Cinecittà é um famoso bairro localizado em Roma, conhecido por seu estúdio cinematográfico homônimo, Cinecittà Studios. Este estúdio é o maior da Europa e tem uma longa história ligada à indústria cinematográfica italiana.
O bairro foi originalmente concebido como um empreendimento para promover o cinema italiano durante o regime fascista, por isso foi fundado por Benito Mussolini em 1937. Ao longo dos anos, mesmo após a queda do regime fascista, o bairro tornou-se um importante centro de produção cinematográfica na Europa. Muitos filmes clássicos italianos foram filmados lá, incluindo La Dolce Vita (1960), de Federico Fellini, e até mesmo produções de Hollywood, como o épico Ben-Hur (1959), de William Wyler, que utilizou extensivamente esses estúdios para recriar o esplendor da Roma Antiga.
A arquitetura dos estúdios de Cinecittà é única, contando com conjuntos arquitetônicos versáteis e temáticos, permitindo que diretores criem ambientes específicos para seus filmes. Isso contribuiu para a flexibilidade do estúdio em acomodar uma variedade de gêneros cinematográficos.
Desde reproduções precisas de templos antigos até bairros modernos, o estúdio oferece uma rica variedade de cenários. Curiosidades incluem o uso engenhoso de perspectivas forçadas e a habilidade de transformar um conjunto em diferentes locações, permitindo que uma única rua sirva como pano de fundo para cenários distintos em filmes diferentes.
Para se fazer um paralelo, aqui no Brasil, conhecemos algo próximo disso: os estúdios do Projac, da Rede Globo, cuja versatilidade permitiu que muitas cenas de novelas temáticas da Itália, como Terra Nostra e Esperança, fossem gravadas com uma qualidade fidedigna sem que os atores precisassem estar o tempo todo fora do Brasil.
O bairro
E Cinecittà também é um bairro como outro qualquer. Além de estúdio cinematográfico, esse nome se refere também a um bairro residencial em Roma. Com uma mistura de áreas residenciais e comerciais, o bairro tem uma atmosfera única e é conhecido por seus espaços verdes.
A atmosfera do bairro mantém uma ligação com sua história cinematográfica. Existem murais e elementos decorativos que celebram o mundo do cinema, dando ao bairro uma sensação única e artística.
Atrações e Cultura
O bairro é rico em atrações culturais, incluindo o Museu Cinecittà Si Mostra, que oferece uma visão fascinante dos bastidores do cinema italiano e internacional.
Parque Cinecittà World
Além do estúdio e do bairro, Cinecittà também abriga um parque temático chamado Cinecittà World, que oferece atrações e entretenimento baseados no mundo do cinema, proporcionando uma experiência imersiva para os visitantes.
Você imaginava que existia tudo isso num bairro de Roma?!
Gostaria de conhecer?
Com certeza pode valer a pena, principalmente se você ama cinema! Cinecittà é um bairro multifacetado, que nos permite viajar no tempo e conhecer também a rica contribuição italiana à história do cinema internacional.
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A Toscana, uma região encantadora no coração da Itália, é um cenário idílico onde a língua italiana se torna mais do que palavras; ela se entrelaça com a cultura, a história e a beleza deslumbrante do Val d’Orcia. Para aqueles que estão imersos no estudo do italiano, uma jornada por essa paisagem de colinas suaves e vilarejos medievais (muitas vezes comparados a paisagens de contos de fadas) não é apenas uma viagem, mas uma oportunidade única de aprendizado e descoberta.
