de cera do Papa João Paulo II atingido por um meteorito; estão aí temas de poder, religião e mortalidade de maneira provocativa e única.
“La Nona Ora,” arte que imagina o Papa João Paulo II atingido por um meteorito, é parte da exposição “Maurizio Cattelan: Be Right Back
Essa capacidade de Cattelan de criar obras que provocam reflexões profundas, enquanto desafiam as expectativas estéticas, não é a única razão de ele estar no epicentro da influência artística italiana. Outro bom exemplo de sua arte demonstra sua sensibilidade para questões do cotidiano. É uma das figuras de sua exposição chamada Breath Ghosts Blind: uma escultura em mármore Carrara que representa um homem e um cachorro, deitados um de frente para o outro. O espaço em torno não recebeu decorações, foi deixado completamente escuro, com uma única luz que ilumina as duas figuras. Podemos ver assim, por exemplo, a intimidade e a união e chegar a uma sensação de que a existência de uma é essencial para a existência da outra.
Intitulada “Respiração”, é parte da exposição “Breath Ghosts Blind”
Outro nome que destacamos é Francesco Clemente, nascido em 1952, em Nápoles. Com sua fusão única de estilos, dialoga diretamente com o ecletismo renascentista, que também combinava influências diversas.
Sua criação artística é uma mescla ousada que reflete uma exploração da identidade, da espiritualidade e das culturas, no plural mesmo, porque Francesco Clemente desafia categorizações convencionais, fundindo elementos do Oriente e do Ocidente. Suas obras são figurativas e simbólicas e revelam uma visão singular que transcende as fronteiras culturais, destacando-se como uma expressão inovadora na cena artística global, não apenas na Itália.
Exposição “Francesco Clemente: Palimpsesto”
Para finalizar nossa seleção, escolhemos Giuseppe Penone, um nome de grande influência. Ao esculpir árvores para revelar camadas internas, ele evoca a ênfase renascentista na observação detalhada da natureza. Ele nasceu em Garessio, em 1947 e vive em Turim, na Itália. É um escultor de renome internacional, conhecido por suas esculturas especialmente originais: são feitas em grande escala, com árvores, e revelam muito de um pensamento crítico sobre a ligação entre o homem e o mundo natural, dialogando bastante com os movimentos que buscam chamar atenção para as consequências das mudanças climáticas.
Seus primeiros trabalhos são frequentemente associados ao movimento “Arte povera”, que data da segunda metade dos anos 1960, quando dava-se ênfase à ideia de um trabalho artístico cujo processo poderia ganhar muito com o uso de materiais e elementos não convencionais no campo da arte. Em 2014, Penone recebeu o prestigioso prêmio Praemium Imperiale. É possível conhecer de perto a obra de Penone aqui no Brasil, em Inhotim, Minas Gerais.
Giuseppe Penone trabalhando
Em obras como “Albero” (Árvore), ele esculpe árvores para revelar os anéis de crescimento internos, enfatizando a conexão intrínseca entre a natureza e a experiência humana. Sua arte traz uma perspectiva única para a cena artística contemporânea, desafiando os espectadores a reconsiderar sua relação com o mundo natural em um contexto cada vez mais tecnológico.
Podemos começar a ver como a arte contemporânea italiana não é uma ruptura, mas uma conversa dinâmica com o Renascimento, demonstrando que, mesmo em meio à inovação e experimentação, a influência duradoura da tradição clássica continua a inspirar e moldar a expressão artística contemporânea.
Em conjunto, Cattelan, Clemente e Penone exemplificam a diversidade e a profundidade da arte contemporânea italiana. Suas obras desafiam as tradições, exploram novas fronteiras conceituais e, ao fazê-lo, enriquecem a paisagem artística global. Ao olharmos para além dos estereótipos e clichês associados à arte italiana, encontramos uma narrativa artística vibrante e em constante evolução, que continua a moldar e inspirar o cenário artístico contemporâneo em todo o mundo.
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Artemisia Gentileschi, uma das pintoras mais talentosas do período barroco, deixou uma marca indelével na história da arte italiana e mundial. Sua vida e obra são testemunhos de perseverança, talento e determinação em um mundo dominado por homens. Neste artigo, exploraremos a vida e as contribuições significativas dessa artista extraordinária.
Autorretrato como Santa Catarina de Alexandria, Artemisia Gentileschi
Artemisia nasceu em Roma, em 8 de julho de 1593, filha do pintor Orazio Gentileschi. Desde cedo, demonstrou um talento excepcional para a pintura, e seu pai a instruiu nas técnicas artísticas. Com apenas 17 anos, ela produziu uma de suas obras mais icônicas, “Susanna e i vecchioni” (Susana e os Velhos), que tornou logo incontestável sua habilidade em representar homens e mulheres de forma realista e emocional.