Val d’Orcia
O Val d’Orcia é uma região que abrange uma paisagem belíssima de colinas ondulantes, vales exuberantes e vilarejos pitorescos. Reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2004, é uma área sempre lembrada por sua beleza cênica e suas características paisagens rurais que exemplificam uma tão sonhada harmonia entre os humanos e a natureza. Mas outra lição que o Val d’Orcia pode oferecer é o encontro com a língua viva, que ressoa nas conversas dos habitantes locais. Ao percorrer as ruas de Pienza, por exemplo, um tesouro do Renascimento italiano, onde o ar está impregnado com o aroma de queijo pecorino, com vistas espetaculares que se desdobram diante dos olhos a cada curva, as palavras italianas ganham vida. Em regiões como essa, a prática do idioma pode ocorrer mais naturalmente, enquanto se interage com os comerciantes locais, sem a pressa das metrópoles, tendo tempo e espaço para pedir conselhos sobre os melhores sabores ou para aprender mais sobre as tradições artísticas preservadas nas lojas de artesanato.
A imersão na língua italiana pode continuar nos vinhedos exuberantes que pontilham as colinas do Val d’Orcia. Em Montalcino, a terra do prestigiado Brunello di Montalcino, os amantes do italiano podem participar de degustações de vinho, não apenas apreciando os sabores robustos da região, mas também mergulhando nas nuances da língua enquanto discutem as características da colheita com os produtores locais. Aprender italiano no Val d’Orcia pode ser, portanto, uma experiência sensorial.
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Paisagens dos sonhos
A região do Val d’Orcia, com suas colinas suaves, fileiras de ciprestes e vilarejos medievais, tem sido também uma fonte de inspiração para artistas, escritores e fotógrafos ao longo dos séculos.
A história que permeia cada rua de Montepulciano ou cada muralha de San Quirico d’Orcia é outra lição valiosa para quem busca compreender a riqueza cultural da Itália. Os monumentos medievais, igrejas antigas e praças vibrantes são testemunhas silenciosas de séculos de história, e a língua italiana torna-se uma ponte para desvendar essas narrativas. Guias locais compartilham histórias fascinantes em italiano, transformando as ruínas em crônicas vivas e proporcionando uma experiência de aprendizado que vai além das páginas dos livros.
A beleza do Val d’Orcia não se limita apenas aos olhos; é um convite para explorar o idioma italiano com todos os sentidos. É como se fosse possível transformar cada passeio em aulas ao ar livre, sob a sombra de antigas oliveiras, ou caminhando pelas ruelas de cada comune, que proporcionam um ambiente de aprendizado incomparável. A vibração da língua surge naturalmente em meio às paisagens pitorescas e nos pequenos estabelecimentos, onde cada palavra é complementada pela brisa suave e pelos aromas envolventes do que se descobre pelo caminho.
Viajar pelo Val d’Orcia é, portanto, mais do que uma jornada turística; é uma aula prática de italiano que se desenrola nas ruelas de pedra e nos vinhedos banhados pelo sol. À medida que as palavras se tornam diálogos, e os diálogos se entrelaçam com a rica cultura toscana, o aprendizado do italiano transcende a sala de aula tradicional, transformando-se em uma experiência imersiva que perdura na memória e no coração.
Aprender italiano com a ITALICA pode ser assim, à distância ou em solo do Bel Paese, levando na bagagem o conhecimento que apresentamos em cada conteúdo.
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Na região montanhosa da Basilicata, no sul da Itália, encontra-se uma cidade que parece ter surgido de um filme de fantasia. Matera, com sua paisagem única de cavernas esculpidas nas colinas, é um dos destinos mais fascinantes e exclusivos da Itália. São conhecidos como “sassi”, porque o termo deriva do latim “saxum“, que significa “colina” ou “grande pedra“. São casas construídas umas sobre as outras, unidas por ruas sinuosas e escadarias íngremes, habitadas desde a antiguidade até o meio do século passado.
Esses antigos assentamentos humanos nas grutas e nas ravinas oferecem uma visão extraordinária da convivência harmoniosa entre a humanidade e a natureza ao longo dos séculos, mas é também um caminho para conhecermos a história de desafios de sobrevivência e, especialmente, da superação de Matera, cidade que era chamada de “uma vergonha nacional”, até se tornar orgulho e patrimônio mundial.
Os primeiros assentamentos
A história de Matera remonta a milênios, com evidências de assentamentos humanos na área que datam de mais de 10.000 anos atrás. A cidade é considerada uma das mais antigas a terem sido continuamente habitadas. Os primeiros habitantes escavaram as colinas rochosas para criar abrigos nas grutas naturais. Com o tempo, essas cavernas foram expandidas e adaptadas para a vida humana.
A singularidade dos sassi de Matera reside na sua arquitetura de pedra crua, que se mistura perfeitamente com a paisagem circundante. As casas, igrejas e lojas são escavadas diretamente nas encostas das colinas, criando um cenário impressionante de habitações interconectadas. As ruas estreitas serpenteiam pelas ravinas, e as praças oferecem vistas deslumbrantes das formações rochosas e das planícies circundantes.
O renascimento dos sassi
No século XX, Matera passou por um período sombrio, com condições de vida nas cavernas que eram insalubres e inadequadas para os padrões modernos. Em 1952, o governo italiano tomou medidas drásticas, realocando a população das grutas para novos bairros. A cidade foi parcialmente abandonada e ganhou a reputação de “vergonha nacional”.
No entanto, a situação começou a mudar nas décadas seguintes. Nos anos 80, projetos buscaram soluções, como a do financiamento de famílias que quisessem viver na cidade. E em 1993, a UNESCO reconheceu o valor dos sassi de Matera, declarando-os Patrimônio Mundial. Esse reconhecimento trouxe uma nova luz à cidade, levando ao investimento em restaurações e a gradual revitalização dos espaços públicos. Os “sassi” começaram a atrair artistas, artesãos e visitantes curiosos, que viram o potencial de Matera como um local de beleza e história incomparáveis.
Um cenário de cinema
Os sassi de Matera não são apenas um marco arquitetônico, mas também um cenário cinematográfico impressionante. A cidade tem uma aura única que a tornou um local ideal para representar cenários bíblicos e históricos, assim foi no princípio, quando filmes famosos foram filmados ali, incluindo “O Evangelho segundo São Mateus” (Pier Paolo Pasolini, 1964), “A Paixão de Cristo” (Mel Gibson, 2004), “The Nativity Story” (Catherine Hardwicke, 2006 ) e “Ben-Hur” (Timur Bekmambetov, 2016). Depois dessa popularização, outros gêneros viram no espaço de Matera a estética ideal para suas histórias, como “007 – Sem Tempo para Morrer” (Cary Fukunaga, 2021). E paisagens de Matera foram até utilizadas como ambientação na criação da fictícia cidade de Themyscira, nas gravações de Mulher-Maravilha (Patty Jenkins, 2017).
Os “sassi” proporcionam uma atmosfera nostálgica que enriquece a narrativa e a estética dos filmes. A cidade continua a atrair cineastas de todo o mundo, que buscam a autenticidade e a beleza das locações naturais de Matera.
Turismo responsável e sustentabilidade
Com o aumento do turismo, Matera enfrentou o desafio de equilibrar a preservação de seu patrimônio histórico com a necessidade de desenvolvimento econômico. As autoridades locais estão comprometidas em garantir que o turismo seja sustentável e benéfico para a cidade e seus habitantes. Restrições cuidadosamente gerenciadas ao desenvolvimento e regulamentos de restauração garantem que a autenticidade dos “sassi” seja mantida.
Matera agora oferece uma experiência única para os visitantes, com acomodações em hotéis espetaculares nas grutas e com restaurantes que servem pratos tradicionais. Os passeios a pé pelos “sassi” permitem que os turistas mergulhem na história e na cultura da cidade.
Poder ver de perto essas estruturas, e entender os caminhos que a humanidade precisou trilhar para constituir sociedades e culturas, é testemunhar a capacidade humana de se adaptar ao ambiente de maneira criativa e sustentável. Em Matera, os turistas fazem uma viagem pela História, podendo olhar não apenas para um passado difícil, mas também para o futuro, vendo no presente uma possibilidade de redenção.