Susanna e i vecchioni (1610), Artemisia Gentileschi
No entanto, a vida de Artemisia não foi marcada apenas pelo talento artístico. As grandes dificuldades enfrentadas por ela, simplesmente por ser uma mulher em uma profissão dominada por homens, marcaram sua história e fizeram dela um nome por muito tempo invisibilizado pela história da arte.
Em 1611, Artemisia foi vítima de um estupro cometido por Agostino Tassi, um pintor que trabalhava com seu pai. O julgamento subsequente, que se tornou um escândalo público, trouxe grande sofrimento e humilhação para Artemisia, mas também demonstrou sua determinação em buscar justiça.
As obras de Artemisia
As pinturas de Artemisia Gentileschi são notáveis pela naturalidade da sua representação realista. Em suas pinceladas é possível encontrar influências do realismo de Caravaggio (com o uso dramático da técnica chamada chiaroscuro, caracterizada pelo jogo de contrastes na utilização de cores claras e escuras). Ao mesmo tempo, não abriu mão da linguagem de cores do barroco, muito difundida na Escola de Bolonha, de onde destacou-se principalmente Annibale Carracci.
Maria Madalena como Melancolia (1622~1625), Artemisia Gentileschi
As obras de Artemisia muitas vezes apresentam heroínas bíblicas e mitológicas que demonstram força, coragem e resiliência. Um exemplo notável é “Judite decapitando Holofernes”, uma das obras mais famosas de Artemisia, que retrata a heroína bíblica Judite em um ato de coragem ao enfrentar o general assírio para libertar seu povo.
A característica dramática do contraste entre luz e sombra, aliada à visão de mundo que, como mulher, lhe era pessoal, conferia às suas pinturas uma leitura diferente das expressões e dos significados das cenas retratadas e, por consequência, uma qualidade teatral e intensa que a tornou uma das figuras mais importantes do movimento barroco.
Reconhecimento e legado
Ao longo de sua carreira, Artemisia Gentileschi enfrentou desafios extraordinários, mas sua paixão pela arte a impulsionou a continuar pintando. Ela eventualmente conquistou reconhecimento e renome, tornando-se a primeira mulher a ser admitida na Academia de Artes de Florença.
Autorretrato, Artemisia Gentileschi
Até os dias de hoje, o legado de Artemisia continua a inspirar artistas, e mesmo mulheres não envolvidas com a arte. Sua habilidade em dar voz e poder às mulheres em suas pinturas desafiou as convenções de sua época e continua a ressoar com o público contemporâneo. Museus e galerias de todo o mundo exibem suas obras, e suas pinturas são frequentemente estudadas como exemplos de empoderamento feminino na arte.
O legado de Artemisia continua a brilhar como um farol para artistas e defensores de uma sociedade justa, lembrando-nos da importância de desafiar as normas e expressar a própria voz. Suas obras não apenas resistem à passagem do tempo, mas também continuam a influenciar e inspirar gerações futuras de artistas e admiradores da arte. Artemisia Gentileschi é uma verdadeira pioneira cuja contribuição à história da arte não pode ser subestimada.
A Virgem e criança (1613) de Artemisia Gentileschi
A jornada dessa brilhante artista, desde a infância talentosa até o reconhecimento como uma das principais pintoras do Barroco, é inspiradora e continuará sendo, contanto que não deixemos de citá-la entre os tantos gênios do Renascimento. Sua capacidade de representar mulheres de maneira realista e poderosa, tanto na arte como na realidade da vida cotidiana, pode seguir alcançando gerações e gerações, de todas as culturas. Apesar dos obstáculos que enfrentou como mulher no mundo das artes, sua obra e sua vida registrada em diários, é um testemunho de sua genialidade, sua resiliência e sua determinação.
A história da Itália é repleta de figuras notáveis, e especialmente no período do Renascimento, destacar-se não era uma tarefa para qualquer pessoa; era necessário lançar sua obra a um público acostumado a gigantes como Da Vinci, Michelangelo, Rafael e Caravaggio. Por isso mesmo, é imenso o valor de podermos dizer que a história da arte, italiana e mundial, tem Artemisia como uma das maiores genialidades, uma joia que deixou um legado de influência e de significações que deve ser guardado, lembrado, relembrado e levado adiante, propagado sempre que pensarmos nesse período da História.
Se você quiser ver mais obras de Artemisia Gentileschi, clique aqui, o catálogo está na wikiart.org, que é uma Enciclopédia de Artes Visuais!
Agora aproveite para caminhar pelas ruas de Firenze, onde Artemisia Gentileschi tanto caminhou, quando se inspirava e estudava para as suas criações geniais. Basta se juntar ao Prof. Darius, que explorou as preciosidades que os turistas podem encontrar em Florença, uma das cidades italianas mais conectadas à História da Arte!
É só clicar aqui para começar a sua viagem e anotar as dicas de ouro de tudo que você pode encontrar por lá!