Por todas essas razões, pudemos entender como é importante a preservação cuidadosa do patrimônio de Matera, para que as futuras gerações possam apreciar a beleza e a singularidade deste local fascinante. Matera é verdadeiramente um tesouro italiano que merece ser descoberto e admirado.
Aproveite para assistir ao nosso registro feito em Matera, quando gravamos as descobertas do Prof. Darius, acompanhado da guia turística local, Giusy Schiuma, que apresentou tudo e mais um pouco dessa cidade incrível!
Burgos italianos são cidades fortificadas, tesouros da civilização medieval que a Itália abriga nos topos das colinas, feito miniaturas saídas dos sonhos. Essas cidades estão localizadas nos topos das montanhas por uma boa razão, como veremos ao longo do texto de hoje. Nos burgos, encontramos ruas estreitas e uma arquitetura encantadora, com edificações que há séculos são testemunhas silenciosas do florescimento da cultura e da sobrevivência de uma sociedade que enfrentou desafios do período das invasões dos bárbaros.
Burgos medievais: vimos de perto!
Em uma de nossas viagens, descobrimos uma Cidade Fantasma, localizada no Monte Antuni, que nos ensinou muito sobre o período de formação dos burgos.
Aprendemos com o nosso guia Giovanni Giovanelli que os burgos foram vilarejos medievais construídos geralmente no topo das colinas, por conta de sua posição estratégica na defesa contra invasões, que eram constantes na Idade Média. Foi um período da história chamado de “encastelamento”. Era um tempo em que os castelos não eram necessariamente luxuosos, como aqueles que imaginamos quando pensamos na aristocracia: eram construções que prestavam apenas ao objetivo de defender o povo nos momentos de perigo.
Uma era de fragmentação
Durante a Idade Média, a Itália não era uma nação unificada, como a conhecemos hoje. Era uma terra fragmentada, dividida em pequenos reinos e cidades-estado. Foi nesse cenário que os burgos medievais começaram a surgir. Essas cidades fortificadas eram construídas em colinas e montanhas, estrategicamente posicionadas para defesa contra invasões. Suas muralhas imponentes e portões maciços eram testemunhas de uma época de incerteza e conflito.
Por isso, caminhar pelas ruas de um burgo medieval é como fazer uma jornada no tempo. Ruas de paralelepípedos, casas de pedra e praças pitorescas criam uma atmosfera encantadora. Muitos desses burgos são notáveis também por suas igrejas ornamentadas, cujas fachadas e interiores são testemunhos da devoção religiosa e do talento artístico da época, que resistiam a um período de sobrevivência, muitas vezes graças às contribuições dos cidadãos do burgo, que se juntavam em doações para garantir que o espaço público contasse com a construção de uma área de comunhão. Nesse caso, a fé se provava mais uma aliada, tanto do ponto de vista da fé, como nas questões práticas da defesa física do espaço. As igrejas antigas faziam parte da fortificação, como um complexo defensivo que podia se unir às torres de um burgo, criando um único corpo de abrigo e defesa. Um bom exemplo disso é a Igreja de San Giovanni Evangelista que pudemos ver de perto, em Castel di Tora.
Comércio, cultura e os riscos das construções no topo das colinas
Os burgos medievais não eram apenas fortalezas defensivas, mas também centros de comércio e cultura. Suas localizações estratégicas ao longo de rotas comerciais importantes permitiam o florescimento do comércio. Os artesãos locais produziam artigos de luxo, como jóias, tapeçarias e cerâmica, que eram exportados para outras regiões da Europa.
Além disso, essas cidades fortificadas eram frequentemente centros de aprendizado e cultura. Mosteiros e escolas desempenhavam um papel fundamental na preservação do conhecimento e na educação. Os manuscritos iluminados e os tratados filosóficos produzidos nesses burgos medievais ainda são estudados e admirados hoje em dia.
Civita di Bagnoregio
Outro burgo impressionante que pudemos conhecer de perto é o da Civita di Bagnoregio.
Imagine uma cidade medieval nas nuvens, correndo o risco de desaparecer porque foi construída no topo de uma montanha que está se desfazendo devido à erosão. Ela existe, está na Itália e nós tivemos a chance de aprender muito com as pessoas que encontramos no local, como um geólogo, com quem cruzamos por acaso, e que pôde nos explicar em detalhes sobre o processo de erosão que ameaça a existência desse burgo.
Bagnoregio é uma comuna italiana de apenas 3 mil habitantes, que está ligada ao topo de uma montanha por uma ponte. Do outro lado da ponte existe uma outra cidade, Civita di Bagnoregio, uma espécie de cidadezinha-satélite, localizada no topo de uma elevação montanhosa que os geólogos chamam de “sperone tufaceo” (esporão tufáceo). Para entrarmos, só mesmo atravessando a pé a ponte, sabendo que do outro lado nos espera uma história sem igual em todo o mundo!
Civita di Bagnoregio foi onde nasceu São Boaventura, em 1274. O local onde existia sua casa de infância já caiu à beira do precipício há muito tempo, em função do ritmo acelerado da erosão, que faz as camadas de barro e pedra deslizarem. Aos poucos, a cidade se torna uma ilha. Por tudo isso, é claro que poucas pessoas iriam querer continuar vivendo ali. A população hoje varia entre apenas cerca de 12 pessoas no inverno, e aproximadamente 100 no verão!
Para assistir nossa visita a esse lugar incrível, é só clicar aqui!
Há milênios, os romanos podiam frequentar uma espécie de clube, com piscinas monumentais para banho público. Pode parecer algo apenas da modernidade, mas isso era uma realidade do Império. As Termas de Diocleciano, em italiano “Terme di Diocleziano,” foram um complexo de banhos públicos construído em Roma durante o reinado do imperador romano Diocleciano, que governou de 284 a 305 d.C. Este complexo era uma das maiores e mais grandiosas instalações termais da Roma Antiga.
As Termas de Diocleciano eram conhecidas por sua arquitetura impressionante e sua capacidade de acomodar um grande número de pessoas.
Além dos banhos termais, o complexo também continha uma série de outras instalações, como bibliotecas, áreas de exercício, jardins e espaços para entretenimento cultural.
Após a queda do Império Romano, as Termas de Diocleciano foram em grande parte abandonadas e, com o tempo, muitas de suas estruturas foram reaproveitadas para outros fins. Partes do complexo foram convertidas em igrejas cristãs. A mais famosa delas é a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, construída no século XVI na parte central do complexo.
Hoje em dia, as Termas de Diocleciano abrigam o Museu Nacional Romano, que exibe uma extensa coleção de artefatos e esculturas romanas, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar a história e a cultura da Roma Antiga.
Curiosidades sobre Termas
Algumas curiosidades ajudam a visualizar um pouco do que é caminhar ao redor das Termas hoje em dia e do que teria sido chegar à Roma Antiga e adentrar um espaço suntuoso como esse. Ao longo dos últimos séculos, os arredores ganharam construções e monumentos que não estavam no projeto inicial.
Obelisco egípcio
O obelisco de Dogali é um exemplo; é um dos treze obeliscos de Roma, localizado na Avenida Luigi Einaudi, perto das Termas de Diocleciano. Foi encontrado em 1883 por Rodolfo Lanciani, perto da igreja Santa Maria sopra Minerva.
Estação ferroviária Termini
A Estação Ferroviária Termini tem esse nome justamente por causa das termas. A Stazione Termini, conhecida também como Roma Termini, é localizada no bairro que tem esse nome devido à proximidade das termas de Diocleciano. Essa é hoje uma das principais estações de trem de Roma, e foi construída no século XIX, com a entrada principal localizada de frente para as Termas.
Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri
Como já dissemos, parte das Termas de Diocleciano foi convertida em uma igreja no século XVI, conhecida como a Basilica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri. A igreja preserva muitos elementos arquitetônicos originais das termas, incluindo as abóbadas e colunas, tornando-a um exemplo notável de como estruturas romanas antigas foram reutilizadas no contexto cristão.
Descoberta de ruínas Subterrâneas
Durante escavações e restaurações nas Termas de Diocleciano e nas áreas circundantes, foram feitas descobertas de ruínas subterrâneas, como corredores e câmaras, que não eram amplamente conhecidos. Isso revelou a complexidade da arquitetura das termas e a infraestrutura subjacente.
Uso dos Materiais
Durante a Idade Média e o Renascimento, muitos dos materiais de construção das Termas de Diocleciano foram retirados e utilizados em outras construções em Roma. Isso inclui a utilização de mármore e outros elementos arquitetônicos das termas em edifícios mais recentes da cidade.
A história das Termas de Diocleciano e suas descobertas arqueológicas continuam a ser uma área de interesse para estudiosos e arqueólogos, proporcionando insights valiosos sobre a arquitetura e a evolução do patrimônio histórico de Roma.
Alguns estudiosos se debruçam inclusive sobre a possibilidade de imaginar e simular o espaço original, para vermos como teriam sido as termas em seu tempo de glória. É o que já foi exercitado em vídeos como este, e é o que podemos ver na imagem abaixo:
Expansão das exposições do Museu Nacional Romano
O Museu Nacional Romano é dividido em mais de um endereço, um deles é localizado nas Termas de Diocleciano, que tem uma coleção de achados arqueológicos em expansão ao longo dos anos. Muitos artefatos e esculturas romanos notáveis foram adicionados às exposições, proporcionando uma visão abrangente da história e da cultura romana.
As Termas de Diocleciano, localizadas no coração de Roma, são um espaço histórico que vale a pena ser visitado por turistas. Este complexo monumental não conta só com uma arquitetura magnífica, mas com uma história viva, graças ao reaproveitamento do espaço para finalidades de enriquecimento cultural.
As áreas internas são um exemplo impressionante da habilidade e grandiosidade arquitetônica romana. Suas enormes estruturas, abóbadas e colunas proporcionam uma visão da engenharia avançada da época, que resiste bravamente, em beleza e na qualidade estrutural, até os dias de hoje.
As Termas de Diocleciano estão convenientemente localizadas, tornando fácil a visita a outras atrações notáveis de Roma, como o Coliseu e o Fórum Romano.
Turistas podem caminhar de um espaço a outro sem demora, e explorar uma vasta coleção de artefatos e esculturas romanas no Museo Nazionale Romano, um tesouro histórico que oferece uma janela para o passado glorioso de Roma, com uma oportunidade de vivenciarmos um pouco do que teria sido deslumbrar-se com o cotidiano de uma das maiores civilizações da história. A visita a este espaço é uma experiência atemporal e enriquecedora para qualquer turista que deseje explorar a riqueza cultural e histórica de Roma.
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A Puglia, localizada no sul da Itália, é uma região que abriga uma riqueza inigualável de belezas naturais e culturais. Se você viu algum dos nossos conteúdos recentes em nossas redes sociais, certamente notou que fizemos uma viagem muito especial, justamente para a Puglia. É hora então de começarmos a falar um pouco dessa região também por aqui! Conhecida como o “salto da bota” da Itália, devido à sua localização geográfica, a Puglia é um tesouro ainda não totalmente descoberto pelos turistas internacionais, embora seja um destino de sonho para aqueles que buscam uma experiência autêntica na Itália.
Uma das características mais marcantes da Puglia é a paisagem repleta de campos de oliveiras intermináveis. A região é famosa por produzir grande parte do azeite de oliva italiano, e a vista dos olivais que se estendem até onde a vista alcança é simplesmente deslumbrante. Ao percorrer as estradas rurais da Puglia, você será cercado pela beleza serena das árvores de oliva e seus frutos dourados que dançam com a brisa suave do mar Adriático.
E o que explica essa especialidade da região é que o clima mediterrâneo se combina com a típica terra vermelha da Puglia e cria um espaço perfeito para a produção dos azeites de oliva extra virgem, classificados com o selo DOP (Denominação de Origem Protegida); das seguintes áreas:
Dauno (Toda a província de Foggia: Daunia, Tavoliere delle Puglie e Gargano);
Terra di Bari (Províncias de Bari e Barletta–Andria–Trani);
Terra d’Otranto (Toda a província de Lecce e algumas cidades das províncias de Taranto e Brindisi);
Terre Tarantine (Cidades da zona oeste da província de Taranto);
Collina di Brindisi (Província de Brindisi).
Além dos olivais, a Puglia possui uma extensa costa banhada pelo Mar Adriático e pelo Mar Jônico. Suas praias são famosas por suas águas cristalinas e enseadas pitorescas. Destacam-se praias de valor histórico, como a Praia do Porto Badisco (foi nela, segundo o poeta grego Virgílio, que Eneias desembarcou ao conseguir fugir de Tróia), e praias paradisíacas, como a Praia de Punta Prosciutto (também chamada de Palude del Conte), conhecida por sua areia fina e águas rasas. A Puglia oferece um refúgio tranquilo para os amantes de praias que desejam escapar das multidões.
Mas a beleza da Puglia não está limitada apenas à sua paisagem natural. A região é rica em história e cultura, com inúmeras cidades e vilarejos medievais que parecem ter parado no tempo. Um exemplo notável é Alberobello, um local declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, famoso por seus trulli, que são casas com o formato de um cone, feitas de pedra e que remontam ao século XV. Essas construções únicas e encantadoras fazem de Alberobello um lugar verdadeiramente mágico para explorar. E é claro que nós passamos por lá em nossa viagem, e você verá tudo em nossas redes!
Outra cidade que merece destaque é Lecce, conhecida como a “Florença do Sul” devido à sua arquitetura barroca deslumbrante. Os edifícios ricamente ornamentados, as igrejas espetaculares e as praças elegantes fazem de Lecce um destino culturalmente enriquecedor. Você pode passear pelas ruas de paralelepípedos, admirar a detalhada fachada da Basílica de Santa Croce e saborear a culinária local em um dos muitos restaurantes encantadores.
A Puglia também é famosa por sua gastronomia única. Sendo uma região costeira, os frutos do mar desempenham um papel fundamental na culinária local. Pratos como o “orecchiette con le cime di rapa” (massa em forma de orelha com brócolis rabe) e o “pesce al cartoccio” (peixe cozido em papel alumínio com ervas e azeite de oliva) são deliciosos exemplos da tradição gastronômica da Puglia. Não se esqueça de experimentar o azeite de oliva extra virgem produzido na região, que é considerado um dos melhores do mundo.
Mesmo vendo e revendo de longe, pelas fotos e vídeos que estamos preparando para vocês, as memórias nos tomam e sentimos todas as experiências outra vez. Puglia é realmente um destino de tirar o fôlego, que oferece uma combinação única de beleza natural, história rica, cultura vibrante e gastronomia excepcional. Se você busca uma experiência autêntica na Itália, longe das multidões de turistas, a Puglia é o lugar ideal para conhecer uma Itália que vive na tranquilidade, e assim descobrir melhor todos os seus tesouros escondidos. A região merece, sem dúvida, um lugar de destaque em sua lista de destinos a explorar na Itália.
Agora aproveite e comece a assistir aos vídeos que já publicamos sobre esta e também outras viagens, em nosso insta @canal_italica e no YouTube @ITALICA!